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Nossos avôs estavam certos: nas parcerias dos três setores, todos ganham
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Meu vô Juca era um marceneiro das antigas, desses que achava que prego era coisa apenas para fechar caixão. Serrotes, plainas, arco-de-pua e formões produziam cavilhas, espigas e encaixes. Sua arte era resultado de sua paciência. Mesas, bancos e tamboretes, caixas e caixotes, armários e cômodas, ele ia construindo um por um. Sem pregos. O cheiro de madeira de sua oficina ainda está impregnado em minha memória, empoeirada por tantas lembranças.

Com ele aprendi na prática o que depois a geometria plana me explicou: os melhores tamboretes eram os de três pernas, “com três pernas, nada balança!”, ele dizia, com uma piscadela de olho. Todos conhecem o axioma de Euclides: três pontos não colineares formam um plano. Em outras palavras, tamborete de três pernas não fica em falso no chão, mesmo com alguma diferença no tamanho de suas pernas. Genial, esse vô Juca!

O outro Juca foi Camarista, hoje chamado Vereador, de Colombo no século passado e diz a lenda que pagava para servir, tempos em que o servidor público servia a comunidade sem receber por isto.

Num dia desses foi realizado na cidade de Curitiba o I Circuito de Projetos Incentivados, com o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), visitando quatro Organizações da Sociedade Civil em um único dia. Foi muito interessante perceber o equilíbrio da sociedade por meio da ação conjunta de seus três setores: Governo, Empresas e Associações. Em cada uma das associações visitadas percebemos diferentes formas de captação e gestão de recursos, com profissionais qualificados e muito conscientes de suas responsabilidades. Vimos em loco  que por meio  da Destinação Fiscal organizações da sociedade civil sérias e comprometidas com ações de cidadania podem realizar projetos de alto impacto.

Cada um desempenha um papel social estratégico com seu conjunto de princípios, construindo a sociedade em parceria e cooperação. O principal capital de uma sociedade é a confiança social:  governo, empresas e as OSC e indivíduos,  podem se complementar em prol do social.

O governo:

As empresas:

As Organizações da Sociedade Civil – OSC:

O que vimos e percebemos neste circuito? Uma rede de associações e fundações do Terceiro Setor que, em parceria com empresas e governantes, apoiam com profissionalismo boas práticas, projetos, programas e políticas públicas (4 Ps) nas áreas da assistência social(ODS1) saúde(ODS3), educação(ODS4), cultura e esportes.

Basta caminhar pela cidade e será difícil, afinal, separar o que é exclusivo de um setor ou de outro. No plano social construímos uma ação solidária e circular: nenhum setor é melhor ou mais importante do que outro, tudo é interdependente.

Para todos, vale a máxima dos vôs Juca: com três pernas, nada balança e estaremos sempre em equilíbrio, seja neste ou no próximo plano e de que o que deve importar no final das contas é o bem da comunidade.

Muito Obrigado pelas preciosas lições de vida, vovôs Juca Brandão e Juca Fontoura.

*Artigo escrito por Gustavo Brandão da Mentoris do Conselho Paranaense Cidadania Empresarial e Rosane Fontoura  coordenadora executiva do CPCE. O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.

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