Olá, todos!
E depois de vários meses de cansaço e estudo pesado, chegou a época dos vestibulares das federais. Chegaram os dois meses de maior angústia e desespero que a maioria de nós vai sentir. Quando se dá conta, você está no portão do lugar onde é a sua prova. E vê todas aquelas outras pessoas que estão no mesmo barco, indo de um lado para o outro, com seus papéis e documentos em mãos, com suas camisetas de cursinhos, suas garrafas d’água e seus receios.
Quando percebe, você está procurando sua sala, e entregando aos fiscais sua ficha de inscrição. Você acha sua mesa e confere seus dados na etiqueta. Se senta e tenta organizar mais ou menos a bagunça das suas coisas (que só estão uma bagunça por que sua cabeça está uma bagunça). Está colocando seus eletrônicos no plástico e tirando as baterias de tudo para ter certeza de que nada vai tocar no meio da prova e estragar um ano inteiro de preparação
De uma hora para outra, você saiu do primeiro dia de aula do terceirão ou do cursinho para aquela mesa onde você tenta distribuir de maneira satisfatória todas as 37 canetas de mesma cor e do mesmo material transparente (que você trouxe só no caso de uma delas falhar). E começa a olhar as pessoas que estão em volta, mas não demais, muito contato visual pode desconcentrar. Você começa a perder a noção do tempo por que não existe relógio em lugar nenhum daquele prédio.
De repente, os minutos até te entregarem a prova passam devagar demais. Talvez você comece a pensar em como será se passar, e como será se não passar. Pense nos seus amigos, onde cada um deles se sentou e em quem tem mais chances de conquistar uma vaga. Talvez pense nos seus pais, ou em tudo o que você deixou de estudar e que talvez esteja na prova. Quem sabe você comece a cantarolar mentalmente sua música favorita ou uma música que você deteste, que passou tocando em algum carro com som muito alto, na rua do seu local de exame.
Como num susto, te entregam o teste que vai decidir uma parte muito importante da sua vida. E você resolve cada questão como se fosse a coisa mais importante do universo. E passa tudo para o gabarito, pintando cada bolinha com o maior cuidado do mundo. Você respira fundo e entrega tudo para o fiscal, esperando dele(a) pelo menos um sorriso para aliviar o sofrimento que você acabou de passar. Você sai da sala, sai do prédio, e tem esperança de que aquilo realmente tenha sido o melhor de você. O melhor que, depois de um ano de esforço e de afogamentos constantes em livros, possa ter saído da sua cabeça.
Agora só resta esperar. Para quem fez a primeira fase da UFPR, boa sorte com o resultado. E para quem vai fez/vai fazer qualquer outra federal: estamos juntos.
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