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Maia Morgenstern (Maria) e Jim Caviezel (Jesus) em cena de “A Paixão de Cristo”, de 2004.
Maia Morgenstern (Maria) e Jim Caviezel (Jesus) em cena de “A Paixão de Cristo”, de 2004.| Foto: Divulgação

Jefferson Oliveira, graduado em Jornalismo pela Universidade Federal Fluminense e em Teologia pelo Seminário Martin Bucer, mestre em Teologia pelo Puritan Reformed Theological Seminary e professor de Teologia Moral no Seminário Martin Bucer, conclui hoje seu panorama dos filmes que retratam passagens e histórias bíblicas.

Um novo fôlego

Como vimos no texto anterior, o fim da década de 40 trouxe novo fôlego aos filmes bíblicos graças ao sucesso Sansão e Dalila. Depois disso, foram lançados alguns filmes de resultados medianos, e até produções não tão bem-sucedidas. Até que veio Os Dez Mandamentos, em 1956. Ambos os filmes de Cecil B. DeMille estabeleceram a reputação do cinema bíblico e garantiram a esse tipo de filme uma atenção que permaneceria ao longo dos anos.

Por isso, não surpreende que em 1959 tenham sido lançados três filmes bíblicos. O Pescador da Galileia foi o primeiro filme específico sobre a vida de Pedro. Não conseguiu se tornar nem memorável, nem um sucesso de bilheteria. Um dos seus concorrentes naquele ano também não atingiu sucesso comercial no lançamento, mas tornou-se lembrado com certo carinho pelos fãs: Salomão e a Rainha de Sabá. O filme oferece muito do que marcou os filmes bíblicos: uma trama que não tem contradições grandes, mas cria elementos extras que trabalham em favor do elemento político e do romance entre os personagens do título. Também é lembrado por apelar muito à sensualidade da atriz Gina Lollobrigida e pela troca do ator Tyrone Power por Yul Brinner no papel de Salomão, em função da morte do primeiro.

O terceiro grande filme daquele ano foi Ben-Hur, sucesso tanto de público quanto de crítica. Ganhou o Oscar de Melhor Filme e de Melhor Ator (para Charlton Heston) – na verdade o filme levou 11 estatuetas, um recorde já igualado, mas nunca superado. Originalmente, Ben-Hur é um romance literário, e o diretor William Wyler fez adaptações muito boas para enquadrá-lo ao cinema. Houve polêmicas quanto à atuação de Stephen Boyd, mas que não prejudicam a produção.

Os filmes de Cecil B. DeMille estabeleceram a reputação do cinema bíblico e garantiram a esse tipo de filme uma atenção que permaneceria ao longo dos anos

O barateamento das produções e a saturação da fórmula bíblica

A década de 1960 trouxe consigo uma novidade: o barateamento das produções ao rodá-las na Europa (em especial Itália e Espanha). É muito comum, portanto, que os papéis principais nessa época fossem interpretados por americanos famosos, enquanto boa parte do elenco e equipe era local, normalmente usando o inglês como língua principal (algo semelhante aconteceu com os faroestes). Um bom exemplo disso é José vendido no Egito, de 1961. Essa produção italiana recebeu muitas críticas, em especial quanto às más escalações, já que os atores não pareciam se enquadrar nas idades e tipos que interpretavam. Uma curiosidade é que o filme teve dois diretores: o americano Irving Rapper e o italiano Luciano Ricci.

Um fato curioso ocorreu no ano de 1960, quando foram lançados dois filmes sobre as duas personagens femininas que dão nome a livros da Bíblia: Ester e o rei e A história de Ruth. O primeiro vinha sendo preparado desde 1951 e teve um sucesso mediano junto ao público e à crítica. Foi outra película rodada na Itália; na época costumavam surgir reclamações quanto à interpretação dos estrangeiros, mas este foi um caso em que a boa atuação dos italianos foi elogiada. O filme tem um ritmo veloz para sua época, o que pode chamar a atenção de audiências atuais. Já o filme sobre Rute foi bem-sucedido com a crítica, recebendo muitos elogios pela boa caracterização. Outro fator que chamou a atenção foi a excelente utilização dos costumes hebraicos e até moabitas (a personagem-título faz parte do povo de Moabe), expostos e muitas vezes usados de maneira muito interessante no roteiro. O diretor Henry Koster, de origem judaica, entrega uma obra que consegue aliar as características de uma produção comercial com algo que valoriza os povos que nos dão essa história.

