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A igreja de St. Edward King and Martyr, em Cambridge (Inglaterra).
A igreja de St. Edward King and Martyr, em Cambridge (Inglaterra).| Foto: Magnus Manske/ Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported license/Wikimedia Commons

Na terça-feira, 12 de setembro, passei um dia inesquecível em Cambridge, guiando um grupo de 36 brasileiros por vários pontos turísticos relacionados à Reforma Protestante do século 16. Esta viagem foi realizada com Byblos Viagens, dirigida pelos irmãos Israel Sayão e Rachel Sayão. Cambridge é uma cidade universitária no condado de Cambridgeshire, na Inglaterra. A cidade está localizada às margens do Rio Cam, pouco menos de 100 quilômetros ao norte de Londres. Durante as eras romana e viking, foi um importante centro comercial. Hoje, a cidade é famosa por abrigar a Universidade de Cambridge, que foi fundada em 1209 e é considerada a segunda melhor universidade do mundo. Os edifícios da universidade incluem a Capela do King’s College; a Peterhouse, fundada em 1284; e a Biblioteca da Universidade de Cambridge, uma das maiores bibliotecas do mundo, com cerca de 8 milhões de exemplares – além dos prédios que abrigam colleges como Gonville Hall, Trinity Hall, Corpus Christi e Clare. A Igreja de St Bene’t, dedicada a Bento de Núrsia, construída em torno de 1000-1050, é o edifício mais antigo da cidade.

O White Horse Inn

Começamos visitando o local onde se localizava uma taverna chamada White Horse Inn. Em 1517, na Alemanha, Martinho Lutero, ao fixar seu “Debate para o esclarecimento do valor das indulgências”, popularmente conhecidas como “95 teses”, na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, desafiou certos ensinamentos e doutrinas da Igreja medieval, e não demorou muito para que as suas ideias e escritos se espalhassem por outros centros acadêmicos em toda a Europa. Em maio de 1521, as autoridades universitárias de Cambridge foram instruídas a confiscar e queimar os livros do reformador alemão como heréticos. Havia grande perigo em ser visto como seguidor das ideias de Lutero na época; mesmo assim, suas obras ainda eram discutidas na universidade. Nessa época, um grupo de entusiastas ingleses começou a se reunir no White Horse Inn para expor essas ideias que abalavam o continente. Apesar dos perigos, o grupo do White Horse Inn persistiu em suas leituras, e a taverna foi apelidada de “Pequena Alemanha” por causa dessas reuniões.

Entre os participantes desses encontros estavam Robert Barnes, do Mosteiro de Austin; Thomas Bilney, do Trinity Hall; e Hugh Latimer, do Clare College. Barnes estudou na Universidade de Louvain, onde foi influenciado por Erasmo de Roterdã e pelos escritos dos reformadores continentais. Lá ele se tornou doutor em Divindade e retornou à Inglaterra em 1523, para se tornar prior e mestre do Mosteiro de Austin. Bilney foi convertido às visões reformistas em 1519, como resultado do estudo do Novo Testamento de Erasmo, que havia vivido por um tempo em Cambridge, onde ensinara Grego. Bilney, então, conduziu Latimer à fé, em 1524. Contemporâneos comentaram sobre a visão engraçada do pequeno Bilney e do alto e magro Latimer andando juntos pela praça do mercado de Cambridge, em sérias discussões teológicas.

Um grupo de entusiastas ingleses começou a se reunir no White Horse Inn para expor as ideias de Lutero, que estavam abalando o continente

As discussões no White Horse Inn em breve se tornaram sermões proferidos na Igreja de St. Edward King and Martyr, do outro lado da rua, onde Latimer foi clérigo até deixar Cambridge, em 1531. Estes três homens acabaram por morrer por sua fé, tal como muitos outros ex-alunos de Cambridge, em ambos os lados da divisão religiosa: Bilney em 1531, Barnes em 1540, e Latimer em 1555. Como parte de sua confissão final, Barnes afirmou: “Não confio em nenhuma boa obra que já tenha feito, mas apenas na morte de Cristo. Não duvido de que por meio dele entrarei no reino dos céus”. Suas palavras foram registradas e logo impressas na Inglaterra e na Alemanha, onde Lutero prestou sua própria homenagem a Barnes, a quem descreveu como “este santo mártir, santo Robert”. O edifício da taverna sobreviveu até 1869, quando foi demolido. Hoje só resta uma placa azul marcado o local onde ficava o White Horse Inn.

