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(Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)
(Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)| Foto:

O programa de governo da candidata Priscila Ebara (PCO) ao governo do Paraná não cita uma única vez o nome do estado. O mesmo acontece com Edson Dorta, em São Paulo e Maria de Lourdes, no Piauí, todos do Partido da Causa Operária. Isso acontece porque os candidatos entregaram aos tribunais eleitorais de cada estado um texto idêntico, com propostas genéricas que, na maior parte das vezes, dizem mais respeito ao governo federal que às administrações estaduais.

Ainda que o cargo em disputa nesses casos seja o de governador do estado, a plataforma de campanha do PCO defende a “estatização do sistema financeiro”, o “fim de todos os impostos sobre o salário e sobre o consumo popular”, o “não pagamento da dívida externa” e “o cancelamento de todos os acordos políticos, econômicos e diplomáticos ditados pelo imperialismo”.

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Além desses pontos, o programa de governo do PCO dedica boa parte de suas cinco páginas a defender a participação do ex-presidente Lula nas eleições de 2018. No texto protocolado pelos candidatos ao governo de diversos estados.

“Diferentemente do que ocorreu nas quatro últimas eleições presidenciais, nas quais lançamos nosso próprio candidato ao cargo, entendemos que a candidatura de Lula no atual pleito expressa o enfrentamento das massas com os golpistas. Nesse sentido, defendemos a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lutando por sua liberdade e pela derrota do golpe de Estado”, diz o programa.

Segundo Emmanuel Lobo, membro do comitê eleitoral do partido no Paraná, isso acontece porque para o PCO as eleições não dizem respeito a questões administrativas e “planos mirabolantes”, mas a posicionamentos políticos.

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“O que importa são os princípios e não as questões administrativas. A gente prefere aplicar e mostrar às pessoas o nosso princípio comum. Nós não apresentamos candidaturas individuais e personalistas, mas sim o programa do partido”, explicou.

O PCO não tem candidatos apenas no Paraná, em São Paulo e no Piauí. Entretanto, essas foram as únicas candidaturas do partido que protocolaram as propostas nos tribunais eleitorais.

Outros casos

O expediente de usar textos nacionais nas campanhas locais não é exclusividade do PCO. No Paraná, o estado também fica em segundo plano no programa de propostas do PSTU. O documento protocolado pela candidatura de Ivan Bernardo é uma cópia da proposta de manifesto publicada ainda na pré-campanha pela chapa presidência do partido composta por Vera Lúcia e Hertz Dias.

Assim como no caso do PCO, as propostas são mais relativas às questões nacionais. Entre elas estão “romper com o imperialismo e com o capitalismo para garantir o fim da desigualdade”, e a “imediata descriminalização e legalização das drogas”.

As únicas diferenças são pequenas adaptações. Enquanto o texto nacional dizia “para presidente e vice, estamos propondo a candidatura de dois camaradas que representam bem o perfil desse manifesto: Vera Lúcia e Hertz Dias”, a versão paranaense diz que “para governador e vice estamos propondo a candidatura de dois camaradas que representam bem o perfil desse manifesto: Ivan Bernardo e Carminha Moreira”.

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