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Agência que lesou pelo menos 20 imigrantes fechou no começo ano. No local agora funciona um atelier de costura (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)
Agência que lesou pelo menos 20 imigrantes fechou no começo ano. No local agora funciona um atelier de costura (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)| Foto:

O Ministério Público do Paraná abriu uma investigação para apurar um possível golpe sofrido por imigrantes haitianos e nigerianos em Curitiba. No documento de instauração do inquérito civil o promotor Maximiliano Deliberador, da promotoria de Defesa do Consumidor, relata que diversos imigrantes que compraram passagens para trazer familiares ao Brasil por meio de uma agência de viagens da capital nunca receberam os bilhetes e nem foram reembolsados.

Segundo Ivete Caribé da Rocha, advogada que tem auxiliado o grupo, cerca de 20 pessoas estão nessa situação, mas o número pode aumentar porque há relatos de imigrantes que moram em Santa Catarina que teriam sido lesados pela mesma agência de viagem.

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Ela conta que a maior parte dos consumidores é composta por haitianos que trabalharam de um a dois anos para juntar dinheiro suficiente para comprar as passagens que nunca foram entregues.

A advogada informou que chegou a se reunir com um representante da agência para tentar um acordo que ressarcisse o prejuízo dos imigrantes, mas, segundo ela, a tentativa foi apenas uma forma de os empresários ganharem tempo.

Na denúncia, há o relato de um imigrante nigeriano que contou ter sido ameaçado pelo dono da agência. O empresário afirmou que teria um parente na Polícia Rodoviária Federal que poderia mandá-lo de volta para a Nigéria.

O inquérito civil foi aberto no dia 9 de março e, no mesmo dia, o Ministério Público encaminhou um ofício às delegacias do Consumidor e de Estelionato solicitando os inquéritos já instaurados nas delegacias e um relatório das investigações que já foram feitas.

A agência de viagens investigada funcionava no centro de Curitiba, mas segundo comerciantes vizinhos ao local, está fechada desde o começo do ano. Ainda assim, consumidores lesados continuam indo ao local para tentar resolver a situação, inclusive os que integram o grupo de Santa Catarina.

O blog procurou os donos da empresa nos telefones indicados no registro do CNPJ mas não conseguiu falar com os empresários.

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