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Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, no Roda Viva da TV Cultura
Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, no Roda Viva da TV Cultura| Foto: Reprodução/ TV Cultura

As viagens internacionais do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, acompanhado por assessores, custaram R$ 1,1 milhão até maio. As passagens e diárias de Dantas somaram R$ 328 mil. Em cinco meses, ele passou 46 dias no exterior. Esteve em Nova York, Berlim, Bonn, Viena, Praga, Cidade do Panamá, Rabat (Marrocos) e Koror (Palau). Ele é cotado para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

A viagem mais cara foi para Nova York, no final de maio, para o lançamento oficial da candidatura do TCU ao próximo assento na Junta de Auditores da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. As despesas da comitiva de dois ministros e seis assessores somaram R$ 320 mil, sendo R$ 193 mil em passagens aéreas.

Dantas e duas assessoras estiveram na Representação da Organização das Instituições de Controle (Intosai), em reuniões técnicas sobre análise de dados, em Praga, Viena, Bonn e Berlim. A viagem custou R$ 222 mil, com R$ 130 mil em diárias.

A participação de Dantas e do ministro Walton Alencar na Assembleia Geral da Organização das Instituições de Controle do Pacífico, em Koror (Palau), custou R$ 251 mil, com R$ 150 mil em passagens. A passagem de Walton custou R$ 53 mil. As suas 10 diárias somaram R$ 38 mil – R$ 3,8 mil a unidade. A passagem de Dantas saiu por R$ 44 mil.

As viagens de oito ministros do tribunal custaram R$ 970 mil. As despesas dos 19 assessores que acompanharam os ministros somaram mais R$ 1,1 milhão, fechando a conta em R$ 2 milhões. As viagens nacionais de representação institucional dos ministros custaram mais R$ 116 mil.

As despesas e “esticadinhas” da assessora

As despesas dos servidores que assessoram os ministros também são elevadas. Na viagem a Koror, Elaine Dantas recebeu R$ 37 mil por 11,5 diárias – R$ 3,2 mil a unidade. A sua passagem aérea custou R$ 49,6 mil, fechando a conta em R$ 86 mil. O evento encerrou em 3 de março, mas ela retornou ao Brasil no dia 6 – uma “esticadinha”, mas sem receber diárias. Na viagem a Praga, Viena... Elaine recebeu R$ 49 mil por 11,5 diárias.

Elaine acompanhou os ministros Dantas e Jorge Oliveira em evento de quatro dias, de 13 a 16 de março, em Rabat (Marrocos), para reunião do Grupo de Trabalho sobre Auditoria do Meio Ambiente da Intosai. Sua passagem custou R$ 28 mil. Mas ela partiu no dia 9 e retornou no dia 18 – um total de dez dias. Recebeu 7,5 dias no valor total de R$ 25,5 mil.

Como acompanhou a maioria das viagens do presidente do tribunal, ficou 50 dias fora do país. Em cinco missões, recebeu 43 diárias no valor total de R$ 143 mil. As suas passagens somaram R$ 192 mil. Uma despesa total de R$ 307 mil.

As 29 viagens de servidores para o exterior sem acompanhar ministros somaram R$ 1 milhão. Do total, 26 foram de “relações institucionais”. Apenas três foram de “controle interno”, para inspeção nas comissões militares sediadas em Washington. A missão custou R$ 96 mil, sendo R$ 74 mil com o pagamento de 35 diárias.

Algumas viagens de servidores sem ministros também foram caras. A passagem de Fábio Barros no deslocamento a Canberra (Austrália), para o International Meeting of Performance Audit Critical Thinkers, custou R$ 60 mil. A passagem de Luciano Danni para o Senior Officers Meeting, em Guwahati (Índia), chegou a R$ 56 mil. No mesmo evento, a passagem de Junnius Arifa ficou em R$ 55 mil. A viagem custou R$ 147 mil.

Dantas pode deixar o TCU

Bruno Dantas está entre os mais fortes candidatos à vaga da ministra do STF Rosa Weber. Segundo reportagem da Wesley Oliveira, da Gazeta do Povo, o presidente do TCU é visto dentro do Palácio do Planalto como um dos nomes que devem despontar como favorito para a próxima vaga que abrirá no Supremo, em outubro, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Dantas agradou aos petistas pela sua atuação contra o governo de Jair Bolsonaro (PL). No final do ano passado, em cerimônia no TCU, sem citar Bolsonaro, o jurista afirmou que o país viveu nos últimos anos um “verdadeiro retrocesso civilizatório”. Ele também é um crítico da operação Lava Jato. Disse recentemente que a extinta força-tarefa "ampliou exageradamente" seu escopo de atuação, criando uma "criminalização generalizada" contra os políticos.

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