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Detalhe da “Transfiguração”, de Rafael Sanzio.
Detalhe da “Transfiguração”, de Rafael Sanzio.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público

Como Wolfhart Pannenberg escreveu, “o futuro do reino de Deus, por cuja vinda os cristãos oram [...], é a quintessência da esperança cristã”, onde “tudo o mais que está conectado com ele – tanto a ressurreição dos mortos quanto o juízo final – é efeito decorrente da vinda do próprio Deus para a consumação de seu governo sobre sua criação”. Por isso, “de acordo com a revelação de Deus atestada na Bíblia sua realidade está vinculada de forma indissociável com o futuro de seu reino neste mundo”. Deste modo, ele conclui, “o governo mundial de Deus é aquela forma de seu senhorio sobre a criação, pela qual Deus conduz o curso dos acontecimentos do mundo, apesar da busca de independência de suas criaturas e dos males que assim o acometeram, ao alvo destinado por ele às criaturas”. Entretanto, devemos nos espantar que um tema tão importante na Escritura como o reino de Deus não desempenhe papel de destaque na escatologia cristã.

1. Uma definição de Reino de Deus

O reino de Deus é o projeto de Deus para a história, onde o Deus soberano sobre toda a história a dirige para cumprir seus propósitos. Como Antony Hoekema escreveu: “O reino de Deus deve ser entendido como o Reinado dinamicamente ativo de Deus na história humana através de Jesus Cristo, cujo propósito é a redenção do povo de Deus do pecado e de poderes demoníacos, e o estabelecimento final dos novos céus e nova terra. Isto significa que o grande drama da história da salvação foi inaugurado e que a nova era foi instaurada. O reino não deve ser entendido como apenas a salvação de certos indivíduos ou mesmo como o reino de Deus no coração de seu povo; não significa nada menos que o reino de Deus sobre todo o seu universo criado”. E, como ensina o Catecismo da Igreja Católica, “todos os homens são chamados a entrar no Reino. Anunciado primeiro aos filhos de Israel, este Reino messiânico é destinado a acolher os homens de todas as nações” (§ 543).

2. O Reino de Deus, o “já” e o “ainda não”

No que se refere ao reino de Deus uma dupla tensão é encontrada nas Escrituras. O tempo da igreja é caracterizado pela tensão entre o “já cumprido” e o “ainda não concluído”, onde o “já cumprido” nos dá a garantia de que o “ainda não concluído” será cumprido. Nesta era, a vontade de Deus é feita nos céus e seu reino a faz presente na terra. Na era vindoura, os céus descem à terra e elevam a existência histórica a uma nova esfera de vida redimida. E a era vindoura é uma existência extraordinária, onde o mal será totalmente derrotado, e o povo de Deus será levado a desfrutar plena e finalmente a abençoada vida eterna. Logo, o reino de Deus é uma realidade tanto presente como futura.

Devemos nos espantar que um tema tão importante na Escritura como o reino de Deus não desempenhe papel de destaque na escatologia cristã

Cumpre destacar que o reino de Deus já estava presente no Antigo Testamento. Em eventos tais como o Êxodo do Egito e o cativeiro na Babilônia, Deus estava agindo em seu poder para livrar o seu povo. Entretanto, o reino de Deus veio e entrou na história na pessoa do Senhor Jesus, que havia sido profetizado a Israel. Assim, é no cumprimento das promessas do Antigo Testamento no Novo Testamento que a história do reino é completada e confirmada. Este reino entrou na história em Jesus, para triunfar sobre o mal, libertar os homens do pecado e para trazê-los para seu reinado. E este reino aparecerá no fim da história como um ato final. Em outras palavras, o reino de Deus envolve tanto seu cumprimento na história como sua consumação ao fim da história. Como afirmou Hoekema: “Pelo fato de o reino ser tanto presente como futuro, podemos dizer que ele, agora, está escondido de todos, exceto daqueles que têm fé em Cristo; um dia, entretanto, ele será totalmente revelado, de forma que até seus inimigos terão, finalmente, de reconhecer e curvar-se perante seu governo”.

Este reino não é um estado a que se chega por meio dos esforços humanos. Antes, é a ação de Deus na história para estabelecer seu reinado, e este vem por meio da graça de Deus, na qual os homens ingressam por meio da fé e do arrependimento, por meio dos quais eles são mais e mais capacitados a submeterem-se ao governo de Deus, em todas as áreas de sua vida. Como escreveu Geerhardus Vos, “arrependimento e fé são simplesmente os dois aspectos principais do Reino, são a justiça e a graça salvadora de Deus traduzidas em termos da experiência subjetiva humana”. E, de acordo com George Eldon Ladd, “Jesus fez da atitude responsiva à sua própria pessoa e à sua mensagem o fator determinante para pertencer ao reino”.

