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Na minha agenda de ontem à tarde incluí uma passadinha no entorno do campus da UTFPR, em Curitiba. O motivo? Acompanhar a movimentação estudantil diante da prova de seleção às 242 vagas oferecidas pela instituição aos cursos técnicos de nível médio. Segundo o site da Utfpr 1.600 candidatos concorrem nos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível-Médio Integrado, das quais 82 são para modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). Eletrônica, Mecânica e Gestão de Empresas são os cursos mais concorridos, provavelmente em decorrência das notícias de acentuada empregabilidade que esses cursos oferecem.

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Conversando com alguns candidatos descobri que:

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> Muitos treineiros estavam presentes, ou seja, jovens que ainda não concluíram a 8ª série aparecem no exame seletivo para “ver como é a prova”.

> As propostas de produção de texto incluíram duas composições: um comentário de 10 linhas sobre a opção adotada pela UTFPR com relação às cotas sociais de 50% para alunos da escola pública e elaboração de respostas às três perguntas baseadas em um texto centrado em um adolescente tailandês homicida e viciado em GTA.

> Há ainda muita desinformação dos candidatos quanto aos objetivos específicos dos cursos que escolheram.

> Muitos jovens matriculados no ensino médio convencional procuram a possibilidade de acesso aos cursos técnicos na Utfpr, porque temem insucesso na busca de emprego no mercado de trabalho, caso não passem no vestibular.

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Você já pensou no que leva um jovem ao teste seletivo de um curso técnico de uma instituição pública federal? Eu já e há muito tempo, mas veja o que eles declaram.

” Quero ver como é que é a prova”

( Lucas Guimarães, 14, ainda treineiro, sonha como uma vaga no curso de Técnico em Segurança do Trabalho)

“Quero mostrar que mesmo vindo da escola pública posso ser aprovado na Utfpr.”

(Gabriel Peres, 14, estudante da Escola Estadual Profª Luiza Rossi; sonha com o curso de Eletrônica)

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Quem faz um curso técnico reúne grandes oportunidades de absorção imediata no mercado de trabalho; situação inversa daquele que apenas concluiu o ensino médio convencional. A maioria dos meus alunos está matriculada no 3º ano ou já concluiu o ensino médio tradicional e, diante de um insucesso no vestibular, enfrenta um abismo, porque essa etapa funciona apenas como um passaporte que direciona ao vestibular. Reveja o que considerei sobre o assunto, ainda no ano passado, em Ensino médio convencional ou técnico: reavalie as consequências.

Prezado leitor: você recorda do motivo que presidiu a sua escolha pelo ensino médio convencional ou técnico? A jornalista Tatiana Duarte, em A vingança dos cursos técnicos, explicita boas razões para que os pais conversem sobre o tema com seus filhos, assim como as instituições mantenedoras desses cursos expandam mais informações sobre os objetivos, possibilidades e diferenciais que essas modalidades disponibilizam aos jovens concluintes do ensino fundamental.

Não tenho qualquer dúvida quando vejo um jovem aspirando um curso técnico; sempre o encorajo, porque a ele o futuro sempre será mais previsível, em razão da excelente formação recebida, da possibilidade de estágios em empresas conveniadas e um futuro profissional acenando desde os primeiros anos do curso.

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Quer escrever sobre o tema?

Proposta 1– Você conhece alguém que fez curso técnico e está (des)empregado? Comente.

Proposta 2– Você concluiu ou está matriculado em algum curso técnico? Faz alguma recomendação ou restrição a essa modalidade de curso? Argumente.

Sugestões de leitura sobre o tema:

> Maior parte dos alunos de cursos profissionalizantes está em instituições particulares ( Agência Brasil, 22 / 5 / 2009)

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>Alunos dos cursos técnicos do Paraná são cadastrados no MEC(GP, 23 / 4 / 2009)

>Escolha pela ascensão profissional(GP, 15 / 4 / 2009)

>Paraná vai ganhar 11 novas escolas para ensino técnico (GP, 28 / 1 / 2009)

Até a próxima!