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Juntas somos mais
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Foto: Duda Pipper/Chá para Dois

Somos muitas. Todo mundo que existe nesse mundo tem uma mãe. Pode ser que alguns já sejam órfãos. Mesmo assim, essa mãe existiu em algum momento. Nem que tenha sido apenas durante os meses de gestação, ela existiu. Sem dúvida, somos muitas.

Mesmo assim, são recorrentes as reclamações de desamparo, solidão, incompreensão. São muitos os problemas práticos também. Falta escola, falta tempo, falta médico, falta falta falta… Se somos tantas, como é possível haver mães que se sintam desamparadas, sozinhas e isoladas? Como há tanta faltas?

Cada uma tem um estilo de criar os filhos, cada uma com a forma de levar a gravidez, a escolha do parto, a forma como trata a birra dos pequenos, a teimosia dos mais velhos, a alimentação da casa, a carência geral. E todos esses aspectos são campos perfeitos para discussão e crítica — muitas ácidas, algumas maldosas, outras feitas só para ajudar, mas nem sempre entendidas assim.

Por isso, lanço aqui uma campanha: menos críticas e mais amor. Somos muitas e podemos juntas nos ajudar — e muito. Ajudar com um ombro amigo,com uma porta de casa aberta para uma tarde de conversa e brincadeira de crianças, com uma visita solidária (do tipo que lava a louça ou fica com as crianças para a mamãe ir dormir um pouco), com gentileza na fila do mercado ou dentro do ônibus, com uma decisão de compra…

Juntas podemos brigar por partos mais humanizados, pré-natal digno a todas, pelo direito de amamentar em locais públicos, por hospitais com mais pediatras disponíveis, por um maior tempo de licença maternidade, por escolas com horários mais flexíveis, por creches públicas de qualidade, por noites livres para sair com as amigas e tardes para ir ao salão fazer as unhas — pq não?

São muitas as coisas pelas quais temos de brigar. Esse mundão, sabemos bem, precisa de bebês para continuar a existir, mas nem sempre é legal com as crianças e consegue ser cruel também com as mães. Mas somos muitas, somos várias e juntas conseguiremos melhorar a situação para nossas filhas, netas, noras…

Mas para isso, precisamos cada vez menos de críticas e cada vez mais de amor. De forma que a gente saia da defensiva e passe a perceber que as questões que nos unem são muitas e urgentes. E que podemos mudar o mundo, a começar por nossas casas, por nossos filhos, por nós mesmas.

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Post inspirado no editorial da Gazeta do Povo publicado no último domingo e por muitas conversas que ando tendo por aí com amigas mães.

 

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