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Manifestação reúne dezenas de milhares de pessoas no centro de Leipzig, Alemanha Oriental, em 16 de outubro de 1989.
Manifestação reúne dezenas de milhares de pessoas no centro de Leipzig, Alemanha Oriental, em 16 de outubro de 1989.| Foto: Friedrich Gahlbeck/German Federal Archives/Wikimedia Commons

Aconteceu a 9 de outubro de 1989. “Não à violência!” (“Keine Gewalt!”), gritavam dezenas de milhares de pessoas nas ruas de Leipzig e de outras cidades da República Democrática Alemã (RDA). Na época, Christian Führer (1943-2014) era pastor na Nikolaikirche (Igreja de São Nicolau), em Leipzig. Esta igreja, com capacidade para 1,4 mil pessoas, foi construída em 1165. Em 25 de maio de 1539, os sermões de Justus Jonas e Martinho Lutero iniciaram a Reforma em Leipzig. Na Sexta-Feira Santa, 7 de abril de 1724, Johann Sebastian Bach executou sua Paixão segundo São João pela primeira vez ali. Na atualidade, a Igreja Católica também usa o prédio. Führer estudou Teologia de 1961 a 1966 na Universidade de Leipzig, e trabalhou como pastor em Colditz até 1980, quando se tornou o pastor da Nikolaikirche e liderou as famosas Orações para a Paz (“Friedensgebete”), como parte de uma ação de protesto conjunta de organizações jovens protestantes. A partir de 20 de setembro de 1982, as Orações para a Paz foram realizadas todas as segundas-feiras na Nikolaikirche, no auge da Guerra Fria. Führer se aposentou em julho de 2008, e foi ele quem contou como estas reuniões de oração se transformaram em movimento e culminaram na Revolução Pacífica, que derrubou o comunismo na RDA. O artista de cabaré Bernd-Lutz Lange disse sobre os eventos que começaram na Nikolaikirche: “Não havia um cabeça da revolução. A cabeça era a Nikolaikirche e o corpo, o centro da cidade. Havia apenas uma liderança: segunda-feira, 17h, Nikolaikirche”.

O texto abaixo foi publicado em outubro de 2009, numa revista das igrejas evangélicas alemãs, que era distribuída gratuitamente em alguns jornais diários. Foi baseado num artigo que se encontra no livro Vom Gebet zur Demo: 1989 – Die friedliche Revolution begann in den Kirchen (“Da Oração à Manifestação: 1989 – A Revolução Pacífica começou nas igrejas”), editado por Arnd Brummer e publicado por Edition Chrismon em 2009, resumido por Niels Beintker e traduzido por Helena Araújo. Recomendo também a excelente ficção histórica de Henry Porter, Brandemburgo, publicada pela Editora Record em 2008, e que aborda as famosas orações que resultaram na derrubada do comunismo e a unificação da Alemanha, depois de mais de 40 anos de divisão.

“O Dia da Decisão”: 9 de outubro de 1989

Não à violência. Esta é, para mim, a síntese mais curta do Sermão da Montanha. No dia 9 de outubro de 1989, dezenas de milhares de pessoas não apenas gritaram esta frase como também praticaram nas ruas o mandamento da não violência – em Leipzig como noutras cidades da RDA. Pessoas que, quando crianças, nos jardins de infância, brincavam com tanques de guerra, educadas nas escolas militares para a luta de classes, ouviram a mensagem de Jesus. Não à violência. Por meio dela, tornaram possível a Revolução Pacífica, a primeira revolução com êxito na história da Alemanha. Para mim, isto é um milagre com dimensão bíblica. Como dizia o profeta Zacarias: “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito” (Zc 4,6). E assim aconteceu, iniciada na Nikolaikirche de Leipzig e em muitas outras igrejas do país.

