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Procurador da República e coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo

Procurador da República e coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba disse nesta segunda-feira (18) que a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não afeta as investigações. Dallagnol aproveitou para destacar que operação é apartidária e imparcial.

Apesar de garantir que as investigações continuam, o procurador disse que a Lava Jato continuará a ter muitos inimigos, número que segundo Dallagnol cresce a cada dia conforme o número de investigados aumenta.

“Ontem, o Brasil parou para assistir à votação do Congresso sobre o impeachment da presidente da República. A decisão não afeta a ‪‎Lava Jato, que é uma investigação técnica, imparcial e apartidária”, disse o procurador em suas redes sociais. “É importante ter em mente, contudo, que qualquer que seja a decisão, a Lava Jato continuará tendo muitos inimigos, cujo numero cresce a cada dia em que o número de investigados aumenta. Continuará a ser atacada, de modo ostensivo ou sorrateiro, e nossa única proteção é a sociedade”, continua o procurador.

Neste domingo (17), Dos 22 deputados federais investigados pela Lava Jato, 16 votaram pelo impeachment de Dilma. O combate à corrupção esteve presente em quase todos os discursos no plenário da Câmara na sessão que discutiu a cassação da presidente.

Nos bastidores, já se fala em anistia ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), denunciado pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na Lava Jato. Cunha responde a um processo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar, por ter mentido aos colegas na CPI da Petrobras ao dizer que não possui contas no exterior. O processo pode levar à cassação de Cunha, mas vem se arrastando desde novembro do ano passado na Casa, com sucessivas manobras do presidente da Casa para atrasar os trabalhos e salvar seu mandato.

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