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Comer apressado. Não dormir o suficiente. Escrever, não ler e enviar. Sair atrasado e andar contra o tempo. Fast Food. Não ter tempo para um telefonema ou um abraço.
Tudo isso são consequências de um mundo, como se diz, “ligado no 220”! Numa necessidade de fazermos mais com menos, em lugar de planejar, aprimorar a técnica e só então fazer, fazemos tudo sem pensar e tudo extremamente rápido, sem medir as consequências de um erro, por exemplo. “Pense antes de fazer, planeje seu trabalho, organize-se, e só então faça”, já dizia o engenheiro americano Frederick Taylor, no início do século 20, quando criou as bases da administração moderna.

Alguns dados
A revista americana de negócios Business Week, publicou uma pesquisa que aponta que os franceses trabalham menos horas, mas são mais produtivos que os americanos e ingleses. Além de produzirem mais, apresentam mais qualidade no serviço: evitam os riscos, a insatisfação e a necessidade de refazer o trabalho.
Ter uma atitude sem pressa significa colocar mais atenção no que se faz, dedicando tempo ao que o mundo de hoje está elegendo como segundo plano, isto é, a família, os amigos, o lazer, o tempo livre para simplesmente viver. O resultado é um indivíduo menos estressado e neurótico, mais leve, mais feliz e, por isso mesmo, mais produtivo.

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A velocidade é o novo padrão de comportamento adotado por quem deseja ter sucesso, ser aceito pela sociedade. Mas nada melhor do que um pouco de lucidez para não ser simplesmente sugado pelo sistema. Que tal entender bem o que se passa antes de entrar nesse jogo e simplesmente ser consumido, sem mesmo se dar conta de que podemos agir no mundo de maneira diferente?

*Artigo escrito por Elaine Tezza, colaboradora do Instituto GRPCOM em Foz do Iguaçu

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