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Secretário de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras. Foto: José Cruz / Agência Brasil

Secretário de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras. Foto: José Cruz / Agência Brasil

O Ministério da Justiça de Portugal julgou admissível o pedido de extradição de Raul Schmidt Junior, preso em Lisboa na 25ª fase da operação Lava Jato, em março. Porém, como se trata de uma decisão administrativa sobre o pedido, ainda é necessária a autorização judicial do Tribunal da Relação de Lisboa para que a extradição seja confirmada. Schmidt é investigado pelo pagamento de propinas a ex-diretores da Petrobras.

A decisão do Ministério da Justiça português foi divulgada nesta terça-feira (3) por meio de uma nota oficial. Schmidt é brasileiro e naturalizado português. Mas, diferentemente do Brasil, Portugal extradita nacionais. O Ministério baseou sua decisão principalmente no fato de que os supostos crimes praticados pelo investigado são anteriores à concessão da sua nacionalidade portuguesa.

A ordem de prisão de Raul foi expedida em julho de 2015 e, considerado foragido, em outubro, seu nome foi incluído no alerta de difusão da Interpol. Segundo as investigações, ele atuava como operador financeiro dos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Zelada. Ele também aparece como representante de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da estatal.

Conforme nota divulgada pela Procuradoria Regional da República do Paraná (PGR-PR), para facilitar a decisão pela extradição, a Secretaria de Cooperação Internacional da PGR “prometeu [às autoridades portuguesas] reciprocidade em relação aos brasileiros naturalizados”, mesmo que o país não extradite nacionais. “O Itamaraty confirmou a possibilidade de reciprocidade”, disse o secretário de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras.

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