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Foto: Primeiro Round/Divulgação
Foto: Primeiro Round/Divulgação| Foto:

Até 2013, a maringaense Marta Souza tinha uma vida bastante comum. Casada e mãe de duas filhas, ela trabalhava como cabeleireira e maquiadora em um salão de beleza de Curitiba.

Quatro anos depois, aos 40 anos de idade, ela acaba de fazer uma batalha sangrenta dentro de um ringue de MMA — a 17.ª de sua repentina carreira como lutadora.

Uma transformação e tanto, especialmente para quem só conheceu a luta por pura necessidade.

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“Eu estava em um casamento muito conturbado, com um marido agressivo. Tinha uma academia perto de casa e fui ver um treino. Gostei e comecei a praticar muay thai pensando em defesa pessoal e também para perder peso”, conta Marta, que emagreceu 20 kg, se divorciou, e ganhou o apelido de Gladiadora.

Apenas três meses depois de começar a treinar, em agosto de 2013, Marta pediu a seu treinador, Roni Montrezol, para lhe colocar em um combate amador de MMA. Mesmo derrotada por decisão dos juízes, ela se apaixonou pela adrenalina do cage. Não parou mais.

Aos poucos, a Gladiadora foi acumulando lutas. Das 13 primeiras, a peso-galo (até 61 kg) venceu somente três, além de um empate na estreia. Entre as adversárias, porém, nenhuma galinha morta.

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Ela encarou, por exemplo, nomes que se tornariam conhecidos no cenário mundial, como as curitibanas Ariane Lipski (campeão do KSW) e Jennifer Maia (campeã do Invicta).

Em junho do ano passado, próximo do nascimento do primeiro neto, Miguel, a ex-maquiadora começou uma sequência de três triunfos, sempre contra rivais bem mais jovens.

Atualmente, também avó de Maria Vitória, de quatro meses, a Gladiadora vibra mesmo é com outro apelido: Vovó do MMA.

“Não fico brava, ao contrário. Acho que sou a única lutadora de MMA do mundo com dois netos. Me enche de orgulho ser avó e ainda passar o carro nas meninas de 20 anos”, brinca a lutadora, que chamou a atenção pela disposição e resistência no revés para a promessa invicta Priscila Cachoeira no último Curitiba Top Fight.

“Se eu parasse hoje, seria um sonho realizado. O esporte mudou minha vida, me deu outro rumo. Meu sonho é ajudar outros atletas a chegar onde não consegui”, conclui a orgulhosa atleta/vovó, que deixou o emprego no salão de beleza para trás e hoje vive, sem medo, como instrutora de muay thai em Araucária.

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