Uma característica dos filmes sessentistas é a grande procura por histórias alternativas da Bíblia. Sodoma e Gomorra, de 1962, é um bom exemplo disso. O enredo conta com uma boa dose de acontecimentos extrabíblicos, até porque as informações quanto à destruição das duas cidades não ofereceriam o suficiente para o preenchimento dos seus 154 minutos. Também foram produzidos filmes sobre os macabeus, O Velho Testamento (1962) e Os Grandes líderes da Bíblia (1965), dividido em duas partes, contando a história de Gideão e Sansão. O mais importante deles, porém, foi A Bíblia: no início, de 1966, uma impressionante versão filmada dos primeiros 22 capítulos de Gênesis. Quanto ao Novo Testamento, houve Pôncio Pilatos, de 1962, outro filme de Irving Rapper na Itália – aliás, todas estas produções de histórias menos conhecidas são europeias –, e Barabbas, de 1965, uma produção americana que, tal qual a de Pilatos, trata dos eventos da paixão de Cristo pelo ponto de vista de um personagem alternativo. Além disso, o filme é a versão norte-americana de um filme sueco e que ainda teve outros remakes, por ter como fonte um livro de Pär Lagerkvist, Prêmio Nobel de Literatura. Vale mencionar que em 1963 foi lançado Hércules, Sansão e Ulisses. O filme foi precursor em usar um personagem bíblico não envolto da sacralidade de sua história, algo que se tornaria comum em produções das décadas seguintes.

Apesar da tendência a buscar histórias alternativas, dois personagens ganharam muitos filmes ao longo dessa década. O rei Davi apareceu em três produções de língua inglesa (embora todas rodadas na Europa): Davi e Golias (1960), A História de Davi (1961) e Saul e Davi (1964), todos eles criticados por aspectos técnicos, como a iluminação, fotografia e efeitos não muito convincentes, em especial no caso do gigante Golias. Além disso, também houve críticas ao enredo, como no caso de Davi e Golias, que demora muito para chegar à batalha prometida no título, e depois termina rápido demais. Além disso, houve uma grande saturação do personagem, com três filmes em cinco anos, todos contando quase o mesmo período de sua vida. Se os somarmos ao filme de 1951, pode-se dizer que foram quatro filmes sobre o rei Davi num espaço de 15 anos.

O outro grande personagem bíblico que recebeu muita atenção no período foi Jesus Cristo. As principais películas sobre ele foram Rei dos Reis, de 1961, muito lembrado pela imponente narração de Orson Welles e por uma das melhores exposições do Sermão da Montanha já feitas na cinematografia, pois o diretor Nicholas Ray fez com que ele fosse dito como um diálogo, o que deu dinamismo à cena e permitiu um maior aproveitamento da atuação de Jeffrey Hunter, com seu olhar penetrante. Já em O Evangelho segundo São Mateus, de 1964, Paolo Pasolini entrega um filme que pretendia ser apenas o relato bíblico de Mateus sem acrescentar, interpretar ou retirar. O filme italiano torna-se, assim, muito marcante por iniciar uma quebra do formato mais comercial até então popularizado. Finalmente, em 1965, houve o lançamento de A maior história de todos os tempos, que foi apresentado por alguns como anti-DeMille. O filme, junto com o anterior, marca o início de uma tentativa dos diretores de fugir da fórmula consagrada pelo diretor veterano, e assim demarca o fim definitivo do que foi a “era de ouro” do cinema bíblico.

