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A proposta da redação da FUVEST, aplicada ontem, solicitou aos candidatos que redigissem uma dissertação, de 20 a 30 linhas, sobre as IMAGENS e suas informações. Um excelente tema; pertinente e exigente modo de aferir e auferir articulação entre leitura e escrita concatenadas. Acompanhei com interesse as últimas notícias e fiquei pensando, se ao contrário das imagens oferecidas aos participantes da prova as referências(imagens e textos) retratassem as consequências das últimas chuvas pelo Brasil afora; Angra é apenas um exemplo. Aqui, bem pertinho de nós,a Chuva provoca desabamento de casa; Defesa Civil interdita outras nove (GP, 3 de janeiro). A situação, ilustrada por imagens que se repetem ano após ano, exige redobrada atenção. Muito a refletir e a escrever, sem dúvida alguma, concorda comigo?

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É. Não há qualquer dúvida; as ocorrências chuvosas dos últimos dias são preocupantes. Veja a situação em Londrina, aqui no Paraná. Hoje encontrei na Gazeta do Povo uma nota reflexiva que reproduz a atenção isolada de uma leitora; veja o que destaca:

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Plantar árvores – A leitora Margaret Silva faz uma sugestão à prefeitura de Curitiba: que tal plantar árvores e arbustos na encosta do Parque Barigui que faz limite com a Avenida Manoel Ribas, naquele trecho próximo ao Portal de Santa Felicidade? Seria uma forma de dar mais firmeza ao terreno e evitar deslizamentos nas chuvas fortes, como ocorreu recentemente. A área desabada recebeu grama novamente e parece recuperada, mas a leitora acha um desperdício deixar todo aquele gramado sem arbustos ou árvores, que embelezariam e tornariam o local mais seguro.”( Entrelinhas, 4 de janeiro de 2010)

Organizei 10 questões para que você reflita comigo, prezado leitor, afinal, não somos especialistas, mas se aqui aparecer um geólogo, um meteorologista, um engenheiro civil, um geógrafo ou especialista em impactos ambientais a reflexão ganhará novos ares, porque vê-se o quê nos noticiários? Deslizamentos, soterramentos, fugas apressadas, perdas materiais e mortes. Uma tristeza.
Está a fim de rever comigo algumas questões? Avante.

1º – Você sabe o que é uma carta geotécnica?

2º- Você construiria a sua casa em terreno alagadiço?

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3º- Caso fosse engenheiro civil você assinaria um projeto de construção de casa ou condomínios sem atentar às particularidades do terreno?

4º- Você tem algum conhecimento de engenharia? Poderia exemplificar algum?

5º- Conhece a expressão “força da natureza”? Pode explicar em 500 caracteres, lá na caixa de comentários?

6º- Você ficaria seguro em um local construído em área com acentuada declividade? Justifique a (in)segurança?

7º- Alguns terrenos possuem cobertura vegetal peculiar; você autorizaria, caso estivesse sob a sua administração, o desmate dessa área sem atentar aos impactos ambientais?

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8º- Até que ponto as intervenções humanas na transformação da paisagem são equilibradas? Alguém eticamente responsável precisa monitorá-las?

9º- Você ainda recorda dos conceitos de planície e planalto? Como categoriza a cidade onde você reside?

10º -Considera importante, sobretudo diante das tragédias decorrentes das fortes chuvas, a reflexão sobre os pontos acima enumerados? Justifique.

Vale a pena ler de novo; sugira outros informes, caso os conheça, prezado leitor.

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> Estragos são causados pelo homem ( Paola Carriel, GP, 15 / 2/2009)

> Chuva provoca deslizamentos de terra nas BRs 116 e 277(Célio Yano, com informações de Maria Gizele da Silva, GP, 10/9/ 2009)

> Chuva forte deixa o trânsito complicado em Curitiba( Adriano Kotsan, GP, 29/4/2008)

> Operários escavaram 22… ( GP, 12/7/2009)

As imagens, as histórias entristecedoras dos que perderam os seus bens materiais e seus afetos, as medidas preventivas, os procedimentos responsáveis, o acompanhamento rigoroso das infrações e descuidos com o meio ambiente, entre outras atitudes farão de cada pessoa, mais consciente das inconveniências, um farol para guiar, advertir e evitar outras tragédias. A distância dos problemas avistados nas imagens não nos permite isenção, prezado leitor. Trocar ideias com as crianças e alimentar a curiosidade dos jovens sobre os porquês dos desastres ambientais e desequilibrios naturais ou provocados na natureza será de grande valor. Eu não tenho dúvida; você tem alguma?

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Até a próxima!