“Senhor pastor, espero que não acabe com este espaço de oração”

Esta revolução feliz começou pequenina – pequena como uma semente de mostarda que cai no chão. Na Nikolaikirche começou tudo com as Orações para a Paz, propostas por um grupo de jovens em 1982. As celebrações que se realizavam todos os anos eram para eles insuficientes – queriam orações em ritmo semanal. Talvez tenha sido esta a decisão mais importante dos membros do Conselho da Nikolaikirche: apoiar estes jovens, dando início às orações semanais para a paz. A partir de 20 de setembro de 1982, às segundas-feiras, às 5 da tarde, na Nikolaikirche, com excepção dos dois meses de férias grandes na RDA. Ainda hoje [2009] as pessoas se reúnem nessa oração, coisa que, no início, ninguém teria podido imaginar. Quando, em 1983 e 1984, se intensificou a corrida ao armamento no Leste e no Ocidente, cresceu também a resignação. O número de participantes nestas orações caiu para menos de uma dezena. Houve um dia em que éramos apenas seis. Sentámo-nos junto à grade do altar, o superintendente leu um salmo. Uma mulher disse-me: “Senhor pastor, espero que não acabe com este espaço de oração. Se desistirmos, a esperança morre. Ficará apenas a resignação”. Concordei com ela. Reconheci que este espaço de oração teria de permanecer aberto. Como cristãos, estamos obrigados à esperança. Jesus disse “onde dois ou três se reúnem em meu nome, eu estarei entre eles” (Mt 18,20). Nós já éramos seis, ou seja, o dobro desse número. Por isso, tínhamos de continuar.

Pessoas que, quando crianças, nos jardins de infância, brincavam com tanques de guerra, educadas nas escolas militares para a luta de classes, ouviram a mensagem de Jesus. Não à violência. Por meio dela, tornaram possível a Revolução Pacífica

Outro sinal da resignação era o número crescente de pessoas que queriam sair da RDA. Nos anos 80, centenas de milhares de cidadãos, por variados motivos, tinham apenas um objetivo: sair dali. Em muitas paróquias sentiam-se excluídas; algumas foram mesmo deliberadamente afastadas. Na Nikolaikirche havia espaço para elas. No entanto, houve conflitos com os membros dos grupos de base – comparativamente bem menores. Por esse motivo, sugeri fazer uma palestra, caso as pessoas interessadas em abandonar o país estivessem dispostas a reconsiderar, e que decorreu em 19 de fevereiro de 1988, com 600 participantes. Escolhi uma passagem do Evangelho de João, onde Jesus pergunta aos seus discípulos, quando estes se dão conta de que os outros se afastam deles: “Para onde quereis ir?” (Jo 6,67). Na igreja fez-se silêncio. As pessoas refletiam: “Se vocês forem agora para o Ocidente, não fazem ideia do que isso significa. Os seus amigos e parentes estão ficando aqui, não sabem que terão de esperar até a aposentadoria para voltar a vê-los. Que é que fizeram a vocês aqui, na RDA, que levaram vocês este beco sem saída?” Disse-lhes: Não podemos sair daqui neste estado de espírito. O ambiente não está nada bom. Talvez possamos ver o que os salmos nos dizem, por exemplo o Salmo 65. Nele encontramos uma frase importante para todos nós: “Tu, Senhor, fazes felizes os que vivem no Oriente e no Ocidente” (Salmo 65,9). Desataram a rir. O ambiente melhorou imediatamente. Pensavam que talvez Deus erguesse sobre eles a sua mão protetora. No fim, alguns vieram conversar comigo, dizendo que não pertenciam à comunidade, mas gostariam de participar nas Orações para a Paz. Respondi-lhes com o lema da Nikolaikirche: “aberta para todos”. A partir desse dia, o número de participantes nas orações das segundas-feiras não parou de crescer.

