Fonte: Free Images / Katherine Evans| Foto:

Já tratei exaustivamente aqui no blog a questão da liberdade de expressão no caso do Queermuseu. Trouxe uma série de pontos de vista divergentes sobre a pertinência do boicote, que de fato é uma questão delicada. Não obstante, como as manifestações de descontentamento, mesmo antes da entrada em cena do MBL, já eram espontâneas e em grande número, no mínimo o selo de aprovação popular o boicote possui – e isso não pode ser desprezado. O povo está se dando conta de que existe mesmo um movimento pró-pedofilia que avança sem alarde, o que pode ser notado como intenção, mesmo que indireta e não abertamente apologética (como já discuti aqui), na mostra Queermuseu. Como apontou Olavo de Carvalho a respeito a estratégia desse movimento, “primeiro dizem que é doença para não dizer que é crime. Depois tornam crime dizer que é doença”. Marlos Ápyus corrobora essa tese trazendo informações do NAMBLA, organização que milita pela abolição da “idade de consentimento”.

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A reação popular e a reação dos intelectuais
A maior parte dos formadores de opinião subiu no salto e entoou o mantra a liberdade de expressão – que, não me entendam mal, até era um tema pertinente, mas que foi pobremente enquadrado na situação – para desprezar a revolta popular, que tomaram por moralista. A elite pensante do nosso país anda tão apartada das percepções e anseios do resto do povo que só sabe olhá-lo como um bando de bárbaros. No entanto, vemos que o senso de moralidade, do certo e do errado, do bem e do mal, estão depositados no coração do povão. A elite superou esses conceitos. Percival Puggina recorda-nos de que “há uma relação entre a liberdade e a adesão ao bem, da mesma forma como há uma relação entre o vício e a perda da liberdade. Uma das tramoias do ‘politicamente correto’ consiste em incentivar a troca da virtude pela tolerância com o intolerável, gratificando com um diploma de ‘politicamente corretos’ os tolos que fazem a permuta”.

O que nos aguarda no futuro
Vemos, pelo sentimento do povo, que o Brasil não é tão imoral quanto parece quando tomamos por medida a elite política, intelectual e artística. Mas isso não significa que essa elite não desempenha um papel protagonista na consolidação da cultura, das leis, dos parâmetros de normalidade, que vão sendo alterados com o tempo. A agenda dessa intelectualidade – massivamente “progressista” – nós já conhecemos: a mudança de mentalidade e de comportamento da população segundo os parâmetros da moral politicamente correta – o que dá no mesmo que dizer que se trata da abolição da moral cristã. Carlos Andreazza prevê como será o cenário daqui uns anos: “Ainda chegará o dia em que as adulterações nos significados de família e pátria, por exemplo, apontarão — antes fosse ao exótico — para algum tipo de intolerância, e em que a defesa do valor familiar e da ideia de patriotismo será recurso fascista”.

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