• Carregando...
(Foto: Freeimages)
(Foto: Freeimages)| Foto:
(Foto: Freeimages)

(Foto: Freeimages)

Nosso trabalho é a da formação de professores para e com o uso de tecnologias, aquelas tecnologias que já tratamos em artigos anteriores, como em Afinal professor, o que é tecnologia?, e que vislumbram reflexões e ações como as já apresentadas no texto Formar os professores que formam professores para o uso de TIC.

E nessa lida, às vezes, ainda bem que poucas vezes, ouvimos um ou outro dizendo: “Os professores são desinteressados!”, “Os professores não querem saber de nada, só pensam em vantagens, no salário, nas folgas…!”. Falas que, particularmente, têm nos causado certa irritação.

No intuito de compreender tais opiniões fomos revistar e revisitar nossa memória. Tentamos nos recordar de professores que mostraram desinteresse, desânimo ou, quem sabe, apatia quanto ao uso de tecnologias na educação. O resultado foi que não conseguimos enumerar nem sequer um quinteto de professores ao fazer uma análise, ainda que empírica, de mais de uma dezena de anos que estamos nessa lida. Depois, ao analisar registros de cursos, oficinas e pesquisas que nosso Grupo tem realizado destacamos falas de professores que revelaram indagações similares a apresentada em outro artigo publicado aqui no Educação e Mídia: Os tablets na escola – parte I. E, mais uma vez, nada de desinteresse ou desânimo por parte dos professores.

O que compreendemos até aqui?

Compreendemos que professores, nós professores que resistimos à falta de manutenção e infraestrutura do parque (físico) tecnológico das escolas, a formações que ocorrem feito relâmpago cada vez que se produzem novos artefatos e que, muitas vezes, desconsideram quem somos, o precisamos e o que queremos, estamos sim, desassossegados. Enfatizamos ainda que, professores que resistem e ainda insistem em buscar novas formas de ensinar, a partir do uso de tecnologias, para oportunizar aprendizagens, não são nem desinteressados, nem desanimados, tampouco apáticos.

Mas então, o que são? Como estão? Diríamos que além de desassossegados, são e estão irritados, incomodados, mas com certeza, mais que tudo, compromissados! Não com eles mesmos, mas compromissados com a educação.

>> Escrito por Glaucia da Silva Brito e Gilian Cristina Barros. Glaucia é professora do Departamento de Comunicação Social e dos Programas de pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) e Educação (PPGE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pesquisadora em Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação. Gilian é professora do Estado e doutoranda em Educação no programa de Pós-Graduação da UFPR.

>>Quer saber mais sobre educação, mídia, cidadania e leitura? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]