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Guilherme Moreira/Gazeta do Povo
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Após o Paraná perder para o Goiás, por 4 a 0, torcedores foram ao aeroporto “recepcionar” os atletas. Na última sexta-feira (30), os paranistas cobraram, xingaram e entoaram a música “você vai morrer, se meu time cair para a Série C”.

Nesta terça-feira (4), o Tricolor entrou em campo novamente, diante da Luverdense, time do meio da tabela da Série B. E perdeu de novo, por 3 a 2, fora de casa. Voltou a falhar diversas vezes e caiu diante de mil torcedores.

Parece óbvio, mas não é. Cobrar e agredir jogador em aeroporto não adianta nada. É besteira pensar que, na base da intimidação, alguém vá render mais. O mais natural, humano, é a pressão excessiva desmobilizar, desmotivar de vez.

É preciso ressaltar ainda que muitas vezes as recepções violentas são pura armação dos cartolas. Sem crédito com os atletas, dirigentes costumam usar as torcidas organizadas para dar uma “prensa”. Não estou dizendo que foi o caso do Paraná.

Diferentemente da relação entre torcedor e clube, não há amor envolvido entre os boleiros e os times que defendem. Em tempos de alta rotatividade, boa parte deles deixa as equipes ao término da temporada. Se cair, caiu.

Não é verdade também que um rebaixamento “queima” o filme dos jogadores – exceto por alguém que cometa uma barbaridade, claro. Há sempre clubes desesperados precisando contratar. Tem espaço e oferta de sobra.

Reação se alcança com unidade, compreensão, mobilização, estratégia e salários em dia. Gritaria e ameaça são perda de tempo.

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