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Você, usuário de mídias sociais em geral (afinal, o que é um blog senão uma mídia social?), já deve ter visto ou ouvido falar do vídeo abaixo. Se ainda não viu, detenha-se por cinco minutos a esta interessante reflexão, de caráter “global” (literalmente):

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Questões indígenas, população ribeirinha, destruição da floresta amazônica, energias renováveis, custos exorbitantes. O vídeo é contundente. Mas e então? Já assinou – ou pretende assinar – a petição? Qual a sua opinião sobre a construção de Belo Monte?

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A polêmica em torno da faraônica obra já se entende há muito mais tempo do que se pode imaginar – os planos para a construção da usina hidrelétrica começaram durante a ditadura militar, na década de 70. Quase 40 anos se passaram até que, em abril de 2010, um leilão rápido definisse o consórcio construtor da usina; em fevereiro de 2011 o contrato com o consórcio vencedor foi assinado. Porém, até o momento, tudo o que o empreendimento tem é a licença do Ibama para instalar o canteiro de obras – que, inclusive, foi recentemente invadido por manifestantes – e mesmo essa licença corre o risco de ser perdida, de acordo com a notícia divulgada pela Gazeta do Povo no último dia 18 de outubro.

A evolução do processo, no entanto, nunca diminuiu o ímpeto das manifestações em contrário. Nenhuma ação, porém, havia conseguido tanta repercussão quanto o Movimento Gota D’Água. O peso conseguido com a participação dos artistas globais foi, sem dúvida, uma estratégia acertada – mas as facilidades do mundo virtual, com a dissipação viral dos vídeos da campanha e a possibilidade de assinar a petição sem perder menos de um minuto, certamente terão impacto decisivo para que o texto chegue à presidenta Dilma Roussef. Em menos de 48 horas, o movimento havia conseguido mobilizar 320 mil assinaturas e, agora, já tem mais do que o necessário (1 milhão) para o envio da petição.

Movimentos como esse são, sem dúvida, importantes. Independente da decisão final, a população brasileira precisa se acostumar a ser mais ativa e, no mínimo, debater sobre como serão alocados os impostos que paga. Mas é preciso conhecer o outro lado também. A questão não é somente se perguntar: “Quem está ganhando com isso?”, mas analisar tecnicamente a viabilidade de projetos alternativos. Sobre isso, o professor do curso de Engenharia Elétrica da UTFPR, Álvaro Augusto de Almeida, publico um texto em seu blog que pode ajudar a estabelecer um contraponto interessante em relação aos argumentos dos artistas, especialmente no que diz respeito ao investimento em outras formas de energia alternativa. O governo, por sua vez, também já avisou que não abre mão de construir a maior hidrelétrica totalmente brasileira…

Ou seja, o debate se mantém aberto. Participe você também!

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