Pessoas de todo o país ajudaram a Revolução Pacífica a avançar

Uma das Orações para a Paz mais importantes do outono de 1989 ocorreu em 4 de setembro, a primeira após as férias de verão. Dado que na mesma altura ocorria a Feira de Leipzig, e os jornalistas das televisões ocidentais tinham autorização para filmar em toda a cidade, a direção do Partido Socialista Unificado da Alemanha (SED) estava muito nervosa. O Conselho da Nikolaikirche foi chamado à Câmara de Leipzig antes do dia 4. Durante duas horas, tentaram convencer-nos por todos os meios a começar as Orações para a Paz uma semana mais tarde. Respondemos que o nosso trabalho pastoral é definido por nós, e que esta oração teria início, como todos os anos, naquela semana. E então aconteceu aquilo que os camaradas temiam. Não permiti a entrada dos jornalistas na igreja. O que temos a dizer ao nosso Estado, dizemos-lhe na cara, e não por meio de jornalistas da ARD, ZDF e Deutschlandfunk. No fim da oração, saímos da igreja. A praça estava repleta de câmeras, organizadas em semicírculo. Todos os jornalistas autorizados estavam ali presentes.

Só uns segundos depois percebi como era importante a presença daqueles jornalistas. Foi quando participantes do nosso grupo de base desenrolaram um pano, um lençol onde tinham escrito: “Por um país aberto com pessoas livres”. A sua exibição não durou mais do que 15 segundos. Membros da Stasi retiraram-no, e derrubaram os manifestantes para o chão. Tudo em frente às câmaras ocidentais. As imagens passaram pouco depois na ARD. Hans Joachim Friedrichs informou que aquilo se passara na Nikolaikirche, após a Oração para a Paz. As pessoas no Ocidente viram o que aqui se passava. Tal como as pessoas no Leste. À exceção da região de Dresden, era possível ver a televisão da Alemanha Ocidental (RFA) em toda a RDA. Os meios de comunicação de que dispúnhamos eram muito rudimentares. Nas secretarias paroquiais havia telefones de contato, mais nada. Com um único golpe, as nossas Orações para a Paz tornaram-se conhecidas em toda a RDA. Em todo o país, pessoas pensaram “também quero fazer esta experiência”. É isto, justamente, que não podemos esquecer: no outono de 1989, pessoas de todo o país visitaram a Nikolaikirche, e desse modo deram um importante impulso à Revolução Pacífica.

Nestas semanas e nestes meses o medo era o nosso companheiro constante. Todos tínhamos em mente as palavras de elogio de Egon Krenz a propósito da repressão violenta do movimento de estudantes na Praça da Paz Celestial em Pequim: “O Partido Comunista na China salvou o socialismo”. Já na semana seguinte ao episódio de 4 de setembro o regime da RDA mostrou a sua dureza em Leipzig. Ao entardecer, após a Oração para a Paz, a polícia avançou brutalmente para as pessoas que estavam na praça da igreja. Batia nas pessoas e as prendia. Ao chegar à casa paroquial, abri com fúria a janela e gritei-lhes: “Não pensem que ficarão sem castigo! Nós nos lembraremos das suas caras!” Uma reação muito emocional. Lembro-me que um dos que batiam nos manifestantes se voltou para mim, dizendo que não se importava com aquilo de que nos lembraríamos. E continuou a bater com o seu cassetete. Os manifestantes correram para as escadas da nossa casa. Por sorte, era grande – degraus largos, e vários andares. Declarei à polícia que aquelas pessoas iam ficar ali. Os policiais retiraram-se sem entrar naquela casa nem na igreja. Tenho de sublinhar isto: o espaço da igreja foi sempre respeitado.

