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“Respeito às instituições”, ouvi de muitos. “Eleições periódicas” afirmam outros. “A pior forma de governo, com exceção de todas as outras,” filosofam alguns. “O governo do povo, pelo povo”…essa meus ouvidos já não aguentam mais.

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Mas afinal, o que é a democracia?

Somos cidadãos. Votamos. Pagamos impostos, direta e indiretamente. Aham. E aí? O que mais acontece?

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Por exemplo: os deputados mudam a estrutura da Previdência do Servidores, prejudicando-os cabal e descaradamente. O objetivo é cobrir déficits de uma gestão temerária mas que, mesmo assim, foi reempossada com o voto da maioria dos cidadãos. Em troca da aprovação do projeto de reforma na previdência, o governador promete a volta de obras nas bases eleitorais dos deputados. 31 deputados votam em favor da reforma, mesmo com a opinião pública flagrante e majoritariamente contra a proposta. Os deputados não ouvem seus representados. Dão explicações que vão de evasivas a despudoradas.

Os servidores em pânico vão às ruas para dizer: “não queremos isso! Representantes, não queremos isso?” E gritam e gritam e a polícia vem, para “proteger” as instituições, com autorização do Judiciário e com a bênção maior do Governador, e descem a borracha nos cidadãos. 200 feridos, cachorro na perna, bala de borracha na cara, spray de pimenta nos olhos. Uma cena de chocar e de dar dó.

A lei é aprovada. No mesmo dia é sancionada. E pronto. Em 30 anos, caso nada seja feito ( e se nada foi feito, há alguma garantia de que algo será feito?) , a Previdência do Paraná fechará suas portas.

Somos cidadãos. Votamos. Pagamos impostos, direta e indiretamente. Humhum.

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E aí? O que mais acontece?