Bilney, que é celebrado em um vitral da igreja de St. Edward King and Martyr, denunciou em suas pregações a veneração de santos e relíquias, assim como as peregrinações a Walsingham e Canterbury, e recusou-se a aceitar a noção da mediação dos santos. A princípio, as autoridades diocesanas não objetaram, considerando que as suas opiniões eram de menor relevância para os fundamentos da fé cristã, e ele era ortodoxo quanto à autoridade do papa e da Igreja, e quanto à transubstanciação. Mas, em 1527, ele foi preso no púlpito, enquanto pregava na Capela de São Jorge, em Ipswich, e foi encarcerado na Torre de Londres. Ele foi condenado por heresia, sendo a sentença adiada enquanto foram feitos esforços para induzi-lo a retratar-se, o que ele acabou fazendo. Depois de ser mantido por mais de um ano na Torre, foi libertado em 1529 e voltou para Cambridge. No entanto, dominado pelo remorso por sua apostasia, voltou a pregar novamente, não mais nas igrejas, mas nos campos, como um pregador itinerante. Ao chegar a Norwich, foi preso, julgado, expulso da ordem a que pertencia e entregue às autoridades civis para ser queimado. A sentença foi executada em Lollards Pit, Norwich, em 19 de agosto de 1531.

A igreja de St. Edward King and Martyr

Após a visita ao local onde ficava o White Horse Inn, nos dirigimos à histórica igreja de St. Edward King and Martyr, no centro de Cambridge. Esta igreja é dedicada a Eduardo, o Mártir, que foi rei da Inglaterra de 975 até seu assassinato, em 978, episódio narrado na ficção de Conn Iggulden Dunstan. Esta igreja foi fundada em algum momento do século 13, e desempenhou um papel fundamental na Reforma inglesa. Na missa da meia-noite, na véspera do Natal de 1525, Robert Barnes proferiu o que se acredita ser o primeiro sermão abertamente evangélico em qualquer igreja inglesa e acusou a Igreja Católica de heresia. O pequeno púlpito nessa igreja, com seus belos painéis dobráveis de linho, teria sido usado por Latimer e Barnes nessa época – e é usado até hoje. Durante a década seguinte, muitos dos grandes reformadores ingleses pregaram em St. Edward King and Martyr. Esses eventos fizeram com que essa igreja passasse a ser conhecida como o “Berço da Reforma” inglesa.

Em 30 de julho de 1540, Barnes e cinco outros dissidentes religiosos foram presos na Torre de Londres, e depois levados até Smithfield para serem executados. Num momento carregado de ironia, os executados eram três “luteranos” e três católicos. Os outros dois clérigos “luteranos” eram William Jerome e Thomas Gerrard, que foram, como Barnes, queimados na fogueira por heresia. Os três padres católicos romanos, Thomas Abel, Richard Fetherstone e Edward Powell, foram enforcados, tiveram seus corpos arrastados por Londres e depois esquartejados; oficialmente, foram condenados por alta traição, mas, na realidade, seu “crime” era rejeitar tanto o título do rei Henrique VIII como chefe supremo da Igreja da Inglaterra quanto o controle do Estado sobre a igreja.

