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O desenvolvimento sempre foi o objetivo de toda e qualquer sociedade, e nos dias atuais, continua sendo.

As sociedades se moldam e se organizam em prol de um bem maior, que é perpetuar a raça humana. Mas até quando será possível perseguir e prosperar nesse objetivo com os atuais padrões de consumo?

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A pergunta que vem à cabeça é: Como aliar o desenvolvimento e a sustentabilidade?

Estudos demonstram a urgente necessidade da inclusão de conceitos como sustentabilidade, ética e inovação em nossas agendas, entretanto, invariavelmente questionamos o quanto estamos dispostos a mudar nossos padrões de consumo em prol de um planeta melhor para nossos filhos e futuras gerações.

Não há dúvidas que nunca se produziu e consumiu tanto quanto nos dias atuais, e que às politicas de inclusões de quaisquer tipos, principalmente em países emergentes, permitem a milhões de pessoas acesso a bens de consumo e melhor qualidade de vida.

Ricardo Abramovay declara no seu livro Muito Além da Economia Verde, que o segredo de uma nova economia está na emergência de um metabolismo social, capaz de garantir a permanência e a regeneração dos serviços que os ecossistemas prestam às sociedades humanas. Segundo Abramovay, este metabolismo social trata-se da relação entre economia e ética, no qual a ética ocupará lugar central nas decisões sobre o uso dos recursos materiais e energéticos.

Outra questão que merece atenção é a forma como exploramos e transformamos os recursos naturais e materiais. É necessário inovar nesse contexto, buscando aprimorar essas metodologias a fim de produzir mais com menos e por mais tempo, somente assim, será possível manter a curva de crescimento do consumo das novas classes sociais que emergem.

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Ricardo Voltolini reforça essa visão em seu livro Conversas com Líderes Sustentáveis, ao fazer referência aos quatro desafios chaves segundo o Pacto Global da ONU, que são:

Reestruturar a forma de educar os executivos, precisamos urgentemente sair do modelo que visa somente o lucro e consumo, e trabalhar conceitos que permitam aos executivos vivenciarem esse novo modelo de economia, que sugere redefinições das relações homem-trabalho e homem-natureza.

Incentivar e criar mecanismos que levem nossos executivos a Pensar e Agir em Contexto Global. Não é somente aprimorar nossas relações internacionais, mas também, trazer à luz os efeitos gerados pelas suas ações locais e os levar a tomarem decisões que levem a um progresso sustentável.

Ética no coração da gestão de negócios, esse desafio é um dos mais importantes, porque pressupõe uma predisposição dos executivos em mudar paradigmas da gestão de negócios. Entende-se com Líder Ético, nesse contexto, a capacidade de dizer não a possíveis ganhos, quando as bases desses não sejam totalmente transparentes.

Estender o propósito das empresas para além das fronteiras econômico-financeiras e mostrar preocupação com seu papel social, o lucro sempre será importante, contudo, é necessário que às empresas destinem parte desse recurso a trabalhar às preocupações ambientais e sociais, permitindo assim, que as comunidades no entorno compartilhem se desenvolvam junto com as empresas.

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Pode-se tratar como exemplo de inovação a Coréia. Linsu Kim, em seu livro Da Imitação à Inovação, retrata a capacidade da Coréia em inovação tecnológica e destaca o papel do governo como impulsionador dessa dinâmica bem sucedida.

Assim, pode-se afirmar que a interferência do governo de qualquer país é fundamental para atingimento dos objetivos voltados à inovação e consequentemente à sustentabilidade ambiental e social, contudo, ainda assim, esse ciclo somente será possível com a participação efetiva das empresas por meio de seus líderes e também, das Escolas que tem papel fundamental na formação desses executivos por meio da disseminação desses conceitos.

 

*Artigo escrito por Cleyton Caetano, Coordenador Administrativo do ISAE/FGV. O ISAE/FGV é uma instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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