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Profissional de saúde mostra um frasco de vacina da Pfizer/BioNTech contra Covid-19 em hospital em Turim, Itália, 31 de março de 2021.| Foto: EFE/EPA/Alessandro Di Marco

No artigo Orgia Sanitária, de 23 de setembro, fiz menção ao Vaccine Adverse Event Reporting System (Vaers), um banco de dados mantido pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e pela Food and Drug Administration (FDA), que registra os efeitos adversos de todas as vacinas aplicadas nos EUA desde 1900. Mostrei também que, na ocasião, alguns membros de um comitê de vacinação da FDA, reunido em 17 de setembro, manifestaram preocupação com a explosão de registros no Vaers.

Um deles foi Marion Gruber, então diretora do Escritório de Pesquisa e Revisão de Vacinas da agência sanitária americana, que trouxe dados sugerindo um aumento no risco de desenvolvimento de miocardite e pericardite, especialmente no período dos sete dias subsequentes à aplicação da segunda dose da vacina de mRNA, e sobretudo entre pessoas do sexo masculino com idade entre 16 e 17 anos. Significativamente, Gruber anunciou pouco depois sua decisão de deixar o cargo, aparentemente insatisfeita com a decisão apressada do presidente Joe Biden de oferecer uma terceira dose da vacina da Pfizer somente oito meses após a segunda. “Não se sabe se haverá um aumento do risco de miocardite/pericardite, ou outros efeitos adversos, após a aplicação de uma terceira dose da Comirnaty (Pfizer)”, disse a infectologista.

A infectologista Jessica Rose apresentou na reunião da FDA cifras alarmantes do Vaers. De acordo com os dados, o número de mortes registradas como decorrentes da vacina contra a Covid já é o dobro do numero de mortes de todas as vacinas aplicadas nos EUA nos últimos dez anos. Segundo ela, há um aumento de mais de 1.000% no número de registros de eventos adversos no ano de 2021. Nas palavras de Rose: “Cabe ao diretor de saúde pública, ao FDA, ao CDC e aos formuladores de políticas públicas responder a essas anomalias, reconhecer o sinal claro de risco emergente mostrados pelos dados do Vaers e confrontar a questão dos riscos dos produtos injetáveis utilizados contra a Covid-19, os quais, em minha opinião, superam qualquer benefício potencial associado a esses produtos especialmente em crianças”.

A pressa indecente das autoridades em vacinar indiscriminadamente a população não se baseia em argumentos nem se justifica por razões médicas

Quem consulte hoje (dia 22) o Vaers terá acesso a dados consolidados no último dia 10. Fazendo uma busca por tipo de vacina, incluindo todas as aplicadas nos EUA em todas as datas (desde 1900), e cruzando com o tipo de evento adverso, no caso “morte”, temos os seguintes dados: em relação às vacinas contra a Covid-19, temos 10.818 eventos reportados, o que representa 74,73% das mortes causadas por efeitos adversos de todas as vacinas já aplicadas nos EUA em todos os tempos.

Segue um gráfico do Vaers para que o leitor tenha a exata dimensão da discrepância dos eventos relativos às vacinas contra a Covid-19 em comparação com as outras vacinas historicamente aplicadas, um fato que, não sem motivo, tanto preocupou integrantes do comitê da agência americana de vigilância sanitária – coincidentemente, justo os que acabaram marginalizados por se recusarem a ceder a pressões de ordem política e pecuniária, algo que virou rotina dentro da FDA, que tem hoje nas grandes farmacêuticas suas principais clientes, e um histórico de aprovação de drogas não apenas ineficientes como potencialmente perigosas (em relação às vacinas contra a Covid-19, recorde-se, a agência ainda pediu o suspeito prazo de 55 anos para divulgar todos os dados da Pfizer).

Após a FDA ter aprovado, no dia 29 de outubro, o uso emergencial (sem dados de segurança estabelecidos, portanto) da vacina da Pfizer para crianças entre 5 e 11 anos, a médica infectologista Jessica Rose voltou à carga contra a agência sanitária. “A autorização para o uso emergencial de agentes biológicos pressupõe a existência de uma emergência e a inexistência de tratamentos alternativos” – disse Rose, acrescentando que, para a Covid-19, não há emergência relativa às crianças e que, ademais, a doença é altamente tratável.

No Brasil, o médico Roberto Zeballos confessou-se “aterrorizado” com a precipitada autorização para a exposição de crianças à nova terapia genética contra a Covid-19 (ele evita chamar de “vacina” as substâncias experimentais de mRNA, já que, comprovadamente, não imunizam e empregam uma tecnologia inédita). “Qual é o argumento para pôr as crianças em risco?”, pergunta Zeballos às autoridades brasileiras, que, evidentemente, não irão responder, pois a sua pressa indecente em vacinar indiscriminadamente a população não se baseia em argumentos nem se justifica por razões médicas. Um dia, se houver ainda um resquício de justiça neste planeta, terão de justificar sua decisão, de preferência no banco dos réus de algum tribunal humanitário.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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