3. O Senhor Jesus e o Reino de Deus

Toda a atividade miraculosa do Senhor Jesus é prova da presença do reino. Aquilo que os santos do Antigo Testamento desejaram ver, os discípulos agora podiam ver e ouvir. Como Herman Ridderbos afirmou: “Quando João Batista enviou seus discípulos para que perguntassem: ‘és tu aquele que estava para vir, ou havemos de esperar outro?’, a eles foram exibidas as maravilhosas obras praticadas por Jesus, as quais, de acordo com a promessa profética, já estavam manifestando a presença do reino: os cegos recebiam de volta a visão, os coxos podiam novamente andar, os surdos eram novamente capazes de ouvir, leprosos estavam sendo purificados, e os mortos estavam sendo ressuscitados, enquanto que o evangelho estava sendo anunciado aos pobres [...]. Na última dessas promessas que se cumpriam – a proclamação do evangelho – podia ser visto também o surgimento do reino. Visto que a salvação estava sendo anunciada e oferecida como um presente já disponível aos pobres de espírito, aos famintos, aos que choravam, então o reino já lhes foi dado. Semelhantemente, o perdão dos pecados estava sendo proclamado, não meramente como realidade futura, nem meramente como possibilidade presente, mas como uma dádiva oferecida agora, sobre a terra, por intermédio do próprio Jesus”.

Tudo isso estava firmado no fato de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. O reino viera nele e com ele – ele é o reino, o Reino de Deus em pessoa (autobasileia), para lembrar os dizeres de Orígenes de Alexandria. A revelação de Jesus como o Messias, o Filho do Homem e o Servo do Senhor, “constitui tanto o mistério como o desdobramento do evangelho inteiro”, como frisou Ridderbos. É impossível explicar as declarações de Jesus sobre si mesmo num sentido futuro, como o Messias apenas do futuro, o Filho do Homem que, segundo as expectativas, viria do céu num dia futuro. Sem negar que este aspecto futuro do reino permanece como o centro do conteúdo do evangelho, não se pode fugir do fato de que, nos evangelhos, a revelação messiânica de Jesus é uma realidade presente. Não somente Jesus foi proclamado Messias na transfiguração – o amado e o escolhido de Deus são títulos claramente messiânicos –, mas também foi revestido do Espírito Santo e investido com plena autoridade divina. Os Evangelhos estão repletos das declarações de Jesus sobre sua autoridade absoluta, que o revelam como aquele que foi enviado por seu Pai, aquele que veio cumprir as profecias do Antigo Testamento. Ele veio cumprir, anunciar o reino, buscar e salvar os perdidos, servir e dar sua vida como resgate por muitos, e o segredo de pertencer ao reino é pertencer a Jesus. Jesus é o centro do que se anuncia no evangelho sobre o reino. O reino, tanto em seus aspectos atuais como em seus aspectos futuros, se concentra em Jesus.

O ensino de Jesus sobre o reino indica que Deus está agindo, em sua soberania, para estabelecer seu reino na terra entre os homens, para salvar os pecadores para formarem o povo do reino. O Sermão da Montanha proferido por Jesus estabeleceu os princípios éticos do reino. Este exige discipulado, e esse discipulado implica em sofrimento. Como podemos ler no Catecismo da Igreja Católica, “[Cristo] não curou todos os doentes. As curas que fazia eram sinais da vinda do Reino de Deus. Anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e sobre a morte, mediante a sua Páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre Si todo o peso do mal e tirou ‘o pecado do mundo’ (Jo 1,29), do qual a doença não é mais que uma consequência. Pela sua paixão e morte na cruz, Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora” (§ 1.505). Assim, Jesus ensinou aos discípulos que ser grande é ser servo, que participar do reino envolve renúncia, simplicidade e perseguição. O estilo de vida do povo do reino deve ser oposto ao estilo de vida da sociedade que valoriza as posses e o poder. O princípio fundamental da ética do reino é o amor, ou seja, viver para Deus e para o próximo, e não para si mesmo.

4. O reino de Deus, a história e a igreja

O reino está relacionado com a história da igreja e do mundo. Existe uma conexão entre o reino e a igreja, mas ambos não são realidades idênticas, nem mesmo na era presente. O reino é a totalidade da atividade redentora de Deus, em Cristo, neste mundo, e a igreja é a assembleia daqueles que pertencem a Jesus Cristo. Talvez possamos falar em termos de círculos concêntricos, dos quais a igreja é o círculo menor e o reino é o círculo maior, enquanto Cristo é o centro de ambos. Assim, o reino de Deus sobre todas as esferas do cosmos é o tema dominante em toda a Escritura, abrangendo desde o reino da criação até o reino da redenção – que alcança seu clímax em Cristo, o rei do reino.

