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Coxinha de pato, Bolinhos de king crab e Cannelloni de lagostim – atrações do novo cardápio do Quaranta
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Paleta de cordeiro com batatas coradas farofa de bananas e pesto de hortela

Paleta de cordeiro com batatas coradas, farofa de bananas e pesto de hortelã, um dos pratos mais pedidos do novo cardápio do Quaranta Bistrô. (Foto/ Anacreon de Téos)

 

Bolinho de king crab

Bolinho de king crab. (Foto/ Anacreon de Téos)

Coxinhas de pato

Coxinhas de pato com massa de batata-salsa. (Foto/ Anacreon de Téos)

O Quaranta Bistrô é o bistrô mais bistrot que conheço em Curitiba. Até já escrevi isso antes. E é por tudo, pelo ambiente, pelo estilo da casa, pelo tamanho, pelo número de mesas, pelo astral. E principalmente pela maneira como seu chef e proprietário, Adriano Quaranta, cuida com carinho de sua cozinha, de onde saem pratos inspirados e bem executados, oferecendo plena satisfação aos seus clientes.

Cannelloni de lagostim

Cannelloni de lagostim, a novidade entre as massas. (Foto/ Anacreon de Téos)

Pois o Quaranta, como todo bistrô que se preze, está com novidades em seu cardápio, que tem na sazonalidade uma orientação, com o aproveitamento de produtos da época, justamente para justificar o frescor e o melhor sabor.

Fui dar uma conferida nas novidades, não resisti. E fiquei, novamente, muito bem impressionado com a capacidade que o chef tem de ordenar um cardápio enxuto e muito bem equilibrado. São poucos pratos no total (como deve ser num bistrô e, a rigor, em qualquer bom restaurante, pois o excesso de oferta invariavelmente compromete a cozinha), com a manutenção de alguns dos que “já pegaram”, como o Camembert trufado, o Polvo e o Bife de chorizo Black Angus, aquele que já vem com uma observação no próprio cardápio: “Carne servida somente no ponto do chef”. Ou seja, não adianta insistir que não vai ter carne bem passada.

Traçamos uma degustação das novidades e tudo começou com os Bolinhos de king crab (R 29, duas unidades de 50g cada), suculentos bolinhos com a adocicada carne do caranguejo gigante do Atlântico Norte (não é centolla, é king crab mesmo, que tem mais consistência na carne e delicadeza no sabor). Em seguida, um petisco da moda, principalmente depois que o chef paulistano Carlos Bertolazzi ganhou a mídia nacional com ela e até apresentou-a (e foi premiado) numa feira gastronômica de Nova York – e valeu receita no Bom Gourmet.

A Coxinha de pato do Quaranta é um pouco diferente da que está sob as luzes da mídia. Enquanto naquela a carne do pato é cozida numa marinada de vinho tinto, na do Quaranta é confitada nos padrões tradicionais, cozida lentamente na gordura do próprio pato e depois desfiada. E outra diferença está na massa, que é feita de batata-salsa (a mandioquinha, como queira) em vez da batata inglesa da massa tradicional. O resultado final é muito bom, de paladar suave e agradável. Boa entrada, mas vale também como petisco. Para um happy hour, por exemplo. A porção com quatro unidades custa R$ 20.

De prato principal, pulamos os do mar dessa vez. Como escrevi acima, o Polvo ainda está lá, campeão de audiência. Há também uma posta de bacalhau como molho vierge que sempre deve ser considerada. Mas fomos para a novidade entre as massas, Cannelloni de lagostim (R$ 40) que é surreal. São três cannellonis recheados pela carne do lagostim inteira, apenas cozida e retirada da carcaça, com um creme de alho-poró e molho de parmesão gratinado.

A novidade entre as carnes é a Paleta de cordeiro com batatas coradas, farofa de bananas e pesto de hortelã (R$ 90). O cardápio diz que serve duas pessoas, mas só se forem muito comilonas, pois deve dar para três – conforme for até quatro, caso tenham vindo um petisco e uma entrada. Mas é muito boa, macia e temperada de maneira tal que nada se sobreponha ao delicioso sabor natural da própria carne. Marinada no vinho branco por 24 horas, com sal, pimenta-do-reino, tomilho e alecrim. E depois vai ao forno, a 100ºC, por oito horas. Só poderia dar nisso.

Cheesecake Quaranta

Cheesecake. (Foto/ Anacreon de Téos)

De sobremesa, duas novidades bem interessantes. O Cheesecake (R$ 22) vem com frutas vermelhas e calda, acompanhado de sorvete – a escolher entre tangerina, manga, laranja com gengibre, framboesa ou pera. Sorvetes fabricados artesanalmente, especialmente para o bistrô. O de pera foi o escolhido e estava divino. A outra sobremesa que se incorpora ao menu é o Bicchiere Dolce (R$ 20), um leve creme de doce de leite e fina camada de chocolate belga, acompanhados e sorvete – com variações entre canela, espresso, peanut butter, speculoos, avelã com nutella, pistache ou vanilla.

Bicchiere Dolce

Bicchiere Dolce. (Foto/ Anacreon de Téos)

O Quaranta tem uma carta de vinhos pequena, mas bem distribuída entre as castas e os países. Mas a casa não cobra taxa de rolha, o que permite ao interessado levar o vinho que desejar para degustar no local. Há também algumas cervejas importadas, outras nacionais (não muitas), destilados, sucos e algumas variações de caipirinha.

Por tudo isso, pela simpatia e pelo talento do Adriano Quaranta, vale a visita. Ah, sim, abre apenas para o jantar.

 

Quaranta Bistrô

Avenida do Batel, 1700 – Batel

Fone: (41) 3027-0065

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