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O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um canídeo típico do Cerrado, mas também pode ser encontrado em regiões de transição com a Caatinga, na porção leste do Pantanal e nos Campos Gerais do sul do Brasil. Por ser uma espécie ameaçada de extinção, toda vez que o animal é avistado na natureza é motivo para comemoração. Como aconteceu no início de abril, quando a presença de um deles foi registrada em uma área de Campo Natural no entorno da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Meia Lua, no município de Ponta Grossa (PR).

O registro foi feito por uma armadilha fotográfica instalada no local. Por ser de difícil documentação na natureza, a presença do lobo-guará por si só já é positiva. No entanto, vale destacar o que isso representa. Ter um lobo-guará habitando uma área natural mostra como este local está bem conservado e reforça a importância da conservação desse habitat, no caso, os Campos Naturais, característicos de Ponta Grossa.

Pouco mais de 8% do Paraná tem cobertura desse ecossistema e ele também é encontrado nos estados de São Paulo e Santa Catarina. Tem rica biodiversidade e sua conservação, assim como a de outros ecossistemas, está diretamente ligada à adaptação às mudanças climáticas, pois mantém espécies responsáveis pela absorção de gases do efeito estufa. Além disso, a vegetação nativa protege os solos e evita a erosão e possibilita melhor absorção da água da chuva.

Para que a preservação desses locais aconteça, o incentivo se torna fundamental. Projetos como o Programa Desmatamento Evitado (PDE) – desenvolvido pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) – desempenham função importante na proteção de áreas naturais. O Programa identifica proprietários que possuem áreas naturais em bom estado de conservação e os aproximam de empresas que estejam interessadas em apoiá-los. Depois de firmada uma parceria, o PDE disponibiliza orientação técnico-científica para a conservação e manejo das áreas, e também incentiva aos proprietários a criação de RPPN.

A área próxima de onde o lobo-guará foi avistado foi adotada pelo PDE e transformada em RPPN no início deste ano. A preservação da biodiversidade nos biomas brasileiros traz vantagens não apenas para a fauna e flora brasileira, mas também beneficia os seres humanos por meio dos serviços ecossistêmicos, como fornecimento de água doce, proteção contra desastres naturais, polinização, regulação térmica e fertilização do solo pelos animais.

O lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul, podendo chegar a pesar 30 quilos. Ele é endêmico do local, ou seja, só ocorre naturalmente na América do Sul. Solitário e carnívoro, vive cerca de 15 anos quando livre na natureza e prefere manter distância de populações humanas. As imagens de registro dele estão disponíveis na página da Reserva Meia Lua: http://bit.ly/1T24CO8

*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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