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O gênio Anderson Silva e o renascimento de Shogun
| Foto:
Wander Roberto / UFC

A impressão é verdadeira. Anderson Silva, campeão dos pesos médios do UFC, é mesmo o melhor do mundo no que faz.

O lutador nascido em São Paulo e radicado no Paraná sobra em relação aos adversários. Escolhe como e em que momento ganhar. Pode parecer – ou talvez até ser prepotente – mas sua habilidade natural o faz assim.

De perto, a cinco ou seis metros do octógono, sua superioridade é ainda mais impressionante do que pela televisão. Spider controla seu show. Brinca, bate, esquiva, provoca, incendeia a torcida. No sábado à noite, contra Yushin Okami, exatamente dessa forma. Anderson foi Anderson e ganhou como quis.

Diferente do melhor peso por peso do planeta, Maurício Shogun Rua não impacta tanto por sua qualidade como lutador, mesmo sendo muito acima da média. Seu carisma, entretanto, chamou a atenção. Não sabia que o curitibano tinha tanto carinho dos fãs.

Ele foi ovacionado antes e depois da luta, mais do que o próprio Minotauro, que não mora longe dali.

“Ôôôô, o Shogun voltou, o Shogun voltou…”, cantava o público enquanto o ídolo, com a mão erguida e sorriso aberto, comemorava o grande resultado sobre o duro Forrest Griffin.

Foi um renascimento para o brasileiro, que passou por uma fase difícil após ser derrotado por Jon Jones, em março. De desacreditado, ele agora está a uma vitória do “title shot”, talvez em uma revanche contra o algoz. É só continuar trabalhando forte. Sua humildade – e seriedade – conquista o resto.

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Para mim, a partir de agora, vivenciar o clima de uma edição do UFC deve ser obrigação para quem gosta de esportes. Mesmo aqueles que não gostam de MMA – ou não conhecem a mistura de artes marciais. Vale à pena. Graças à Gazeta do Povo tive essa oportunidade nesse sábado. Você foi ao UFC Rio? Conte como foi sua experiência na opção de comentários do blog.

Abaixo, alguns dos momentos mais marcantes da histórica noite no Rio de Janeiro.

#1 Tropa de elite
“Bota pra dormir”, “Pede pra sair”, “Caveira, faca na caveira”. Depois de registrar a entrada mais empolgante da noite – com a trilha composta pelo Tihuana – o policial do BOPE de Brasília Paulo Thiago animou a torcida, que participou intensamente do combate usando os consagrados bordões do filme.

#2 Se toca, Toquinho
Rousimar Toquinho Palhares ganhava sua luta contra Dan Miller e derrubou o rival com um soco. Continuou batendo forte e… foi comemorar. Chegou a subir na grade, levantar os braços. Só que o juiz Herb Dean não havia interrompido o duelo, que recomeçou. Menos mal que o brasileiro ainda venceu por decisão.

#3 It’s tiiiiiiiiiiime
As falas de Bruffer Buffer antes do principal combate da noite foram imitadas por quase todos os cantos da arena carioca. O anouncer retribuiu o carinho dos brasileiros ao arriscar um “senhoras e senhores do Brasil” na apresentação dos lutadores.

#4 Onde estou?
Forrest Griffin parecia não saber o que aconteceu com ele após apanhar para Shogun. Alguém anotou a placa do caminhão? O americano, totalmente grogue, até errou o lado na hora em que saiu de fininho do octógono.

#5 Banhos de cerveja
Minotauro, Shogun e Silva foram responsáveis por três banhos de cerveja na imprensa que cobria o evento. A cada nocaute, a torcida molhava jornalistas e seus respectivos computadores.

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