Sabíamos que seria um fardo particularmente pesado

Também no dia 9 de outubro dominava o medo. Dois dias antes, a 7 de outubro, quando se comemoravam os 40 anos da fundação da RDA, a polícia de Leipzig tinha espancado e prendido em condições indignas centenas de manifestantes. No dia seguinte, havia um número especialmente elevado de médicos no culto dominical, que no fim me contaram sobre os inúmeros feridos com problemas no ombro e na clavícula. Vítimas de cassetetes. Também revelaram que tinham recebido ordens para prepararem camas nos hospitais para receber pessoas com ferimentos de balas. Foi essa a preparação para a segunda-feira. Além disso, no jornal local de Leipzig foi publicado um artigo onde se afirmava que era preciso acabar com a contrarrevolução, se necessário pela força das armas. Lembro-me que na manhã desse dia preparei para a oração com os funcionários da comunidade este texto da Epístola aos Gálatas: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6,2). Nessa altura, ainda não sabíamos que carga esse dia poria sobre os nossos ombros. Sabíamos apenas que seria uma carga especialmente pesada.

Logo de manhã começaram os telefonemas: muitas ameaças, mas na maioria eram expressão de medo ou oferecimento de informação. Também recebemos, curiosamente, um telefonema do Quartel de Leipzig, informando que Erich Honecker tinha dado indicações para “fechar” a Nikolaikirche – tudo isto sem ordens escritas. Ao meio-dia fecharam as escolas; à tarde, as lojas. Cada vez chegavam mais avisos. A notícia mais importante para mim foi a da reunião de mil membros da SED na Câmara e na Universidade. Pretendiam ocupar a Nikolaikirche, tal como Erich Loest mais tarde descreveu no seu romance. Às duas e meia da tarde, o sacristão veio dizer-me que a igreja já estava cheia. Estavam lá os muitos membros do partido, que não sabiam que eu sabia quem eles eram. Contudo, nenhum deles estava muito animado, porque não ignoravam que, se naquele dia houvesse disparos, as balas atingiriam indiscriminadamente cristãos e membros do partido.

Enviar os camaradas à igreja foi um gesto muito divertido de Deus. Não teríamos maneira de convencê-los – eles tinham de ver com os seus próprios olhos

“Pastor, gostaríamos de agradecer pela oração pela paz!”

Tentei ocupar o tempo com uma visita guiada à igreja, mas acabei por decidir informá-los de que sabia quem eram eles e ao que vinham. Disse-lhes: “Bem-vindos à Nikolaikirche. Só me surpreende que já estejam aqui. Os trabalhadores do proletariado só podem vir depois do fim do turno, às 4 da tarde. Compreenderão que mantenho as portas para o coro fechadas, mas tenho de reservar algum espaço para os outros participantes da Oração para a Paz”. Alguns deles não conseguiram evitar uma gargalhada. E, depois, foi assombroso: nenhum deles perturbou a oração. Foram até integrados de forma especial. No dia seguinte, três deles telefonaram-me para agradecer aquela oração. Que mudança! Tinham-lhes dito que o pastor da Nikolaikirche incitava as pessoas a lutar nas ruas, que lhes dizia para levarem pedras e bastões para atacar os policiais. E agora, que tinham eles próprios assistido a uma dessas orações, tinham se dado conta de que tudo isso era mentira, e que o partido os tinha enganado. Isto lembra-me a história de José no Antigo Testamento, quando diz aos seus irmãos: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem” (Gn 50,20). Penso que enviar os camaradas à igreja foi um gesto muito divertido de Deus. Não teríamos maneira de convencê-los – eles tinham de ver com os seus próprios olhos.

A Oração para a Paz do dia 9 de outubro decorreu com grande concentração. Além dessa, na Nikolaikirche, ocorreram outras reuniões de oração nas igrejas do centro da cidade. Enquanto orávamos, dentro da igreja, ouvíamos os manifestantes na rua. “Juntem-se a nós, juntem-se a nós”, gritavam eles aos policiais. Em determinado momento, alguém bateu à porta da igreja e deu-nos o manifesto do grupo de Kurt Masur, que eu deixei ler. Quando, no fim, abrimos as portas para sair, encontrámos a praça repleta de pessoas. Os movimentos ameaçadores da direção da SED tinham tido o efeito contrário ao pretendido: quando ninguém deveria ousar aproximar-se da Nikolaikirche, a quantidade de pessoas crescera exponencialmente. Um dia mais tarde, soubemos pelas mídias ocidentais que tinham sido 70 mil. Parecia óbvio que a ameaça do uso de violência tornou claro para todos que era agora ou nunca. E também sabiam que o Estado teria muito mais escrúpulos em recorrer à violência das armas quanto maior fosse o número de pessoas presentes.

