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A maior avaliação sobre Educação feita até hoje no mundo, elaborada pela OCDE ( Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), coloca o Brasil no lugar 60 entre 76 nações pesquisadas. Jovens de 15 anos de países ricos, pobres e emergentes foram avaliados em Matemática e Ciências com base em um único conjunto comum de referenciais, o que permite comparações efetivas dos seus desempenhos.

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E o nosso papel é, mais uma vez, um papelão. Ficamos ali, junto com nações africanas com índice de desenvolvimento humano péssimo, além da Argentina ( 62 lugar), Colômbia ( 67) e Peru (71) com índices de desenvolvimento político e sociais críticos. Aliás, fica claro o quanto a fórmula pouco investimento mais corrupção mais incompetência em produzir qualidade mais falta de planejamento e metas claras é fatal para as pretensões de qualquer país em querer alguma coisa para sua população no futuro. Fica claro que, na divisão mundial de chances para ser mais do que nada, africanos e sul americanos ainda patinam e patinam e patinam. O problema é que somos a sétima economia do mundo. Aquela história de “explorados pelos ianques norte-americanos” parece que não faz mais sentido. Aquela outra história de “a culpa é da ditadura”, há 30 anos também parece não ter lugar. E aquela outra de “vamos avançando, mas devagar”, além de irritante é falsa: não saímos do lugar. E o lugar onde estamos é crítico.

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Nos primeiros lugares, três países que assumiram a Educação como projeto de futuro: Cingapura(1) Coreia do Sul (3) e Vietnã (12). Nos anos 60, os dois primeiros eram países pobres, com índices de analfabetismo próximos ao do Brasil no mesmo período. O Vietnã, até os anos 70, era um pais devastado pela guerra. Em pouco mais de 30 anos, tem resultados superiores a grandes potências , como a França, Itália, Inglaterra e EUA.

E o que os governos desses países ( e de outros como a Estônia, sétimo e a Polônia, décimo primeiro) fizeram de diferente? Simples: levaram a Educação a sério. Formaram professores com qualidade, pagaram bons salários, criaram metas claras, escolas com estrutura. E insistiram. Duas gerações depois e estão no topo do ranking, oferecendo excelência à sua população e tecnologia para o mundo.

Mas há algo mais: o estudo da OCDE afirma que o PIB do Brasil poderia ser sete vezes maior se os jovens tivessem educação de excelência. 7 vezes!

Ou seja: a incapacidade dos gestores – principalmente os governadores de Estado, responsáveis pelos últimos anos do Ensino Fundamental e pelo Ensino Médio – não é só perversa para os jovens diretamente atingidos, mas é ruim para o país como um todo.

Nossa Educação precisa, urgentemente, sair do lixo onde se encontra e voltar para o centro da mesa de decisões do país. E não com planos genéricos nem com recursos sem rubricas claras. Para que a próxima geração não se torne irrelevante. E para que não sejamos todos culpabilizados, por não fazermos nada e por deixarmos os governantes não fazerem nada.

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