Latimer, que chegou a ser bispo de Worcester, serviu como capelão de Katherine, Duquesa de Suffolk. No entanto, quando a filha católica de Henrique VIII, Maria I, subiu ao trono, ele foi julgado por suas crenças e ensinamentos, e preso. Depois que a sentença de morte foi pronunciada, Latimer disse: “Agradeço de todo o coração a Deus por ter prolongado minha vida até esse fim, para que eu possa, neste caso, glorificar a Deus por esse tipo de morte”. Em outubro de 1555 ele foi queimado na fogueira diante do Balliol College, na Universidade de Oxford, junto com Nicholas Ridley. Latimer teria dito a Ridley: “Seja homem, Mestre Ridley; hoje acenderemos tal chama que, pela graça de Deus, espero que nunca se apague na Inglaterra”.

A igreja de St. Mary the Great

Dirigimo-nos, depois, para a igreja de St. Mary the Great, e que fica bem próxima de St. Edward King and Martyr. Esta é uma igreja paroquial e universitária, no centro de Cambridge. Os dirigentes universitários devem viver num raio de 32 km de Great St. Mary e os estudantes de graduação, num raio de 5 km. A igreja também acolhe os sermões universitários e aloja o Órgão Universitário e o Relógio Universitário. A primeira menção da igreja surge num registro do rei João I, em 1205. Vários pregadores importantes da Reforma Inglesa pregaram lá, entre eles Erasmo de Roterdã. Martin Bucer, que influenciou a preparação do Livro de Oração Comum, de Thomas Cranmer, foi enterrado lá. Na época da rainha católica Maria I, os restos mortais de Bucer foram exumados e queimados na praça do mercado, mas, sob a protestante Elizabeth I, a poeira do local da fogueira foi recolhida e depositada na igreja, e agora está sob uma placa no chão da capela-mor.

Na missa da meia-noite, na véspera do Natal de 1525, Robert Barnes proferiu o que se acredita ser o primeiro sermão abertamente evangélico em qualquer igreja inglesa e acusou a Igreja Católica de heresia

A igreja de St. Andrew the Great

Por fim, visitamos a igreja de St. Andrew the Great, e que foi mencionada pela primeira vez em 1200. Durante o século 16 a igreja foi um centro de pregação da Reforma, com William Perkins servindo como “conferencista” de 1585 até sua morte em 1602. Perkins também foi fellow do Christ’s College, que fica bem próximo da igreja.

Durante sua vida, Perkins alcançou enorme popularidade, com as vendas de suas obras superando até mesmo as obras de João Calvino. Quando Perkins morreu, seus escritos vendiam mais cópias que os de muitos dos mais famosos reformadores continentais juntos. De sua posição em Cambridge, ele influenciou toda uma geração de clérigos ingleses, tais como William Ames, John Robinson, Thomas Goodwin, Richard Sibbes e Paul Baynes, que o sucedeu em St. Andrew the Great – onde Perkins foi enterrado. Alguns consideram a hermenêutica e homilética de Perkins um modelo que ainda hoje deve ser imitado. Ele também foi influente no desenvolvimento teológico do pregador congregacional Jonathan Edwards, nas colônias americanas. Além disso, os escritos de Perkins sobre a doutrina bíblica da predestinação tornaram-no um alvo de Jacobus Arminius, o clérigo reformado holandês que se opôs aos seus ensinos sobre o tema.

Mark Shaw escreveu que “a cura [...] para o cristão apático e nominal era a ‘conversão verdadeira’. A cura [...] para o cristão ansioso e neurótico é a ‘segurança total’. Foi a percepção particular [...de] Perkins que uniu essas duas [...tensões] pastorais. Perkins foi o pioneiro do conceito de segurança total por meio da conversão verdadeira. Foi a partir dele que a ideia de ‘nascer de novo’, que significava uma experiência de conversão profunda, porém visível, tornou-se um aspecto central da identidade evangélica”. Ou seja, para Perkins, o cristão verdadeiro se alegra e está convicto de sua eleição, chamado e união espiritual com Jesus Cristo por meio da experiência diária da fé, do arrependimento e da conversão. Assim, somos lembrados das palavras do apóstolo Pedro (2 Pedro 1,3-11):

