(Imagem: Hedeson Alves/Gazeta do Povo)| Foto:
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Quando interrogados sobre a função da escola, os educadores são praticamente unânimes em responder que a escola deve desenvolver nos alunos o senso de cidadania. Os educadores querem formar cidadãos! Para isso, o conhecimento e o desenvolvimento do senso crítico são essenciais. Mas será que esses fatores são suficientes na construção de um aluno cidadão?

Poderíamos nos perguntar se os problemas sociais atuais estariam mais relacionados à falta de conhecimento científico ou à falta de princípios éticos que seriam responsáveis por garantir uma sociedade mais justa e igualitária. Se respondermos a segunda opção, precisamos então considerar que a escola, enquanto uma das instituições mais importantes na formação dos indivíduos, pode contribuir imensamente para que seus alunos sejam, de fato, verdadeiros cidadãos.

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Além do conhecimento e da formação de um espírito crítico, a escola pode fomentar junto aos seus alunos o senso de justiça e a compreensão dos direitos e deveres de cada um em uma sociedade democrática. Para isso, é necessário que a escola tenha métodos eficazes que garantam essa empreitada.

Pelas experiências como psicóloga educacional do Instituto Não Violência há mais de uma década, foi possível perceber que a construção de regras coletivas entre todos os integrantes da comunidade escolar tem sido um meio bastante eficiente na garantia de uma escola mais justa e inclusiva. Construir um pacto coletivo de convivência pode trazer para os alunos e educadores vários benefícios. Entre estes, uma reflexão sobre a razão e importância das regras dos valores em jogo na manutenção da coesão social, valores tais como respeito, solidariedade, justiça, empatia e confiança.

No processo de construção de regras coletivas, que deve ser guiado pelo professor, além de funcionar como um facilitador não como um impositor de regras, os alunos terão a oportunidade de desfrutar na prática e no seu dia a dia a vivência de uma micro sociedade, que oportuniza experenciar, não apenas de forma teórica mas também de forma vivencial e real a vida comunitária. Assim, investir nessa metodologia é uma oportunidade interessantíssima que os educadores têm de construir e proporcionar de fato uma escola cidadã!

>>Artigo escrito por Joyce K. Pescarolo doutora em Sociologia e psicóloga educacional do Instituto Não-Violência, colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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