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Carl de Souza/AFP
Carl de Souza/AFP| Foto:

Uma das táticas mais conhecidas dos regimes socialistas é inverter o real sentido dos termos políticos. Isto foi feito a exaustão nos países que implementaram o comunismo. Conceitos como democracia e liberdade passaram a ter outra conotação, diferente dos valores tradicionais que conhecemos e que estão ligados diretamente aos valores ocidentais que moldaram o mundo contemporâneo.

O ocidentalismo de nossa cultura talvez seja o valor mais importante que nossa sociedade precisa preservar, visto que baliza uma série de conceitos que são muito caros para diversas nações. A exata noção de democracia e liberdade está inserida neste contexto, assim como uma série de outros conceitos relativos aos valores morais que aos poucos estão sendo distorcidos em diversas sociedades.

A estratégia socialista foi substituída pelo globalismo diante da derrocada dos regimes comunistas. Esta nova frente usa instrumentos de propaganda e propagação de ideias, mas, indo além disso, fincou sua bandeira também em muitas organizações internacionais, passando a usar estes importantes mecanismos de concertação política como instrumentos de difusão de uma agenda de pensamento global.

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Este amálgama de valores consolidados em uma agenda de pensamento único tornou-se verdade em muitos cantos do mundo. O politicamente correto, relativização de conceitos e a inversão moral passaram a fazer parte do cotidiano de muitos povos. Diante disso, uma reação ao movimento internacionalista e globalista começou a se articular em várias nações, na sua maioria valorizando os traços nacionais de suas culturas, resgatando o conceito de ocidentalismo que permeia os valores destas sociedades.

Este é o pano de fundo que encobre movimentos reativos importantes na esfera internacional como Brexit e a escolha de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Outras nações também seguiram o mesmo curso, como Israel, Polônia, Hungria e outros países que levaram ao poder grupos conservadores, responsáveis por resgatar os dogmas ocidentais, onde estão inseridos os conceitos liberais de democracia e liberdade como valores supremos. A equação é simples: enquanto o conservadorismo social resgata os valores morais, o liberalismo impulsiona a economia.

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O governo Jair Bolsonaro segue neste caminho, desatando os nós do globalismo que amarrou o Brasil nas últimas décadas, resgatando valores que pareciam perdidos, mas que são o núcleo formador da sociedade brasileira. Sem impor conceitos e verdades universais, o conservadorismo que chegou ao Brasil pode se tornar o mecanismo de negação das teses globalistas que aprisionam o país.

A política externa é o primeiro e mais importante passo desta travessia. Assim como fizeram outros governos ao redor do mundo, o Brasil parece estar preparado para encontrar consigo mesmo, deixando a sombra das verdades universais para trás. Um movimento corajoso, uma correção de rumo que deve reencaminhar o país para um caminho virtuoso.

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