Neste sentido, a igreja é a comunhão daqueles que receberam o evangelho do reino mediante a fé e arrependimento, que participam da salvação do reino, que inclui o perdão de pecados, a adoção por parte de Deus, a presença do Espírito Santo e a posse da vida eterna: “Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem os que se submetem a práticas homossexuais, nem os que as procuram, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem caluniadores, nem os que cometem fraudes herdarão o reino de Deus. Alguns de vós éreis assim. Mas fostes lavados, santificados e justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1Co 6,9-11).

A igreja, como agente do reino, é exortada a pregar o evangelho ao mundo, sendo, como escreveu Ridderbos, a “comunidade daqueles que aguardam a vinda do reino em glória, os servos que receberam de seu Senhor os talentos na expectativa de sua volta”. A igreja recebe sua constituição do reino, e por todos os lados a igreja é limitada e orientada pelo reino de Deus, pelo seu progresso, pela sua futura vinda, sem que em qualquer ocasião a igreja se transforme no próprio reino ou se identifique com ele.

A igreja, como agente do reino, é exortada a pregar o evangelho ao mundo

Precisa ser enfatizado que o reino não está confinado às fronteiras da igreja. A transformação produzida pelo cristianismo entre as nações é uma prova do poder e extensão do reino, que opera não apenas externamente, mas também internamente. E o reino prossegue abrindo caminho no mundo através do seu poder redentor. Assim, não devemos observar a criação como um reino inferior, separado de um reino superior por uma linha horizontal. Na verdade, a linha deve ser verticalizada. Portanto, o reino de Deus já se encontra presente, com a graça agindo em todas as esferas da criação – ainda que esperemos o triunfo final do reino: “E este evangelho do reino será pregado pelo mundo inteiro, para testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24,14).

Portanto, noções dualistas que opõem a igreja e a cultura; que afirmam ou uma descontinuidade entre a criação e a renovação, entre a “natureza” e a graça, entre a era presente e a era vindoura; ou dicotomias entre a lei e o evangelho, entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, entre a velha e a nova aliança; ou distinções entre “dois reinos”, comum e redentivo, devem ser rejeitadas. Todos estes dualismos são evasões do mundo de Deus, implicando no isolamento cultural da igreja. Devemos lembrar que Jesus Cristo é a luz do mundo, brilhando não apenas no coração, para atrair pecadores à fé, para que sejam perdoados e se unam à igreja, mas também iluminando as relações familiares, educacionais, trabalhistas, econômicas e governamentais. Quem seguir a Jesus “jamais andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Em outras palavras, a compreensão bíblica do reino de Deus se opõe a toda concepção dualista entre o “sagrado” e o “secular”, por esta supor que a obra da redenção não se relaciona e não ilumina a obra da criação.

Esta noção de “dois reinos” – que torna Jesus Senhor da vida pessoal privada, mas sem autoridade nos assuntos públicos – lembra a teologia que permeou muitas das igrejas luteranas da Alemanha antes do surgimento do nacional-socialismo. Este ensino produziu um dualismo que espiritualizou o Evangelho e não infundiu resistência cultural entre os cristãos à ideologia que os nazistas impuseram à Alemanha a partir de 1933. A tragédia é que tal dualismo ainda é popular entre os evangélicos no Ocidente, e é um indicador da situação perigosa em que estamos como uma nação que enfrenta um tipo de socialismo que almeja voltar ao poder e que quer transformar fundamentalmente o país. Se os líderes cristãos continuarem a aderir a tais noções dualistas, muitos cristãos continuarão recostados e assistirão a imensas mudanças culturais em inação, sem dizer uma palavra.

Jesus Cristo é a luz do mundo, brilhando não apenas no coração, para atrair pecadores à fé, para que sejam perdoados e se unam à igreja, mas também iluminando as relações familiares, educacionais, trabalhistas, econômicas e governamentais

Como Brian Mattson escreveu: “O cristianismo não se trata de dois domínios, mas de dois tempos. E isto se dá assim porque a história é, em sua base, a narrativa da boa criação do Pai, arruinada pelo pecado, restaurada pelo seu Filho e aperfeiçoada pelo seu Espírito Santo. Não há dois reinos; há dois tempos, e o Novo Testamento o chama de ‘esta era e a era vindoura’. Jesus trouxe a ‘era vindoura’ ao centro da história. O princípio da era vindoura sempre fora entendido pelos judeus como sendo a ressurreição dentre os mortos ao fim da história e então, no meio da história, Deus fez o inimaginável: ele levantou seu Filho dentre os mortos como as primícias da colheita. Paulo pode dizê-lo com exatidão que ‘se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas’ (2Co 5,17)! Estar em Cristo significa que já somos participantes na nova criação, a era vindoura”.