“Pelo poder de Deus nos foram concedidas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por meio delas, ele nos concedeu as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vocês se tornem coparticipantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção das paixões que há no mundo. Por causa disso, concentrando todos os seus esforços, acrescentem à fé que vocês têm a virtude; à virtude, o conhecimento; ao conhecimento, o domínio próprio; ao domínio próprio, a perseverança; à perseverança, a piedade; à piedade, a fraternidade; à fraternidade, o amor. Porque essas qualidades, estando presentes e aumentando cada vez mais, farão com que vocês não sejam nem inativos, nem infrutíferos no pleno conhecimento do Nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele que não tem estas coisas é cego, vendo só o que está perto, e se esqueceu da purificação dos seus antigos pecados. Por isso, irmãos, procurem, com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e a eleição de vocês; porque, fazendo assim, vocês jamais tropeçarão. Pois desta maneira é que lhes será amplamente suprida a entrada no Reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”

Como Shaw ainda escreve: “Em geral, os membros da igreja que são inseguros em seus relacionamentos com Deus passam a criar problemas, fazem críticas exageradas e são obstáculos para a mudança. Por outro lado, cristãos que sentem, de maneira profunda e satisfatória, o amor imutável de Deus por eles em Cristo e estão bastante seguros de sua condição de filhos têm mais facilidade para produzir os frutos do Espírito e tornarem-se uma força positiva dentro da congregação”. A ênfase de Perkins na conversão evangélica declara de maneira simples o que os cristãos devem buscar em si mesmos, aquelas virtudes infundidas pelo Espírito Santo, que ajudam estes cristãos a descansar nos benefícios e nas promessas de Cristo, recebendo assim a segurança e a felicidade em Cristo Jesus.

Tyndale House

Encerramos nosso movimentado dia em Cambridge com uma visita a Tyndale House, um centro evangélico internacional de pesquisa bíblica. Fomos recebidos por Peter J. Williams, diretor do centro e autor de Podemos confiar nos Evangelhos?, e por Diego dy Carlos, formado na London School of Theology e que está fazendo pesquisas lá. Neste centro se reúnem estudiosos cristãos da Bíblia de todo o mundo, tais como acadêmicos, pesquisadores, estudantes de pós-graduação, tradutores, professores de Bíblia e escritores cristãos, para promover a compreensão da Bíblia na igreja e mais além. A Tyndale House foi inaugurada em 3 de janeiro de 1945, e entre seus fundadores podem ser citados Donald Wiseman, F. F. Bruce, Martyn Lloyd-Jones e J. I. Packer. A biblioteca dessa instituição contém aproximadamente 50 mil volumes, sobretudo de estudos bíblicos em nível acadêmico, em inglês, alemão e francês, entre outros idiomas. Também há mais de 300 teses de doutorado que foram preparadas na biblioteca, entre elas as escritas por J. I. Packer, N. T. Wright, Wayne Grudem e D. A. Carson.

Foi organizada para o grupo uma exposição de manuscritos, guiada pelo bibliotecário da Tyndale House, e tivemos o imenso privilégio de ver cópias do Aleppo Codex (de meados de 930 d.C.), do Leningrad Codex (de 1008 d.C., e que é a mais antiga Bíblia hebraica completa), do Codex Sinaiticus (de meados do século 4.º d.C., o mais antigo Novo Testamento completo), do Codex Vaticanus (século 4.º d.C.), do Codex Bezae (do século 4.º d.C.; o original está na Biblioteca da Universidade de Cambridge), uma edição original da Bíblia de Genebra (1580) e cópias da Biblia sacra Vulgatae (1693) e da Biblia Sacra Polyglotta (1657).

