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A velha questão do trote universitário
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Eu realmente não acho graça nenhuma nas manifestações grosseiras ligadas ao trote universitário; a primeira vítima já está ai, segundo a reportagem Calouro da UFPR recebe alta do hospital, de Pedro de Castro , na GP, 25 de jan – em consequência da inconcebível atitude desecadeada pelos veteranos da instituição e aplaudida pelos que olham, sorriem e incentivam a manutenção da violência contra estudantes, geralmente submissos, porque estão imersos ao turbilhão de emoções desencadeadas pela certeza da aprovação na UFPR.

Reprodução RPC TV
Cena da humilhação: deitado no chão, aluno tem expressão de dor

Compartilhe comentários – A imagem do RPC em destaque é meramente ilustrativa; é do arquivo de 2009, mas você que foi aprovado na UFPR tem alguma observação a fazer quanto ao trote que recebeu agora em 2010? Poderá relatar experiências pacíficas assumidas pelos veteranos? Compartilhe- as conosco. Experiências inofensivas devem sobressair diante das violentas e bestiais. Por favor, conte detalhes do trote que recebeu, assim as imagens chocantes poderão sumir da minha e da sua cabeça, prezado leitor.

Deixemos os cavalos de lado – Nada contra os animais, mas o trote violento jamais pode ser comparado com o trote dos equinos, sempre elegante e cadenciado, mas sim ao mundo das bestas humanas, desequilibrado e doentio. Estupidez e irracionalidade comandam as mentes enfermas dos que subtraem da festa estudantil a espontânea alegria.

O que merecem os “canalhas do trote” ? – Os autores desse rito animalesco merecem a punição exemplar ao crime cometido: a expulsão sumária. A sociedade organizada precisa agir e cobrar atitudes, ainda mais quando a violência acontece dentro do espaço universitário. Não é possível ficar passivo diante dessas expressões de bestialidade.

Daniel Castellano    Arquivo  GP
O tolerável “banho de lama” desde que não venha acompanhado de coadjuvantes da violência ao calouro, voluntariamente submisso à alegria da aprovação na UFPR

Leia mais – Sobre o assunto há muito a considerar; quer ler? Tem algum link interessante sobre o tema? Indique-o e vou trazendo, aos poucos, aqui para cima com os devidos créditos.

> O trote e o direito das primícias… , de Fernando Martins(GP, 25/2/2009)

> Trote pode levar à expulsão, de Bruna Maestri Walter, na GP,2/3/2009.

> Busque o post E a história do Márcio não deu em nada.. , no blog Novo em Folha, 9 /12/2009.

> Lá e de volta outra vez, do Henrique Mancini, no Blog do Vestiba; experiência interativa do Caderno Vestibular, da GP.

> UEL deve abrir processos contra estudantes por trotes violentos , de Simoni Saris, na Folha de Londrina, de 10/ 6/ 2009.

> A canalha do trote, 2, assinado pelo Vinícius Torres Freire, 11/ 2/2009.

Diante dos comentários dos 10 leitores e 1.369 acessos(até agora: 14h17) não tenho qualquer dúvida de que o tema:

> Pode ser caracterizado por atitudes renovadoras; reveja o Trote do bem: diversão e solidariedade, da Rafaela Bortolin, na GP, 18/1/2010.

> É polêmico, uma vez que apesar dos incidentes, motivados certamente pelos arroubos das mentes violentas, há quem os defenda, enquanto outros têm, inclusive condescendência, desde que a violência( verbal ou física) seja “branda”.

> Forma duas inquietantes perguntas na minha cabeça – e será que na sua também ? – Uma delas é: será que há um aviso geral de proibição ao porte de bebidas à entrada dos portões de acesso aos prédios da UFPR? A outra é: será que ninguém viu o ocorrido com a vítima? A segurança interna e os responsáveis pelos portões de entrada dos espaços universitários precisam redobrar a vigilância e a manutenção da ordem. Lugar de baderneiro não é dentro de um espaço universitário. Ponto final.

Até a próxima!

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