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Força política e torcida expressiva não serão mais os números requisitos para os clubes fecharem (bons) contratos de patrocínio com a Caixa Econômica Federal. O desempenho esportivo terá peso na escolha dos parceiros e na definição de quanto cada um irá receber a partir de 2016.

 

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Esteve novo cenário foi exposto pela presidente do banco, Miriam Belchior, em entrevista ao Globo Esporte.com. Ministra do Planejamento no governo Dilma 1, ela foi remanejada para a Caixa no Dilma 2. Assumiu em fevereiro e passou a implementar a nova política de patrocínio.

 

O primeiro ponto a ficar claro é a duração dos acordos. Se até então eles passavam de um ano para outro (caso do Coritiba, de maio de 2014 a maio de 2015, e do Atlético, de junho de 2014 a junho de 2015), agora o prazo final será dezembro. A medida já é válida nos acordos renovados com Corinthians, Flamengo, Vasco e Chapecoense. Passo necessário para que o critério técnico ganhe peso nas renovações.

 

“Pela lógica de profissionalização da MP (Medida Provisória) do Profut, decidimos fazer contrato até dezembro e fazer planejamento para o ano seguinte. O time que foi para a Libertadores e para a Sul-Americana, que é evidentemente quem tem mais retorno (de exposição na mídia), deve ser valorizado num contrato. Se estava na Libertadores e não está mais para o ano que vem, o contrato é outro. Vai depender do resultado dos times. Tanto para a Caixa quanto para os times (essa medida) permite melhor planejamento durante o ano”, explicou ao GE.com.

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Embora a explicação de Belchior tenha se dado no nível mais elevado – e considerado a classificação para a Sul-Americana, algo que só se define no meio do ano seguinte -, a prática mostra que esse critério vale também para o andar de baixo. O América-RN caiu para a Série C. Como consequência, perdeu o patrocínio de R$ 2 milhões. O ASA de Arapiraca, que não subiu da C para a B, também perdeu o seu contrato.

 

Assim, caso consigam uma inesperada classificação para a Libertadores, Coritiba e Atlético podem esperar um acordo substancialmente melhor em 2016. Por outro lado, cair para a B ou mesmo um grande número de times Caixa avançar ao torneio continental, seriam sinônimos de perda de receita no contrato seguinte.

 

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“Em 2012 a Caixa começou a patrocinar os times com a lógica de retorno para a marca. A Caixa é um banco comercial e precisa de retorno de mídia”, explica Belchior.

 

Claro (e aqui vai uma dedução do blog), o fator político sempre pode surgir e atropelar os critérios. No entanto, a métrica de exposição e desempenho esportivo foi exposta claramente aos clubes e é a que passa a valer. Se for respeitada, há uma chance real de Atlético e Coritiba, que vêm de contratos iguais de R$ 6 milhões, passarem a receber valores diferentes por causa do que fizerem dentro de campo.

 

 

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