Os anos 70 e a batalha entre a banalização e a grandiosidade

Com exceção de algumas produções mexicanas, espanholas e indianas, após A Bíblia: no início, de 1966, não houve grandes filmes por um longo período, até 1973. Neste intervalo, vale mencionar apenas Um ladrão na noite, de 1972, um dos primeiros ditos “filmes apocalípticos”, por trazer uma história baseada em interpretações do futuro retiradas do último livro da Bíblia. Vale observar que essas interpretações em geral adotam uma leitura pré-milenista dispensacionalista, uma corrente bem específica da leitura do Apocalipse. Não falaremos de outros filmes apocalípticos aqui, mas vale o registro porque, a partir desse filme, houve muitas outras produções com certo caráter bíblico, considerando a interpretação das profecias segundo o viés teológico fundamentalista.

O retorno dos filmes bíblicos aconteceu não com um, mas com três filmes, todos sobre a vida de Jesus Cristo e no formato musical. Apesar disso, a abordagem deles difere bastante. Jesus Cristo Superstar é baseado em um musical da Broadway e tem Judas e suas motivações como tema, sendo um filme não ortodoxo e que não se compromete em seguir à risca a narrativa bíblica, contando uma história bem própria. Godspell, por outro lado, é uma apresentação cantada de parábolas do evangelho de Mateus, sob uma interpretação bem própria. Finalmente, Gospel Road é um filme que conta com narração e canções de Johnny Cash e atores interpretando o que as músicas descrevem. June Carter Cash, esposa do músico, foi Maria Madalena. Nesse filme nota-se um esforço mais criterioso em valorizar a narrativa bíblica, contudo com uma filmagem pouco autoral. E esse passa a ser o grande embate dos filmes bíblicos: produções autorais, mas sem muito compromisso com a narrativa original baseada na Bíblia, ou produções mais comprometidas com o texto sagrado, todavia em alguns casos nas mãos de diretores não tão hábeis.

Em 1974, Burt Lancaster interpretou Moisés em Moisés, o profeta. O filme é uma série de seis episódios, da qual foi feita uma versão mais curta para tornar-se filme. Este longa deu início ao que se tornou a grande trilogia de filmes bíblicos para a televisão. O segundo foi Jesus de Nazaré, de 1977, de Franco Zefirelli, elogiado tanto pela beleza das cenas quanto pela forma como desenvolve a história. E a terceira dessas produções foi A. D. Anno Domini, de 1985, que conta a história como narrada em Atos dos Apóstolos. Os três filmes são coproduções entre Itália e Estados Unidos ou Inglaterra, e são exceções à regra comum do período, já que são excelentes tanto como cinematografia quanto na sua fidelidade e beleza na exposição bíblica.

O retorno dos filmes bíblicos nos anos 70 aconteceu não com um, mas com três filmes, todos sobre a vida de Jesus Cristo e no formato musical

Houve, ainda, muitas outras obras para a televisão que se tornaram filmes na década de 1970. São os casos das produções da ABC A História de Jacó e José (1974) e A História de Davi (1976). Os dois filmes são muito respeitosos com o material original e fizeram o melhor que podiam com o baixo orçamento. Eles inclusive vão mais a fundo na vida dos personagens, em especial Davi, apresentando momentos de sua vida que ainda não haviam aparecido no cinema, como a trama para transferir o poder a Salomão.

Em 1978 foi lançado O Nascimento, o primeiro filme que não tinha a história do nascimento de Jesus como um pedaço do filme, mas como a história principal a ser contada. A produção também não tinha um alto orçamento, mas explora muito melhor as circunstâncias do começo da vida de Jesus. Aquele ano também contou com o lançamento da série Os grandes heróis da Bíblia, com dez episódios sobre principais personagens da Bíblia, alguns dos quais nunca tinham ganhado um filme, como Josué. A série se desenvolveu até 1979.

