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Brasilia DF 08 11 2018 A deputada federal e futura ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina,dá entrevista na saída de sua residência em Brasília.Antonio Cruz/ Ag. Brasil
Brasilia DF 08 11 2018 A deputada federal e futura ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina,dá entrevista na saída de sua residência em Brasília.Antonio Cruz/ Ag. Brasil| Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro nomeou o ex-assessor parlamentar e chefe de gabinete da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, Paulo Márcio Araújo, para a função de adilo agrícola na embaixada do Brasil em Ottawa, Canadá, com salário de R$ 70 mil. Servidor da carreira de especialista em políticas públicas, ele é formado em Propaganda e Publicidade.

O decreto de nomeação foi assinado em 18 de dezembro e publicado nesta segunda-feira (21). O mesmo decreto também nomeou mais três adidos para missões diplomáticas brasileiras em Genebra, Camberra e Paris.

Paulo Araújo foi secretário parlamentar da deputada Tereza Cristina (DEM-MT) de 2015 a 2018 e nomeado chefe de gabinete da ministra em janeiro de 2019. Em entrevista ao blog, ele contou como surgiu a oportunidade de ser adido. “Eu tive a inteligência de perceber que era uma deputada promissora e fui trabalhar com ela”, afirmou o ex-assessor e servidor de carreira no Ministério da Agricultura desde 2004. Araújo destacou a sua ligação com a ministra: “Ela foi muito generosa em me liberar porque hoje eu sou o braço direito dela”.

Araújo foi questionado se o fato de ser chefe de gabinete da ministra não exerceu pressão sobre quem estava fazendo a seleção para adido. “Eu não vejo dessa forma. Ao me indicar para ser adido agrícola, a ministra está colocando o nome dela em xeque sobre os holofotes. Está assumindo uma responsabilidade sobre a indicação. Não é que estejam fazendo um favor para mim. O processo foi conduzido pela Enap [Escola Nacional de Administração Pública]”.

Auditores defendem prioridade à carreira

Reportagem publicada no blog no dia 14, registrou que o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Agropecuários defende a vinculação dos adidos agrícolas à carreira que representa. Também reivindica maior transparência no processo de seleção. Em ofício enviado ao Ministério da Agricultura, o sindicato alerta que “retirar a exigência técnica para o cargo é reduzir a eficiência na abertura de mercados e até colocar em risco as exportações já em vigor”.

Araújo questionou essa prioridade aos auditores fiscais: “O Canadá é um mercado muito diverso. Aí que entra a minha experiência. Fui indicado à deputada por conta da experiência que eu tinha no Ministério da Agricultura e da rede de relacionamentos que eu fiz tralhando na coordenação das Câmaras Setoriais. Então, eu entendo que tenho qualificação para o cargo de Ottawa. É um reducionismo muito grande você dizer que só o fiscal pode ser adido agrícola”.

O novo adido também explicou como ingressou na carreira de especialista em políticas públicas tendo como curso superior Publicidade e Propaganda: “Foi a opção que eu fiz na adolescência. Nessa carreira [políticas públicas], qualquer pessoa com curso superior pode ser aprovada. Temos lá economistas, engenheiros, formados em educação física, em filosofia”.

Também foram designados para a função de adido os servidores Rafael D’Aquino Mafra, Genebra; Daniela de Moraes Aviani, Camberra; e Helena Müller Queiroz, Paris.

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