O juiz federal Sergio Moro determinou nesta terça-feira (14) a realização de uma acareação entre o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o pecuarista José Carlos Bumlai. O procedimento, requisitado por Soares, foi marcado para o dia 27 de junho, às 14 horas, na Justiça Federal em Curitiba.
É a primeira vez que uma acareação da Lava Jato é realizada na Justiça Federal, sob a condução do juiz Sergio Moro. Os demais procedimentos de acareação foram realizados pela Polícia Federal durante as investigações. Também houve acareações entre investigados na Lava Jato na CPI da Petrobras.
O procedimento foi solicitado pela defesa de Delúbio Soares, um dos réus do processo referente à Operação Carbono 14, 27ª fase da Lava Jato. De acordo com a denúncia d Ministério Público Federal (MPF), ele teria intermediado o empréstimo que Bumlai diz ter recebido do Banco Schahin e repassado ao PT. Parte do dinheiro, segundo o MPF, teria sido repassado ao empresário Ronan Maria Pinto, que também é réu no processo.
Ronan teria extorquido o grupo político e recebeu R$ 6 milhões em troca de não envolver o ex-presidente Lula e pessoas próximas a ele no caso do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT).
Delúbio Soares nega que tenha participado da reunião em que foi negociado empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin para Bumlai. Já o pecuarista afirma que o destinatário final era o PT, e que Delúbio participou do encontro.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo