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O Globo fez nesse fim de semana que passou uma matéria dizendo que a arte brasileira contemporânea finalmente saiu do status de “produção regional” para ganhar o mundo. Cita aí exemplos de preços bons conseguidos em leilões e galerias, elogios no exterior etc.

E uma das artistas mais citadas na matéria é Adriana Varejão, que curiosamente está para inaugurar uma grande individual em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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A artista, que está circulando com seu trabalho por aí desde 1994 tem o trabalho contemporâneo brasileiro mais caro do mercado, o “Parede com incisões à La Fontana II”, que foi vendida por US$ 1,52 milhão. A O Globo, ela diz que isso – o preço mais alto que as obras de arte por aqui têm conseguido – é uma consequência direta da melhoria na economia nacional.

Mas, deixando de lado a parte econômica, por que há tanto interesse por ela? Skye Sherwin, crítica do Guardian, começa um texto sobre a brasileira falando de seu gosto curioso por pratos, cerâmica e, principalmente, azulejos.

Adriana já fez exposições inteiras baseadas em azulejos, retratando banheiros, saunas, açougues. A série sobre saunas tem títulos curiosos, como a sauna “obcecada”. Segundo Sherwin, isso lembra a herança colonial portuguesa (azulejos azuis) e mostra ambientes vazios mas que, com manchas de sangue, em muitas vezes, mostram o que há de horror por trás do lugar limpo e organizado.

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Além disso, os azulejos seriam uma mostra do gosto pelo modernismo que tanto admira grades, como no caso de Mondrian… Mais recentemente, Adriana tem usado pratos como tema. A artista, aliás, faz menções a outros modernos, como Lucio Fontana, que sempre fazia telas com “incisões”, no caso da tela acima.

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