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A grama seguirá sendo verde
| Foto: Bigstock

Na última semana, a Justiça determinou que fossem removidas 10 publicações minhas, por suposto discurso de ódio e transfobia. Não havia nada além de opiniões, debates e fatos, que em hipótese alguma configuram crime. A cereja do bolo autocrático é que foi solicitado inclusive que eu deletasse a divulgação de um excelente documentário, intitulado What is a Woman? (O que é uma mulher), lançado pelo The Daily Wire em 2022.

Um dia depois, o Conselho de Ética da Câmara arquivou um processo por suposta quebra de decoro movido contra mim por partidos de esquerda. O motivo? A minha fala no dia 8 de Março em defesa das mulheres. A repercussão não poderia ser diferente: histeria coletiva por parte dos progressistas.  

O avanço da tirania rendeu fatos que comprovam que no Brasil já chegou o tempo em que não é mais permitido dizer que a grama é verde. Ataques da velha mídia, multas que vão de R$ 80 mil a R$ 5 milhões, pedidos de cassação, exclusão de postagens e proibição de discursos, até mesmo os respaldados pelo artigo 53 da Constituição, que diz que “os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Aliás, se essa mesma Constituição fosse verdadeiramente respeitada como dizem, não haveria tanta insegurança jurídica. 

Mas por que querem tanto reprimir tudo aquilo que não concordam? Simples. É difícil querer mudar a realidade, principalmente se você estiver carregado de altos níveis de hipocrisia. Os mesmos que me acusam de ser preconceituoso e intolerante, se calam quando acontece algo verdadeiramente hostil vindo de alguém da esquerda. Houve alguma indignação quando Lula afirmou que "Essa história de banheiro unissex só pode ter saído da cabeça de Satanás"? Obviamente, não.

É difícil querer mudar a realidade, principalmente se você estiver carregado de altos níveis de hipocrisia

Ao palestrar pelo Brasil e exterior sempre afirmei que mesmo discordando (o que em tese não é crime), a minha luta não diz respeito à opção sexual de cada um, mas sim contra o ativismo que promove a imposição de ideologias. Se você discorda de algo, te julgam como criminoso, enquanto os verdadeiros criminosos comemoram a impunidade no país.

É impossível enxergar lógica no discurso daqueles que defendem tanto a implementação de vagões exclusivos de acordo com o sexo quanto o uso de banheiros compartilhados. O resultado é que casos como o do estudante que foi preso em São Paulo após entrar no banheiro unissex de uma universidade e tirar fotos das estudantes fiquem ainda mais comuns, e quando acontecem, nenhum dos defensores de tamanha bizarrice dá as caras.

Se não se importam com as mulheres na situação citada acima, também não o fazem quando uma mulher discorda do fato de um homem ser o seu oponente dentro da mesma competição, por motivos (que deveriam ser) óbvios. Riley Gaines nos Estados Unidos e Ana Paula Henkel no Brasil, assim como a maioria, são atletas que não concordam. Mais uma vez, deu a lógica: receberam ataques da turma que prega o amor e a tolerância.

O desespero para cassar o meu cargo político é porque no Dia Internacional das Mulheres (comumente usado para exaltar pautas feministas) a "Nikole" apareceu para verdadeiramente defendê-las e até hoje estampa as fotos de quase todas as matérias que postam para me atacar, como se fosse algo capaz de me causar desgaste. Querem censurar minhas publicações porque a grande maioria da população concorda com o que é postado, desejam a exclusão das minhas redes sociais, pois elas seguem crescendo significativamente e impõem multas por eu ousar falar a verdade ou exercer a minha opinião a fim de inibir os que pensam igual a mim. Ademais, querem a minha prisão pelo motivo de que mesmo diante de ataques diários, sigo tendo cada vez mais apoio, inclusive de transexuais que entenderam que são tratados por eles como massa de manobra, totalmente descartáveis. Tudo isso não é mérito meu, e sim dos que estão entendendo como funciona a guerra cultural. Nunca desvirtue seus valores por conta da pressão do coletivo.

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