O Apocalipse de João, que retrata a soberania de Jesus Cristo na história do mundo e seu impulso até o fim da história, ilumina especialmente o confronto entre o Cristo-Rei triunfante e o poder de Satanás e dos anticristos, que continuam sobrevivendo sobre a terra e batalhando contra Cristo e sua igreja. Pois, por mais que o reino invada a história com sua bênção e seu livramento, e por mais que seja um poder salvador, será através de uma crise final e cósmica que o reino, na qualidade de um reinado visível e conquistador, de paz e salvação, alcançará sua realização nos novos céus e nova terra.

O cristão entre tempos

Devemos ter em mente que o reino de Deus é maior que a igreja. Neste sentido, a igreja deve entender que é parte do reino, e seus membros devem ser estimulados a se envolverem e cooperarem em tarefas que expandam o reino. Como o Senhor Jesus ensinou: “Buscai primeiro o [...] reino [de Deus] e a sua justiça” (Mt 6,33). E as igrejas locais não devem se perceber como em competição, mas como cooperadoras da expansão do reino.

E o reino é o poder de Deus, operando na história, que traz boas novas aos pobres, liberdade aos cativos, vista aos cegos e libertação aos oprimidos. O evangelho é boa nova acerca do reino de Deus. E as boas obras são sinais do reino para os quais fomos recriados em Cristo Jesus. De acordo com a vontade de Deus, os cristãos são chamados a manifestarem o reino de Deus aqui e agora, tanto através do que eles proclamam como através daquilo que eles fazem. A missão dos cristãos é a manifestação histórica do poder do Espírito Santo, por meio da palavra e da ação.

O que caracteriza a escatologia do Novo Testamento é a tensão entre o “já cumprido” e o “ainda não concluído”. O crente já está na era vindoura, mas ainda não está no estado final. Ele já experimenta a presença do Espírito Santo, mas ainda espera por seu corpo ressurreto. Ele vive nos últimos dias, mas o último dia ainda não chegou. Em suma, as bênçãos que os cristãos já experimentam antecipam as ricas dádivas que ainda ocorrerão no futuro, do dia da vinda de Cristo e da ressurreição do corpo. E a tensão entre o “já cumprido” e o “ainda não concluído” implica que, para o cristão, a luta contra o pecado continua ao longo da presente vida. Mas esta é uma luta que travamos já certos da vitória final. Sabemos que Cristo, em sua morte, desferiu um golpe mortal no “império das trevas” (Cl 1,13) e que a condenação de Satanás é certa.

A tensão entre o “já cumprido” e o “ainda não concluído” nos ajuda a entender o papel do sofrimento na vida dos cristãos, na medida em que a presença da dor, na vida dos cristãos, é resultado direto do “ainda não concluído”. O sofrimento ainda acontece na vida dos cristãos porque o pecado ainda não foi eliminado. Assim, os cristãos continuarão a sofrer com o pecado e com as injustiças até o fim desta era – contudo, por ocasião da inauguração do novo céu e da nova terra, Deus “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21,4).

Devemos lembrar que a criação e a história estão sob a direção de Deus, e estas chegarão a uma consumação, quando os propósitos de Deus serão alcançados. Logo, já que a vinda de Cristo está por acontecer, devemos permanecer vigilantes, na expectativa da certeza da vinda do Senhor e de seu triunfo sobre todo o pecado e maldade presentes na criação. Como aprendemos no Catecismo Maior de Westminster: “Na segunda petição, [...] ‘Venha o teu reino’ [...], pedimos que o domínio do mal seja destruído, o Evangelho seja propagado por todo o mundo, os judeus chamados, e a plenitude dos gentios seja consumada; que a igreja seja provida de todos os oficiais e ordenanças do Evangelho, purificada da corrupção [...]; que as ordenanças de Cristo sejam administradas com pureza, feitas eficazes para a conversão daqueles que estão ainda nos seus pecados, e para a confirmação, conforto e edificação dos que estão já convertidos; que Cristo reine nos nossos corações, aqui, e apresse o tempo da sua segunda vinda e de reinarmos nós com ele para sempre; que lhe apraza exercer o reino de seu poder em todo o mundo, do modo que melhor contribua para estes fins” (pergunta 191).

Deste modo, a vinda triunfal do Senhor é nossa “bendita esperança” (Tt 2,13). Numa época de desesperança, afirmamos que a esperança cristã não está fundamentada na noção humanista e otimista da natureza humana, nem na crença marxista de que a sociedade pode ser transformada por mudanças políticas e sociais. Como afirmou Herman Bavinck: “[O Senhor Jesus] não cria um novo cosmos; antes, torna o cosmos novo. Ele restaura aquilo que fora corrompido pelo pecado. Expia o culpado e cura aquilo que está enfermo; os feridos, ele os cura”. Assim, o cristão tem a suprema esperança de que o Rei dos reis e Senhor dos senhores virá em glória, para consumar a criação e seu reino por meio do Espírito Santo e vindicar a justiça de Deus – Maranata!

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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