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José feliz da vida com o jogo dos passarinhos.

Se você colocar aí no google “Crianças+tecnologia” vai ver uma série de artigos e pesquisas que dizem o quanto a combinação é perigosa. Já li algumas que defendem que as crianças devem ficar distantes de computador, smartphones, tablets e cia. até os 12 anos. Por mim, lá em casa funcionava assim.

Sou da opinião de que criança tem que ir jogar bola, andar de bicicleta, pintar com giz de cera e lápis de cor e olhar a paisagem enquanto passeia de carro. Mas como impedir que elas tenham acesso a essas tecnologias que estão tão presentes no nosso cotidiano?

Lá em casa, quando lutávamos contra o gosto do José pela tecnologia, o tablet ficava trancado no armário. Se ele perguntava do aparelho, dizia que estava quebrado, que a tia havia levado embora, que tinha enviado para o conserto… Inventava qualquer desculpa para despistar.

Com o nascimento dos gêmeos, comecei a liberar o aparelho nos dias em que íamos a casa de alguém. Assim, eu conseguia cuidar dos pequenos e manter o José entretido por mais tempo. Em casa, entregava o tablet nos momentos de aperreio, mas logo me arrependia. Porque o José ficava grudado naquela tela, não conversava, não interagia e na hora de desligar para ir comer ou tomar banho era um suplício.

Até que desisti de lutar contra a vontade dele. Afinal, embora o José seja um menino de apenas 3 anos, ele tem vontades. E simplesmente ignorar essas vontades é um desrespeito com ele e uma dor de cabeça tremenda para mim. Então, o jeito foi aceitar que o tablet é o brinquedo favorito dele no momento e impor regras para o uso — e não entregar o aparelho apenas quando fosse para facilitar a minha vida.

Agora fazemos o seguinte: ele pede o tablet para brincar, eu ou o pai entregamos. Mas antes combinamos o horário em que o aparelho será desligado. Claro, não vale a hora do relógio porque essa ele ainda não entende. Então, os limites são a hora da refeição, quando eu chego do trabalho, o momento do banho, a hora de ir para a escola, o momento de ir dormir, o fim de um desenho ou o começo de outro — e por aí vai.

Com essa mudança no nosso comportamento, a relação do José com a tecnologia também mudou. Ele não acorda mais aflito para brincar com o tablet, desliga o aparelho nos horários combinados e até larga dele para ir brincar de carrinho e bola, desenhar com giz de cera, recortar e colar um monte de papel ou ver o sol que brilha forte lá fora.

E na sua casa, como funciona a relação dos seus filhos com a tecnologia? Conta ali nos comentários.

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