Apesar do sucesso como musical, Jesus Cristo Superstar não transformou os filmes bíblicos, mas isso aconteceu quando os comediantes do Monty Python lançaram A Vida de Brian, de 1979. Neste filme, a história de Jesus é satirizada pelos comediantes britânicos por meio da história de um judeu que é confundido com o Messias. Apesar de os humoristas negarem a intenção de zombar de Cristo, vários grupos religiosos consideraram que o longa criticava de forma bem dura elementos importantíssimos da fé. Diante do sucesso da comédia, surgiram outros filmes menos lembrados, como Santíssimo Moisés, de 1980, sugerindo que Moisés havia roubado a história de outra pessoa e se apresentado como herói no seu livro; e Uma louca história do mundo, de 1984, do comediante Mel Brooks, que também satiriza Moisés, dessa vez no importantíssimo momento da entrega das tábuas da lei.

As produções para a televisão prosseguiram sendo as que guardavam maior respeito às histórias bíblicas. Graças a isso foram produzidos filmes como Pedro e Paulo: com coragem e fé, excelente adaptação da vida dos dois apóstolos mais mencionados nos Atos – Anthony Hopkins interpreta Paulo de Tarso. Em 1984, a rede americana ABC voltou a produzir um épico bíblico, Sansão e Dalila. Um dos aspectos que tornou essa série tão marcante foi o fato de ter conseguido tirar o veterano Victor Mature da aposentadoria. Ele já havia dado vida a Sansão no sucesso de 1949, e então interpretou o pai do personagem-título, Manoá.

Nos cinemas, duas obras que não seguiram o caminho da comédia chamaram a atenção no período. Rei Davi, de 1985, tem Richard Gere como personagem-título e oferece uma biografia completa, mas foi muito criticado tanto pelas interpretações quanto pelas caracterizações usadas no filme. Além disso, há no filme um tom condescendente para com a fé e os profetas. No mesmo ano foi lançado O quarto sábio, baseado em um romance bíblico. O filme encontrou boas soluções para contornar o baixo orçamento, e o respeito pelo material original, tanto bíblico quanto do livro, dá a essa obra uma abordagem ainda lembrada e valorizada.

O filme que encerrou a presença bíblica nos cinemas por muito tempo foi A última tentação de Cristo, de 1988, dirigido por Martin Scorcese e estrelado por Willem Dafoe no papel de Jesus Cristo. Seu conteúdo, entretanto, é muito mais próximo do gnosticismo (uma corrente dos primórdios da igreja que enfatizava muito a ideia de salvação por meio de conhecimentos ocultos) do que bíblico. O filme é baseado em um livro de mesmo nome e imagina uma relação amorosa entre Jesus Cristo e Maria Madalena. Tal obra sofreu um boicote muito forte em uma época pré-internet, mas isso também contribuiu para sua divulgação, o que ajudou a compensar a ausência do público mais religioso. Apesar disso, o filme não foi bem e passou aos grandes estúdios a certeza de que o cinema bíblico não valia investimentos.

A difícil retomada

O mau resultado de A última tentação de Cristo fechou as portas para grandes produções bíblicas, mas na televisão ainda se produziam grandes filmes bíblicos. A série que depois foi nomeada Bible Collection contém algumas minisséries da TNT (Television Networking) que se tornaram filmes. Foram 17 personagens bíblicos biografados, e alguns episódios chamam a atenção pelos atores envolvidos, como Richard Harris, que interpretou Abraão (1993) e João, no Apocalipse de João (2000), que apresenta a visão do apóstolo na ilha de Patmos. Patrick Dempsey interpretou o profeta Jeremias (1998), numa das únicas adaptações deste livro bíblico que tem 52 capítulos. Os filmes dessa série foram feitos até 2001. Também neste período foi lançada a série Projeto Visual da Bíblia, que apresenta versões cinematográficas de histórias bíblicas usando apenas as palavras dos livros retratados.

Ainda na televisão foi lançado, em 1999, A arca de Noé, minissérie posteriormente apresentada como filme e que conta com Jon Voight dando vida ao personagem principal. Ele toma muitas liberdades com relação ao conteúdo bíblico, o que diminuiu sua aceitação. Outra minissérie televisiva transformada em filme foi No início, de 2000, dividida em duas partes: a primeira tem Abraão contando a história da Criação e os eventos até seu próprio chamado; a parte seguinte é sobre a vida do próprio patriarca. Os dois filmes se tornaram conhecidos no Brasil por muitas exibições no SBT.