“Eu nunca vou esquecer essa visão pelo resto da minha vida”

Ao ver todos aqueles rostos, só fui capaz de dizer: “Por favor, afastem-se um pouco. Nós queremos nos juntar a vocês”. As pessoas abriram espaço para nós e esperaram pacientemente até todos termos saído da igreja. Só aí foi dado o sinal para começarmos a andar. Nunca esquecerei este momento: as pessoas tinham velas nas mãos, protegiam a chama do vento. Para isso, são necessárias as duas mãos, pelo que a opção de levar uma vela equivale à opção pela não violência. Se os manifestantes tivessem entrado em choque com a polícia, teria sido uma revolução como todas as outras. Mas foi exatamente isso que não ocorreu. Milhares de pessoas avançavam lentamente. Apesar de um pouco de medo, a oração na igreja trouxera-lhes esperança. A atitude “não à violência” foi praticada na rua!

Metro a metro, 70 mil pessoas deram a volta ao Anel de Leipzig e regressaram à Gewandhaus, comungando dois sentimentos: um enorme alívio por não ter havido tiros, e a sensação de que a RDA nunca mais voltaria a ser a mesma depois daquela noite. Porque nunca tinha acontecido nada semelhante: nós ocupamos todo o centro da cidade e as forças estatais, sabe-se lá por que motivo, não nos atacaram. Depois, tudo aconteceu muito depressa: Erich Honecker renunciou em 18 de outubro; o Politbüro, no início de novembro; em 4 de novembro a grande demonstração em Berlim; e, finalmente, em 9 de novembro, a abertura do Muro devido ao famoso erro de Günter Schabowski. Que me faz sempre lembrar uma linha dos Atos dos Apóstolos: “Entendes o que lês?” (At 8,30).

“Dia da decisão”

O dia 9 de outubro tornou-se o “dia da decisão”. Não apenas para Leipzig, mas para toda a Alemanha. Este dia de recusa à violência marcou o início da Revolução Pacífica, que nasceu nas igrejas e transbordou para as ruas. Na história alemã, este é um momento único. Podemos nos orgulhar disso, embora se deva lembrar que não o fizemos sozinhos. Olhando para os acontecimentos horrorosos do século 20, podemos e devemos dizer que Deus colocou sobre nós a sua proteção e bênção. A Revolução Pacífica foi um presente de Deus para a Nikolaikirche e as outras igrejas do país, para a cidade de Leipzig e as outras cidades e vilas. Não devemos nunca esquecer a existência desta grande força divina que permite a mudança sem derramamento de sangue. Também uma revolução na qual não houve vitrines quebradas, ninguém foi humilhado e ninguém perdeu a vida.

Há uma ideia que se me tornou especialmente importante: no decorrer da Revolução Pacífica aprendemos que a Igreja e a rua são parte integrante da dimensão de Jesus como pregador itinerante. Há uma interdependência. A Igreja tem de sair à rua, tem de se misturar, tem de ser o sal da terra do qual Jesus fala. E as pessoas têm de ter e possibilidade de encontrar um lugar na Igreja. Jesus nunca se escondeu no templo. Ele era encontrado nos locais onde as pessoas sofriam. Estava entre eles. Do mesmo modo, temos de ir ao encontro das pessoas e, simultaneamente, criar para elas nas nossas igrejas espaços de acolhimento e de apoio, para que possam superar os seus medos. Esta é a nossa tarefa. E foi isso que pudemos aprender de forma especial no outono de 1989. Esta experiência tornou-se uma parte essencial da minha vida.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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