O programa Entrelinhas desta segunda-feira (23) destaca a convocação do jornalista e comentarista político Paulo Figueiredo Filho — neto do general João Batista Figueiredo — para prestar depoimento no Congresso dos Estados Unidos. Ele foi chamado pela Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos para falar, na terça-feira (24), sobre a "repressão transnacional" atribuída ao ministro Alexandre de Moraes.
Segundo Figueiredo, jornalistas e políticos brasileiros que vivem nos EUA estariam sendo alvos de perseguição judicial com base em decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele é um dos 34 nomes mencionados pela Procuradoria-Geral da República por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Seu depoimento acontecerá na Comissão Tom Lantos, especializada em violações de direitos humanos. A própria convocação foi divulgada por ele em suas redes sociais, como já repercutido pela imprensa brasileira.
Google diz ao STF que não tem dados sobre 'minuta do golpe'
O ministro Alexandre de Moraes (STF) determinou que o Google Brasil enviasse dados sobre quem inseriu na internet a chamada “minuta do golpe”, documento que teria sido utilizado para planejar um estado de defesa e possivelmente abortar a posse de Lula após as eleições de 2022. Atendendo ao prazo de 48 horas, o Google respondeu que “não é possível cumprir a determinação” porque não foi apresentada nenhuma URL específica hospedada por seus serviços — a empresa apenas indexa links de terceiros. O Google ressaltou que, para obter informações sobre o conteúdo, seria necessário buscar diretamente junto aos administradores dos sites que publicaram o material, como 'O Cafezinho' e 'Conjur', mencionados pela própria defesa de Anderson Torres.
A solicitação de Moraes foi motivada por um pedido da defesa de Anderson Torres — ex-ministro da Justiça — que afirma que a minuta encontrada em sua casa corresponde àquela divulgada na internet, e quer provar que Torres não foi o responsável por seu upload.
Lula presta solidariedade ao Irã
O Itamaraty, sob o governo Lula, emitiu nota no dia 22 de junho condenando o ataque dos EUA a instalações nucleares no Irã como “violações da soberania” e do direito internacional, alinhando o Brasil — segundo opositores — a regimes autoritários. O ataque foi ordenado por Donald Trump após a Operação Leão Ascendente de Israel, atingindo usinas em Fordow, Natanz e Esfahan na noite de 21 de junho. A oposição, incluindo Bolsonaros, Sergio Moro, Carlos Viana e outros, criticou a nota como falha de foco: ignorando problemas internos, o governo estaria passando pano para ditaduras e desprezando potenciais aliados democráticos.
Base governista aprova medidas que aumentarão tarifa de energia elétrica
O Congresso derrubou vetos presidenciais no Marco Regulatório de Energia Offshore, entre eles dispositivos que impõem a contratação obrigatória de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), usinas de hidrogênio no Nordeste, parques eólicos no Sul e a continuidade do Proinfra — o que pode elevar o custo da conta de luz dos brasileiros em até 3,5% ao ano até 2050, segundo a Abrasce. O impacto total estimado é de R$ 197 bilhões, que será repassado aos consumidores por meio da tarifa elétrica. A votação teve apoio expressivo da base de governo, com 92% dos deputados do PT e maioria de bancadas como PSD, MDB e Republicanos votando a favor da derrubada do veto. O governo pretende editar uma Medida Provisória com o programa "Luz do Povo" para mitigar o impacto sobre famílias de baixa renda, embora as críticas apontem que os custos ainda recairão sobre outros consumidores.
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