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No próximo final de semana, de acordo com a Gazeta do Povo, milhares de jovens participarão do vestibular da PUC-PR e da Faculdade de Artes do Paraná, a FAP. É muita gente correndo em direção ao sonho de um lugar na universidade. Alguns por escolha, outros apenas para treinar e avaliar seus conhecimentos e outros para buscar um alento; se aprovados, terão uma afago na auto-estima e empreenderão maior vigor aos estudos.


Todo ano acompanho dezenas de candidatos aos vestibulares mais concorridos. Alguns chegam com hábito de estudo já desenvolvido, tais como os candidatos de medicina e jornalismo, que sabem do valor da disciplina e da dedicação à leitura; outros, a maioria, chega quase sem clareza alguma, exceto a certeza de que precisam de apoio técnico para ler e escrever bem na própria língua. A todos recomendo: ler cada vez mais e escrever diariamente – essa fórmula infalível que nunca me desaponta.

Sem leitura, companheira infalível, que nos arregimenta as informações, não seria possível ficar antenado com as últimas, por isso hoje enfatizo aos jovens vestibulandos, o quanto dependem da informação gabaritada para fazer a diferença à ocasião da prova de Compreensão e Produção de Textos.
Quero também alertar aos responsáveis dessa juventude o quanto nos cabe o bom exemplo de leitor e de produtor de textos. Filhos de leitores tendem a ser melhores intérpretes da realidade, seja na oralidade ou na escrita- e quem duvida dessa assertiva deverá revê-la urgentemente.

Aos que leram jornais e revistas de generalidades informativas os meus parabéns. Quem os lê invariavelmente fica “por dentro” das últimas, pois há um concertado trabalho diário entre o fato e a notícia impressa – e nesse articulado esforço um batalhão de profissionais labora ininterruptamente para, no dia seguinte – ou no caso das revistas, logo no início de cada semana, nos oferecer uma edição impressa e outra on-line. Aos que podem contar com uma assinatura de jornal e revista ou o acesso ilimitado à internet o bom proveito e o equilíbrio na seleção de textos. Aos que apenas raramente folheiam esses noticiosos o meu desejo de sorte, pois vá lá que tenham lido uma reportagem, uma charge, uma coluna que lhes avive a reflexão; terá sido válido, mas será sempre um resultado de pura sorte.

Jornais e revistas trazem o que há de melhor na informação. São eles que complementam o que a tevê nos proporciona. Sem a leitura desses impressos a retenção da informação não aconteceria, seria o dito pelo não dito, sem comprovação alguma, exceto quando alguém se dispusesse a gravar as reportagens da mídia televisiva.

Sem a leitura dos infográficos, dos quadrinhos, das reportagens investigativas, das opiniões, dos debates, do farto material oferecido pelo fotojornalismo o vestibulando ficaria por fora desse continuado cardápio informativo, por isso quem seguiu à risca as recomendações que fiz estará seguro, pois qualquer texto trará o exercício prático da aplicação de conceitos teóricos da nossa querida língua portuguesa. Qualquer texto será a expressão plena de que a escrita é, sem dúvida, a representação das idéias que subsistem na nossa realidade próxima ou distante.

Sem desculpas para não ler


Biblioteca Pública do Paraná programou diversas atividades para esta semana

Muitos jovens aludem à crise econômica para não ler. Enganam-se. Bibliotecas públicas, amigos generosos e seus professores, especialmente os de língua portuguesa, poderão fazer a diferença. Veja a nossa festejada Biblioteca Pública do Paraná, aberta diariamente sem interrupção para o almoço. Lá é possível contar com uma fabulosa seção de periódicos; nos bairros desta capital encontramos os Faróis do Saber, iniciativa bem sucedida de uma lógica governamental antenada com o progresso, advindo com a leitura. Não há qualquer desculpa para não ler – e meu colega professor de língua portuguesa, muitas vezes é o grande culpado dessa crise de leitura, pois não oferece aos alunos o primeiro exemplo: o de ler apaixonadamente.


Vestibulandos recebem exemplares da Edição Extra da Gazeta do Povo, na Praça Carlos Gomes

Dia desses dois leitores fizeram uma crítica a este blog,alegaram descontentamento quanto ao tom professoral presente das observações aqui firmadas. É um direito de leitor e também um fato inconteste. Eles apenas estavam equivocados com a adjetivação, não seria apenas “professoral”, mas sim professoral e apaixonado. Sou uma professora completamente dominada pela paixão de ler e de escrever, por isso meus alunos passam não apenas por mim à ocasião das aulas, mas passam nas provas a que se submetem nos vestibulares. A razão? Ora, deixo ao julgamento do leitor e dos que acompanham minhas atividades com essas duas parceiras infalíveis, a leitura e a escrita.

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