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Domingo, 10h05 (5h05 horário de Brasília), Cidade do Cabo. Só agora consigo voltar a pensar no fatídico confronto entra Brasil e Holanda. Passaram-se um dia e meio e, confesso, a tarefa só ficou facilitada quando, no avião, ontem à noite, o comandante que nos levava de Porto Elizabeth até a Cidade do Cabo informava cada gol que a Alemanha marcava contra nosso eterno rival, a Argentina. Seria duro demais, para uma primeira Copa do Mundo in loco, ter esse desgosto.
O jogo do hermanos acabou mais ou menos quando aterrisamos em Cape Town. Na vinda para o hotel, revimos a mesma cena de tristeza, desilusão e frustração. Só que desta vez as cores eram outras, azul e branco. Digo, um pouco sem graça, que isso me deixou mais tranqüilo e disposto a torcer pelo Uruguai, depois de amanhã, da mesma forma que torcemos, nós, brasileiros e argentinos, na noite de ontem, para o Paraguai. Acho que só assim mesmo para, sem essa identidade futebolística, despirmos o preconceito e dividirmos uma cerveja e boas risadas.
O Brasil se foi, a Argentina se foi, o Paraguai se foi e só nos resta o Uruguai. Confesso que, ao menos para mim, nem tudo está perdido. Explico: minha madrasta é uruguaia e exatamente neste momento está em Curitiba, na minha casa. E tenho, assim, três irmãos que dividem a cidadania brasileira e uruguaia, e moram aí também.
Como passei boa parte das minhas férias da infância, em fins e começos de ano, pelo nosso país vizinho, creio que é a hora de prestar minha homenagem a um Uruguai que, entre outras coisas, tem um queijo e uma carne maravilhosos, além, é claro, do cachorro quente, que é chamado de Pancho, e o Chivito (que se lê chibito), uma x-mignon bem mais gostoso. Agora, esperamos que eles possam também voltar a serem lembrados pelo futebol.

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