Alguns candidatos a vereadores que eram considerados "promessas de votos" para a direita nas eleições municipais de 2024 não conseguiram êxito nas urnas. Os perfis diversos apresentavam potencial de mobilização de eleitores, especialmente entre o público conservador e libertário. Entretanto, mesmo com campanhas bem estruturadas e apoio de figuras de destaque, esses candidatos ficaram de fora das câmaras legislativas.
Douglas Garcia
O ex-deputado estadual Douglas Garcia (União-SP) recebeu 9.357 votos nas eleições, insuficientes para uma cadeira na Câmara de São Paulo. Em entrevista à coluna Entrelinhas, Garcia afirmou que fez “absolutamente de tudo nessa campanha" para conseguir se eleger, mas lamentou o resultado, dizendo que continuará sua jornada política. Ele ainda planeja reforçar seu alcance nas redes sociais e pretende refundar o movimento Direita São Paulo. "Eu insisto porque é o que eu sei fazer de melhor: usar as ferramentas do legislativo pra combater a esquerda", afirmou Garcia, que já mira a próxima disputa eleitoral em 2026.
Paulo Kogos
Paulo Kogos (União-SP), youtuber e influenciador conhecido pela retórica libertária, tentou mais uma vez conquistar um cargo público. Sua campanha para vereador em São Paulo chamou a atenção pela utilização de fantasias, como as de Coringa e Super Mario, além de caracterizações como Javier Milei, presidente argentino com quem buscou associar sua imagem. Mesmo com sua presença performática, Kogos recebeu 11.263 votos e não foi eleito. Essa foi sua segunda tentativa de ingressar na política, após ter concorrido a deputado estadual em 2022 pelo PTB.
Raphaël Lima
O youtuber Raphael Lima (Novo-SP), criador do canal "Ideias Radicais", também ficou de fora das Câmara de Vereadores de São Paulo em 2024. Com 21.707 votos, Lima ficou na primeira suplência do partido Novo na capital. Seu canal, que há dez anos divulga conceitos libertários como "imposto é roubo", conquistou uma grande audiência entre jovens de direita, mas isso não se converteu em votos suficientes. Lima seguirá com seu trabalho de disseminação de ideias libertárias, mesmo fora da política institucional.
Jorginho Seif
Jorginho Seif (PL-SC), filho do senador Jorge Seif (PL-SC) e apadrinhado politicamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu apenas 286 votos em Itapema, Santa Catarina, ficando como 5º suplente do Partido Liberal (PL). Estreante nas urnas, o jovem de 21 anos teve forte apoio de figuras como Michelle Bolsonaro, Damares Alves e Nikolas Ferreira, mas isso não foi suficiente para levá-lo à Câmara. Jorginho, que é estudante de Direito, foi apelidado de "Manjuba" por Bolsonaro, em alusão ao apelido "Tilápia" de seu pai, que foi Secretário Nacional da Pesca. Ainda que tenha tido apoio de nomes de peso, Jorginho não conseguiu conquistar o eleitorado local.
Nise Yamaguchi
A médica oncologista Nise Yamaguchi (União-SP), que ganhou notoriedade durante a CPI da Covid em 2021, também não foi eleita vereadora em São Paulo. Com 16.554 votos, Nise ficou fora do legislativo municipal, frustrando sua segunda tentativa de ingressar na política. Em 2022, ela havia se candidatado a deputada federal pelo Pros, sem sucesso. Defensora da autonomia médica no tratamento da Covid-19, Nise chegou a ser cotada para ser vice na chapa de Pablo Marçal (PRTB), mas seu partido acabou optando por apoiar Ricardo Nunes (MDB). Apesar da visibilidade conquistada na CPI, os votos não foram suficientes para garantir sua eleição.
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