Fonte: Canva| Foto:

Saudações!

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A continuação de história que trago hoje é aquela que o rei se deixou enganar por dois espertalhões que prometeram uma roupa mágica, que só poderia ser apreciada por pessoas muito cultas e inteligentes. Você lembra, não? Aquela que o rei desfila nu em meio ao povo! Agora sabe qual é, né?

Então, depois daquele grande vexame, o rei Hans ficou sem sair do castelo, tamanha era sua vergonha… Culpava-se por ter sido tão tolo e vaidoso!

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Os membros do Conselho de Ministros, estavam muito preocupados, pois a tristeza fizera morada no coração real. Sentiam-se igualmente culpados por terem duvidado de si mesmos e falhado, miseravelmente, na tarefa de auxiliar seu monarca.

Reuniram-se e resolveram chamar a Fada das Montanhas! Ela haveria de ter uma solução!

A fada aceitou o convite e sem demora estava reunida com a equipe de conselheiros, que relataram, minuciosamente, o quê havia acontecido.

A fada ficou por um tempo em silêncio, para o desespero dos ministros.

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Andou de canto a canto da espaçosa sala de reuniões e por fim, sentou-se novamente para dar seu veredito:

-”Prezados senhores, tentarei ajudá-los! No entanto, minha tarefa é imensa, pois não tratarei somente o rei. Ele errou e está chateado com ele mesmo e por ser motivo de chacota entre seus súditos. Preciso, igualmente, tratar àqueles que dele se riem. Eles também estão doentes. Uma doença grave, que cega a alma e endurece o coração, que torna os homens cruéis, severos e rudes.

Estarei entre eles por uma semana para saber como pensam e como se sentem a respeito! Sei que se esforçaram para relatar a verdade, mas a verdade de cada um é parcial e repleta do seu julgamento e da sua visão de mundo. Quero conhecê-los por mim mesma.

E assim foi feito. Ela se transformou em uma feirante e passou a semana perguntando sobre o que houvera com o “tolo” Rei Hans. Uma cliente lhe confidenciou entre risos: “Ele andou nu entre nós! Apesar de perturbado é bem-dotado”.
Um velho lhe disse: “É um grande bobalhão, que andou por aí mostrando o seu grande “bundão”!” Ao longe, outro o acusou: “Um menino tolo, que acreditou no conto do tecido mágico e que jogou a memória da família no lodo!” E todos eram unânimes: “Eu jamais teria caído nessa patuscada e me tornado essa piada!”

Ela entendeu que a reputação de Hans, foi de rei a bobo da corte, em questão de horas! A fada percebeu que ninguém tentou compreender, o que de fato, acontecera com o rei… Todos o julgavam e condenavam.
Chamou os ministros e comunicou que precisaria de quatro tipos de feitiços diferentes para poder tentar reverter a situação. Orientou-os que, por 3 noites eles deveriam dar o toque de recolher às 22 horas, pois o feitiço seria melhor absorvido se a população estivesse dormindo. Alertou-os ainda, que os feitiços poderiam causar uma série de comportamentos estranhos na população como: choro, alegria e dores inesperadas.

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E assim noite após noite, ela foi trabalhando:

-“Para essa primeira noite, eu preparo um feitiço de amor e quebro toda a apatia, para que toda a população receba uma dose grande de empatia!”
“Para essa segunda noite, eu retiro do interior da flor da vida, a semente da reflexão e a projeto em cada coração!
“- Neste terceiro feitiço, eu clamo pela chama da felicidade, que vai trazer a solidariedade!”

Passadas as três noites, a fada foi ter com os ministros e orientou-os que o rei deveria caminhar, novamente, entre a população.
Outra vez nas ruas, ganhou abraços de muitos e conversou com outros! Alguns súditos, acabaram por confessar que também já haviam se iludido em algumas situações na vida:
“- Eu me iludi achando que emagrecendo seria feliz! Mas eu precisa fazer as pazes comigo mesma!”, confidenciou uma súdita!

Outro também compartilhou: “Eu me iludi achando que se mudasse de casa seria feliz, mas tal qual um caracol, levei meus problemas comigo!”.

E, assim, uma roda de partilha se fez e muitos também falaram sobre como se iludiram na vida:

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“ – Eu trai minha companheira, achando que seria feliz nos braços da amante.”

“ -Eu acreditei que um iogurtinho valia por um bifinho!”

“-Eu confiei na propaganda que eu seria mais feliz se usasse roupa de marca!”

“-Eu comprei um batom vermelho, porque me disseram que deixava a mulher mais sexy e desejável! E hoje sei que a mulher sexy é aquela que se ama de verdade!”

“- Eu tomei quilos de pílulas acreditando nas dietas milagrosas!”

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“- Eu tentei ser a mãe perfeita!”

A roda foi se ampliando e as pessoas foram falando, movidas pela empatia, pelas reflexões que fizeram sobre si mesmas e pela solidariedade. Em meio a tantas diferenças, perceberam-se iguais. E como iguais, estabeleceram conexões de amor e harmonia! E o quarto feitiço aconteceu: elas foram curadas de muitas de suas culpas!

Finalmente, conseguiram compreender que todos erram, que todos podem se iludir e perdoaram a si mesmos e aos demais!

A fada voltou para as montanhas, feliz por servir à luz mais uma vez! O rei, mais sábio e maduro, transformou seu modo de governar! Promovia rodas de partilha entre os ministros e súditos, todas as semanas, para troca de experiência, aprendizado mútuo e tomada de decisões coletivas. A população adorava colaborar com o monarca e trabalhava de modo ético e comprometido. E ficaram todos muito felizes!

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Fim? Não! Apenas cenas do próximo capítulo, porque a vida…

continua…

Beijo,

Dani

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