Acho bacana o Brasil ser um dos países que têm como nome um ADJETIVO: brasil, o que tem qualidades de brasa, mora?
Do mesmo modo que juvenil distingue quem tem qualidades de jovem e febril aqueles que têm febre.
Brasil, quente, vermelho, incendiante.
Vermelho?
Não… péra…
Ah, outra peculiaridade que me ocorre.
O gentílico do Brasil – enquanto o de outros países termina em “ês” ou “ano” ou outros (japonês, americano, alemão) – termina em “eiro”, sufixo comumente usado em ocupações como verdureiro, leiteiro, ferreiro, marqueteiro, lixeiro…
Geralmente não são as mais glamurosas. Você se consultaria com um autoproclamado medicineiro?
E algumas delas até começam a desaparecer, mas permanecem em nosso imaginário.
O termo “brasileiro” – e quero deixar claro que isto é só um palpite – talvez venha da gente que, inicialmente, “exportava” o pau-brasil além mar, outrora, em tempos cabrálicos, um tipo de sacoleiro colonial.
O que podia ser quem nascia aqui, naqueles tempos de antanho, em que nada havia para se fazer por estas bandas, senão enviar as riquezas desta colônia para quem já era rico, lá do outro lado do oceano, no império?
Ser brasileiro é um tipo de profissão.
Informal, diga-se de passagem.
E mal remunerada.
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