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A importância do estudo científico nas  escolas de Ensino Fundamental e Médio
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Estimulados por uma ação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), resolvemos investigar à fundo de que maneira a como se define a Ciência para os estudantes, desde a Educação Básica ao Ensino Médio.

Constatamos que a Ciência é muito mais do que uma disciplina, muito mais que a Biologia, a Química e a Física, pois a Ciência está presente em nosso dia a dia quando, ao enfrentarmos alguma situação desconhecida, criamos perguntas e tentamos responde-las. Além do mais é ela que nos dá segurança para refutar ideias absurdas e fracas de conteúdo, uma vez que se sustenta na observação de fatos científicos.

Sua importância na sala de aula é enorme e ela deve ser estimulada entre os estudantes, pois, para levá-los a se interessarem pela pesquisa científica, eles devem realizar experimentos e buscarem nisso uma forma de resolver o problema apresentado. Eles jamais devem ser levados a decorar fórmulas para fazerem uma prova, pois é na experimentação, na pesquisa e na busca de soluções que se aprende.

Um aluno ativo, que busca conhecer o mundo a seu redor, utilizando-se do instrumentário oferecido pela disciplina, é um aluno interessado em aprender, a evoluir e a ser útil no futuro. Isto decorre dos benefícios que a sociedade recebe e que são inúmeros e a cada dia aumentam como é o caso das vacinas que já erradicaram muitas moléstias malignas e fatais. Outro exemplo é a tecnologia da edição do DNA que já está sendo usada nos grandes centros de pesquisa ao redor do mundo, a CRISPR-Cas9. Os estudos realizados e direcionados à determinada região do genoma são muito promissores e podem ajudar muitas pessoas com doenças genéticas (e até mesmo o câncer), que atualmente ainda não tem cura.

Também não se pode esquecer da importância das vacinas que nos protegem de inúmeras doenças. A vacina da gripe, por exemplo, a cada ano deve ser renovada, uma vez que os vírus da Influenza sofrem modificações constantes. Cabe ao professor aplicar diversos tipos de metodologias científicas durante as aulas, até utilizar-se da História da Ciência levando ao conhecimento dos estudantes fatos históricos e curiosidades que lhes prendam a atenção.

Na verdade, todo somos cientistas e explorar isso em sala de aula é uma ferramenta muito poderosa.

Além do mais há sites e aplicativos na internet, uma infinidade de fontes seguras, tanto vindas do exterior como das universidades federais e estaduais daqui do Brasil e o Google lançou recentemente o Google Science Journal (https://sciencejournal.withgoogle.com).

Em geral as universidades públicas brasileiras têm convênios com escolas de ensino básico tanto particulares como públicas e isso possibilita que alunos do Ensino Médio já trabalhem através de Projetos de Iniciação Científica Junior com bolsa e certificado e, nos programas de extensão das universidades há diversos tipos de trabalho que são voltados à comunidade em que essa universidade está inserida.

Mas o que se ressalta é a necessidade de atualização das feiras de ciência nas escolas. Antigamente um tema era dado aos alunos para que apresentassem algo relacionado a ele no dia marcado para a feira. Isso acabou tirando a criatividade do estudante, pois impedia que ele buscasse resposta para suas próprias perguntas.

Hoje, no Colégio Marista de Brasília Asa Sul Ensino Fundamental, a coordenadora de Ciência da Natureza, professora Samara Meira, implementou e adota uma nova forma de feira de ciências. Os alunos, sob sua orientação, estão seguindo o Método Científico de Galileu Galilei, observando os fenômenos do seu cotidiano, problematizando e criando hipóteses sobre esses fenômenos e estão desenvolvendo experimentos para comprovar ou refutar suas hipóteses. É um projeto piloto e inovador em Brasília e todos estão empolgados com os trabalhos que estão sendo desenvolvidos.

Atualmente na área de formação de Genética e Evolução Humana, a professora Ana Carolina Arcanjo está pesquisando na sua área de formação. No momento está iniciando as tramitações burocráticas para implementar um centro de pesquisa genômica dentro da unidade do Ensino Médio, já pensando em formar futuros cientistas.

Além disso, o colégio também conta com um projeto de iniciação científica chamado Marista Faz Ciência. Por ele, no ano passado, os estudantes fizeram o levantamento dos tipos sanguíneos dos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, Através da soro tipagem em laboratório, além de fazer o levantamento dos dados dois outros estudantes por meio de pesquisa demográfica. Ao final escreveram um artigo muito interessante que debatia a importância de se conhecer o tipo sanguíneo, as disparidades de frequência com outras regiões do Brasil e do mundo e estão agora em busca de uma revista científica para a sua publicação. Cientistas a caminho!

 

*Bacharel, Ana Carolina Arcanjo é licenciada em ciências biológicas pela Universidade de Brasília, especialista em Ciências Forenses pela PUC-GO, mestre e doutora em Biologia Animal pela Universidade de Brasília. É professora no Colégio Marista de Brasília – Asa Sul. A Rede Marista no Paraná é associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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