Mesmo após o sol se pôr em pleno domingo de Dia dos Pais, a colheitadeira não para. Para aproveitar os recentes dias de tempo bom, a família Boffo deixou de lado a comemoração da data e dedicou-se a colher o milho.

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Reinaldo Boffo (foto), de 54 anos, é paulista, como o irmão e sócio, José Antônio. Os dois chegaram em Assis Chateaubriand, no Noroeste, ainda com as calças curtas junto com o pai, que veio ao Paraná para plantar café em 5 alqueires. Na década de 80, derrubaram os pés de café que a geada não tinha dizimado e mudaram o cultivo. Já plantaram diversas culturas, mas nos últimos anos são fiéis ao milho, apesar de acharem que o preço não está bom. “Um amigo esses dias comparou: um saco de milho paga só um almoço”, desabafa Reinaldo. A família tem hoje 120 alqueires de milho plantado.

Eles vendem cada saco por cerca de R$ 14,50. Aí sobra para a política agrícola do governo federal e para a cooperativa, que compra o milho. “O governo fala que o preço mínimo é de R$ 17,50. Mas a cooperativa paga R$ 14. Ela tira o dela. O governo não paga mais porque daí não pode dar comida barata pro povo” Para Reinaldo, bom mesmo foi o ano de 2002, quando a saca de milho chegou a R$ 23. Época de fartura no bolso.

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