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Quando foi aceita a pegadinha feita por Duchamp, lá no início do século 20, de chamar de arte um urinol, a consequência só poderia ser uma: a partir dali, arte passou a ser qualquer coisa que o “artista” diga ser. E quem discordar só pode ser um ignorante, um reacionário intolerante.

Daí porque é possível a existência e a defesa de uma exposição como a Queermuseum, realizada no Santander Cultural de Porto Alegre, retratando pedofilia e zoofilia como mera diferença sexual que, como todas as diferenças, teriam de ser toleradas. Esse show de horrores levando o nome de arte é o que mais tem, aliás. Não faltam exemplos de coisas semelhantes, como aquela “peça teatral” chamada Macaquinhos, na qual os atores nus passavam o tempo todo brincando de roda com os dedos enfiados nos ânus uns dos outros.

Tal como os dadaístas do início do século, não há mais qualquer preocupação com a beleza, apenas se quer chocar os espectadores, ser iconoclasta, subverter valores, especialmente se cristãos. Mas há uma diferença. Os dadaístas originais destruíram por destruir, não tinham outra ideologia que não a da destruição. Os de hoje são diferentes, destruir não basta, querem impor sua agenda ideológica como obrigatória e quem discordar só pode ser um fascista.

Por isso, os militantes travestidos de artistas de hoje não só esperam alguma reação contrária às suas ofensas, como precisam dela, desejam-na, para amplificar o alcance de sua “mensagem” e difamar quem pense diferente. Se a reação não vem, passam por “educadores” de um público pequeno. Se vem, como veio no caso do Queermuseum, alcançam milhões posando de “vítimas da intolerância”.

Isso tem sido assim faz anos e até aqui funcionou. Sempre ganhavam, não importava o resultado. Os intolerantes eram sempre os “reacionários”, nunca eles. Acontece que agora foi diferente. A reação contrária foi forte, generalizada e parece que a imensa maioria da sociedade não só não caiu nessa chantagem como perdeu o medo de jogar o mesmo jogo da intolerância da militância politicamente correta.

Ou seja, estamos a testemunhar o feitiço – a intolerância seletiva – voltado contra seu feiticeiro, os “tolerantes” politicamente corretos. Há trocentos textões de formadores de opinião na imprensa se tornando cúmplices de defensores da pedofilia e nem se dão conta disso. Se você der o azar de ler algum, repare como não ousam tratar do que foi exibido na exposição, apenas se limitam a subir no pedestal da sua soberba e reclamar da reação dos supostamente menos ilustrados que eles. Houve um que chegou ao ridículo de comparar a reação popular contra a defesa de pedofilia travestida de obra de arte aos nazistas que repudiavam a “arte degenerada”. Reparem também como, além de serem chantageadores imorais, fingem-se de horrorizados, mas mal escondem a alegria por acreditarem que a reação “provaria” que estão do “lado certo”. Não estão e ninguém está caindo nessa, salvo seus espelhos.

Sou intolerante? Com pedófilos, certamente. Com quem defende, ainda que implicitamente, a pedofilia como mera “diferença sexual”, certamente. E vocês, seres bonzinhos que fingem estar a defender a liberdade de expressão, só vou levá-los a sério quando vê-los ensinando seus filhos e sobrinhos que pedofilia é apenas uma maneira diferente de viver a sexualidade e que um quadro pintado com dois homens currando uma cabra é lindo porque toda forma de “amor” seria válida. São vocês que devem explicações aqui, não quem reagiu, com toda razão, a esse horror.

Enfim, quando o banco promotor da exposição correu cancelá-la e pediu desculpas pelo que fez, é porque as coisas estão mudando, felizmente. Quem sabe um dia não voltaremos a tratar um urinol pelo que é de fato, ou seja, um urinol? Talvez aí paremos de dar atenção e dinheiro a quem trate a arte como dejeto.

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