Cristovão Tezza fala sobre literatura em novo livro

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Tezza: o escritor fala de livros.

Cristovão Tezza, de quem tive a honra de ser aluno na faculdade, no já distante ano de 1992, se transformou em um dos grandes nomes do romance nacional. E, agora, com mais tempo para escrever, desde que ganhou todos os prêmios possíveis com “O filho eterno” (merecidamente) e pôde largar a vida de professor, resolveu falar mais detidamente sobre o ofício.

Seu novo livro é sobre isso: sobre o romance, sobre a ficção e sobre a vida de escritor. Seria o seu “Como e por que sou romancista”, se quisermos tirar um sarrinho dele. Mas pelo que andam dizendo (ainda não li), o livro é muito bom.

Em entrevista a O Globo, ele afirma que se trata de uma defesa do romance realista. “Por que lemos com tanto prazer romancistas estrangeiros como Ian McEwan e Philip Roth, mas, quando aparece um romance brasileiro realista, há sempre quem diga que o romance está superado, que o gênero morreu?”

Tezza sempre foi um realista, no melhor sentido da coisa. E agora decidiu explicar o por quê. Para quem gosta de ficção e de pensar sobre o assunto, eis uma boa dica.

Serviço: “O espírito da prosa”, de Cristovão Tezza. Editora Record. 224 páginas. R$ 34,90.