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Sempre gostei de Vermeer. E quando vi Hopper pela primeira vez me pareceu que era uma espécie de Vermeer do século 20. Não sei se a comparação faz sentido para os outros. Mas eu continuo achando isso.

Assim como Vermeer, no século 17, o norte-americano Edward Hopper, cujo aniversário de 130 anos se comemora nesta terça-feira, era um poeta dos interiores, da solidão. Vermeer raramente pintava mais de uma pessoa em uma tela. Hopper também prefere as imagens de uma pessoa sozinha.

Um, como o outro, apesar de ter uma pessoa como objeto, nunca se propõe a ser um retratista. O que importa, em ambos os casos, não é aquela pessoa. Mas, sim, importa a composição, a situação que elas representam. Normalmente, tanto nas telas de um quanto nas de outro, são mulheres que eles representam. Sozinhas, parecendo que esperam alguém. Ou que alguém saiu logo antes da cena.

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Também em ambos os casos o que mais chama a atenção é a luz. Vermeer e Hopper gostavam os dois de cores fortes, amarelos brilhantes, azuis profundos. E ambos criaram assim obras-primas de seu tempo.
Em homenagem aos 130 anos de Hopper, ponho aí algumas das telas mais importantes dele. Sempre representando a solidão das grandes cidades e do interior dos Estados Unidos. Os grandes prédios vazios, a luz do sol como grande conforto, a moça isolada da plateia de cinema. Mesmo os nus não são eróticos: são apenas solitários.

Grande Hopper, o grande realista de seu tempo.

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