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Até quando vai o reinado de Rei Autuori I no Atlético?
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Paulo Autuori experimenta uma situação já há algum tempo que nenhum técnico no Brasil, talvez no mundo, tem a oportunidade de vivenciar: é incontestável dentro do Atlético. Não seria problema nenhum não fosse por um aspecto importante: também há algum tempo, o Furacão joga mal.

Desempenho frágil que até mesmo os jogadores já perceberam. Paulo André, após a derrota para o Paraná, admitiu que o Atlético involuiu em 2017. Ou seja, está pior que em 2016. O zagueiro, sempre lúcido, está coberto de razão. O futebol do rubro-negro não está agradando.

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Na Libertadores, a partida mais consistente que a equipe fez, contra o Universidad Catolica, acabou empatada. Nos demais confrontos, pouco se viu de “jogo jogado”. O Millonarios foi melhor que o Atlético nos dois jogos e os paranaenses superaram o Capiatá num sufoco imenso. Desespero que marcou o duelo com o San Lorenzo, que poderia ter terminado empatado caso os donos da casa tivessem anotado o pênalti. E no Paranaense, o time titular foi um fracasso.

Apesar de toda essa situação, preocupante para o futuro do Furacão em todas as frentes da temporada, Autuori se mostra inabalável. Quase não mexe no esquema, insiste com alguns jogadores e, principalmente, não gosta de ser contestado. Dentro do clube, aparentemente reina soberano e, quando há cobranças da imprensa e da torcida, o treinador reage incomodado.

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Nem de longe estou defendendo uma mudança no cargo. Autuori tem resultados relevantes (título estadual e classificação para a Libertadores) e é um profissional excelente, de largos serviços prestados ao futebol mundial (sim, foi bem além do Brasil), mas parece muito confortável na atual situação. Será que a proximidade da aposentadoria está causando esse efeito? Não sei.

Uma boa explicação para o comportamento é a adoração de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, pelo técnico. Autuori substituiu Cristóvão Borges que, na avaliação de Petraglia, era um técnico que não sabia explorar tudo o que o clube lhe oferecia. E Autuori faz justamente o contrário, explora a estrutura do Atlético ao máximo.

É um nome para ter vida longa no CT do Caju. Quem sabe, tornar-se o manager do clube, posição que Autuori deseja ocupar quando deixar à beira do gramado. Capacidade para atuar nos bastidores o carioca tem de sobra. Só não pode se tornar o Rei do Atlético, como parece ser. Para o bem dele e do próprio clube.

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