A Paixão de Cristo, de 2004, tem lugar de destaque como um dos maiores filmes do gênero

Para a grande tela, os filmes bíblicos só retornaram no fim dos anos 1990, com a animação O príncipe do Egito, de 1998, um dos primeiros lançamentos do então recém-fundado estúdio DreamWorks. Dez anos após o último filme bíblico impactante, O príncipe do Egito se tornou muito querido pelos fãs e ganhou dois Oscars. Seu êxito levou a José: o rei dos sonhos, de 2000, que mantém muito da qualidade do antecessor e obteve um sucesso moderado. Mas só em 2017 voltaria a ser feita uma grande animação bíblica: A estrela de Belém é focado no nascimento de Jesus sob o ponto de vista dos animais envolvidos e já se tornou um clássico de Natal.

Apesar do grande sucesso dos filmes animados, ainda havia uma sensação de que os filmes bíblicos não dariam resultado com um público adulto. Os anos 2000, por isso, não viram tantas produções, destacando-se duas: A Paixão de Cristo, de 2004, e Jesus: a história do nascimento, de 2006. O primeiro tem lugar de destaque como um dos maiores filmes do gênero, por seu respeito à história, pela pesquisa arqueológica sobre o mundo da época e o funcionamento das punições romanas e cruzes, além da pesquisa linguística para rodar todo o filme nas línguas originais. Já o segundo começa a introduzir os filmes feitos visando o nicho mais religioso. Ele chegou a ter sua premiére na Cidade do Vaticano. Depois desse filme, alguns estúdios que produziram filmes religiosos se aprimoraram em fazer filmes bíblicos, com destaque para O livro de Ruth e o curta No caminho de Emaús, ambos de 2009. O segundo conta a história do famoso encontro de Jesus com dois seguidores, após a ressurreição, sem que estes o reconhecessem.

Nos anos 2010, a tendência dos filmes de estúdios religiosos fez surgir muitos filmes: O apóstolo Pedro e a última ceia (2012); O livro de Daniel (2013); O livro de Ester (2013); A Tenda vermelha (2014), sobre a filha de Jacó, Diná; Maria Madalena (2018); Sansão e Dalila (2018). Dessa leva, merece algum destaque Amor incondicional: A história de Oséias, que trouxe a inédita história do profeta bíblico em meio a uma temática de acampamento cristão. Além disso, o History Channel ofereceu a série A Bíblia, de 2013, muito querida e da qual se produziu um filme. Em 2015 houve uma continuação, sem o mesmo sucesso.

Os grandes estúdios perceberam o sucesso de produções assim e tentaram novamente oferecer filmes bíblicos, mas em alguns casos o público-alvo não se agradou, como em Noé e Êxodo: deuses e reis – o primeiro recebeu críticas mistas. Apesar de terem diretores consagrados (Darren Aronofsky e Ridley Scott, respectivamente), as duas produções de 2014 viram um outro filme bíblico ser muito mais bem-sucedido em comparação com seu orçamento inicial: O Filho de Deus, feito a partir de cenas da série Bíblia. Mesmo assim, os estúdios ainda insistiram em filmes que tomavam certas liberdades, como Os últimos dias no deserto, sobre a tentação de Cristo; e Ben-Hur, de 2016, que conta com o brasileiro Rodrigo Santoro no papel de Jesus. As abordagens não agradaram; Ben-Hur perdeu o ar de grandiosidade da versão dos anos 50 e assumiu uma forma mais revolucionária. No mesmo ano foi lançado Ressurreição, que foi bem acolhido pelo público cristão, ainda que não tenha chamado muito a atenção geral.

O filme Paulo, apóstolo de Jesus Cristo recebeu grande aceitação e se tornou uma importante produção antes do período pré-isolamento. Durante esse período, a série The Chosen se tornou conhecida e tem oferecido um entretenimento muito querido, o que a levou aos cinemas recentemente. Isso mostra que o cinema bíblico, apesar de não tão interessante para os grandes estúdios, ainda tem muito a oferecer.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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