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É tempo de tentar a mudança. Agora só falta você…
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Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer

(Rita Lee)

 

Em tempos de bonança econômica a política torna-se enfadonha e as reformas institucionais ficam em segundo plano, porque cada um está defendendo o seu. Quando diminui o dinheiro, a política mostra toda sua exuberância e urgência, variando entre o furor cego e destrutivo e a preocupação com o bem-comum.

Aqueles que estão vivendo o momento político como uma oportunidade de reflexão para uma ação consciente, devem estar se perguntado se tudo acabará em pizza, ou se apenas ocorrerá uma mudança de comando para tudo se acomodar, em seguida, na mesma estrutura institucional (deficiente).

As preocupações são pertinentes porque o poder de mobilização social (nas ruas): a) tende a se esvair quando as coisas não acontecem no tempo em que o povo quer; b) pressupõe um clamor fomentado pela grande mídia e por grupos “apartidários”, que também tendem a se acomodar com as novas configurações do poder.

Isso significa que o legado das manifestações será menor do que poderia, se as pessoas não ingressarem na estrutura do poder político.

Nesse sentido, é essencial que as pessoas de bem tornem-se opções nas eleições vindouras, filiando-se a um partido político (até o dia 01/04/2016).

Esta é uma grande chance de promover uma mudança importante no médio prazo, ou seja, com novos mandatários, que estejam imbuídos de bons propósitos, que não se rendam ao clientelismo, ao fisiologismo e ao paternalismo.

Os partidos políticos são pragmáticos e somente permitirão a candidatura daqueles que tem: a) dinheiro para bancar a campanha; b) chance de obter votação significativa. É por estas razões que a maioria dos candidatos eleitos têm vínculos de parentesco ou de amizade com mandatários ou grupos econômicos.

Apesar da dura realidade, há maneiras de furar este bloqueio, especialmente para as mulheres.

A legislação eleitoral estabelece que os partidos devem assegurar 30% das candidaturas para um dos gêneros. Na prática, como poucas mulheres participam da política partidária, os 30% são preenchidos ou por familiares dos líderes partidários, ou por filiadas sem representatividade social.

Este é um deficit que os partidos tentam superar. E aí está a oportunidade!

É tempo de estimular mulheres representativas, que desempenham alguma liderança no bairro, na igreja, no sindicato, na escola, etc., a ingressarem na política. Elas têm uma das coisas que o partido precisa: votos. A questão do dinheiro pode ser mitigada com o envolvimento de apoiadores, que se engajem em pedir votos e discutir as propostas da candidata.

Tudo isso parece um tanto utópico.

Mas, não podemos esquecer que para eleger uma vereadora não são necessários tantos votos assim. Além disso, como há um sentimento significativo de que algo precisa mudar, há uma chance razoável do plano dar certo.

É tempo de tentar a mudança e, certamente, não faltarão apoiadores (profissionais) para orientar estas candidatas em questões eleitorais, na produção de material de divulgação, na publicidade, e, também de cidadãos para empenharem-se, desinteressadamente, em prol de boas ideias.

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