De sua posição em Cambridge, William Perkins influenciou toda uma geração de clérigos ingleses. Alguns consideram a hermenêutica e homilética de Perkins um modelo que ainda hoje deve ser imitado

Este centro homenageia o inglês William Tyndale, um erudito e tradutor bíblico e linguista inglês que se tornou uma figura importante na Reforma inglesa. Ele foi grandemente influenciado pelas obras de reformadores europeus, como as de Lutero. E sua tradução se tornou a primeira Bíblia em inglês a ser traduzida diretamente de textos hebraicos e gregos, a primeira tradução em inglês a aproveitar as vantagens da imprensa, e a primeira tradução da Bíblia para o inglês a usar “Jeová” (YHWH) como o nome de Deus, que se tornou a forma preferida pelos reformadores protestantes ingleses. O texto da tradução da Bíblia de Tyndale foi usada por todas as traduções subsequentes para o inglês, incluindo a Grande Bíblia, a Bíblia dos Bispos e a King James Version. Uma estimativa sugere que o Novo Testamento na King James Version contém 83% das palavras de Tyndale e o Antigo Testamento, 76%.

Fugindo da perseguição de Henrique VIII, Tyndale se refugiou no território belga do imperador católico Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1535, Tyndale foi preso e encarcerado num castelo nos arredores de Bruxelas. Em 1536 foi condenado por heresia e executado por estrangulamento; depois, seu corpo foi queimado na fogueira. Suas palavras finais foram comoventes: “Senhor, abra os olhos do rei da Inglaterra”. Como observou Timothy George, “a influência de Tyndale na língua inglesa rivaliza com a de Lutero na [língua] alemã. Numa época em que o inglês era considerado um ‘dialeto obscuro e remoto do alemão, falado numa ilha ao largo da costa’, Tyndale, com sua habilidade linguística extraordinária [...], ‘fez um idioma para a Inglaterra’”. Por isso, em 2002, Tyndale ficou em 26.º lugar em uma enquete da BBC sobre os 100 Maiores Britânicos de todos os tempos.

As três igrejas visitadas em Cambridge são parte da Igreja da Inglaterra, mas são bem diferentes entre si, refletindo as diferenças e tensões enfrentadas pela igreja inglesa. Enquanto as igrejas de St. Edward King and Martyr e St. Andrew the Great são firmemente evangélicas, tristemente Great St. Mary segue a tradição anglo-católica liberal, e está ligada a uma organização apóstata chamada Igreja Inclusiva. Assim, ainda que na atualidade a Igreja da Inglaterra passe por uma imensa crise doutrinal e moral, a imensa dedicação e sacrifício de cristãos ingleses do passado para propagar o Evangelho lembra vivamente as palavras do Senhor Jesus a seus discípulos (Mateus 10,16-28):

“Eis que eu os envio como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles os entregarão aos tribunais e os açoitarão nas suas sinagogas. Por minha causa vocês serão levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. E, quando entregarem vocês, não se preocupem quanto a como ou o que irão falar, porque, naquela hora, lhes será concedido o que vocês dirão. Afinal, não são vocês que estão falando, mas o Espírito do Pai de vocês é quem fala por meio de vocês.

Os santos, os reformadores e os mártires relembrados em Cambridge são um testemunho vivo e poderoso de que “o Reino dos Céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele”

Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai entregará o filho. Haverá filhos que se levantarão contra os seus pais e os matarão. Todos odiarão vocês por causa do meu nome; aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo. Quando, porém, perseguirem vocês numa cidade, fujam para outra. Porque em verdade lhes digo que não terão percorrido as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem.

O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo está acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo ser como o seu senhor. Se chamaram o dono da casa de Belzebu, quanto mais os membros da sua casa!

Portanto, não tenham medo deles. Pois não há nada encoberto que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a ser conhecido. O que lhes digo às escuras, repitam a plena luz; e o que é dito para vocês ao pé do ouvido, proclamem dos telhados. Não temam os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; pelo contrário, temam aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.”

Os santos, os reformadores e os mártires relembrados em Cambridge são um testemunho vivo e poderoso de que “o Reino dos Céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele” (Mt 11,12).

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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