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Crédito: Henry Milleo/Gazeta do Povo
Crédito: Henry Milleo/Gazeta do Povo| Foto:

Até não muito tempo atrás eu afirmava que antivírus para smartphones estavam mais relacionados com o comportamento do usuário do que com as ameaças em si. Geralmente eu os recomendava para leigos em tecnologia ou idosos, principalmente os que gostam de baixar apps de temas para personalizar seus aparelhos ou jogos — categorias campeãs em atividades maliciosas.

Porém nos últimos meses o panorama tem mudado. Ambientada há 15 anos nesse mundo mobile, nunca vi tantos casos com vítimas de malwares e phishing. E não basta mais ter um antivírus em Android ou optar por uma plataforma mais segura como o iOS: eles vem através de links de SMS e WhatsApp. Embora para os mais iniciados essas mensagens pareçam obviamente falsas, a maioria não só cai nas esparrelas como ainda as encaminham a outras pessoas.

Tudo isso me faz pensar que talvez esteja na hora dos antivírus começarem a detectar links e arquivos que chegam em aplicativos de mensagem. Não basta mais bloquear apenas instalacões. Há páginas na web que analisam URLs e arquivos suspeitos, mas ainda assim exigem iniciativa do usuário em fazer a busca. O ideal mesmo é uma ferramenta de monitoramento em tempo real rodando em segundo plano.

Enquanto tal ferramenta não surge, siga as dicas abaixo e compartilhe-as com sua família e amigos:

1. Redes varejistas, de fast food ou serviços em geral não fazem promoções usando WhatsApp. Nunca.

2. Algumas empresas passaram a oferecer SAC através de um número de WhatsApp que fica disponível nos sites das empresas. Se alguma empresa começar a enviar mensagens através de números estranhos sem você jamais ter solicitado, bloqueie e denuncie.

3. Embora não contenham links, cuidado com correntes que chegam através de amigos, principalmente as de perfil assistencial. Hospitais em dificuldades ou campanhas de arrecadação de dinheiro para crianças doentes são as mais comuns. É usual as pessoas acharem que, por terem vindo de alguém do seu círculo de confiança, sejam legítimas e dignas de serem repassadas. Contudo, quem a enviou também recebeu de alguém de confiança e raciocinou da mesma forma ao repassar.

4. Quando uma mensagem estranha chegar, copie-a a cole-a no Google. Sites como e-Farsas.com e Boatos.org costumam referenciar as correntes e golpes mais populares. Caso eles constatem alguma coisa, avise seus amigos e peça para que não repassem.

5. Desconfiado de algum link falando em promoções? Pesquise em virustotal.com e alerte o remetente da mensagem caso seja detectada atividade maliciosa.

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